A Associação dos Produtores de Açúcar em Moçambique (APAMO) alertou para os prejuízos enfrentados pela indústria nacional de açúcar devido às importações ilegais do produto. Segundo Orlando da Conceição, director-executivo da organização, esta prática tem causado uma redução significativa na produção e ameaça a contribuição do sector para o Produto Interno Bruto (PIB) e a criação de empregos, segundo o jornal notícias.
De acordo com a APAMO, a entrada ilegal de açúcar no País tem prejudicado a indústria açucareira nacional, resultando numa redução da produção em cada campanha nos últimos anos. Orlando da Conceição explicou que, além das dificuldades causadas por fenómenos climáticos adversos e pelos elevados encargos fiscais, o contrabando de açúcar é uma das maiores preocupações para o sector.
“Temos a questão dos eventos climáticos que afectam a rentabilidade da produção, como é o caso mais evidente da Maragra. No entanto, a entrada ilegal de açúcar constitui uma violação de uma norma criada pelo Governo, que é a cobrança da sobretaxa na importação,” explicou o director-executivo da APAMO.
Orlando da Conceição afirmou que permitir a importação de açúcar, desde que seja paga a sobretaxa, ajudaria a proteger a indústria nacional. Contudo, na prática, verifica-se o inverso, com uma presença expressiva de açúcar ilegalmente importado no mercado.
“O País está a perder duas vezes. Está a perder porque o Estado não está a captar as receitas da importação ilegal do produto, mas também porque a nossa indústria não está a contribuir para o PIB e para a criação de emprego”, disse o responsável.
A APAMO sublinha a necessidade urgente de medidas eficazes para combater o contrabando de açúcar e proteger a indústria nacional, garantindo a sua sustentabilidade e capacidade de contribuir para o desenvolvimento económico do País.