Dos 154 distritos existentes no País, 42 permaneceram sem qualquer agência bancária até ao segundo trimestre de 2024, revela o mais recente relatório do Banco de Moçambique (BdM) sobre inclusão financeira.
De acordo com os dados analisados pelo Diário Económico esta quarta-feira (21), a cobertura de agências bancárias no País registou um aumento, passando de 106 distritos no final de 2022 para 112 no segundo trimestre de 2024, o que corresponde a 72,3% do território nacional.
O relatório indica, no entanto, que a desigualdade entre áreas urbanas e rurais continua a ser motivo de preocupação. “Nas áreas urbanas, o rácio de agências bancárias manteve-se significativamente superior, com 9,1 agências por cada 10 mil km², enquanto nas zonas rurais esse número cai para apenas 2,2 agências por 100 mil adultos”, sublinha o documento.
Em termos de inclusão financeira por género, o estudo aponta um ligeiro aumento no número de mulheres com contas bancárias, que subiu para 19,3% da população adulta feminina, em comparação com os 18,8% registados no ano anterior. Já entre os homens, houve uma diminuição na participação, com 40,9% das contas detidas por homens, contra 46,0% no mesmo período do ano anterior.
O documento destaca ainda uma ligeira redução no número de caixas automáticas (ATM), que agora totalizam 11 por 100 mil adultos. Em contrapartida, o número de terminais de pagamento automático (TPA/POS) aumentou, atingindo 229,3 por 100 mil adultos, sinalizando uma maior capacidade de processamento de pagamentos electrónicos no País.
Actualmente, Moçambique conta com 15 bancos comerciais e 12 microbancos, conforme os dados mais recentes do relatório de inclusão financeira de 2024, que desempenham um papel crucial na expansão do acesso aos serviços financeiros em todo o território nacional.