A empresa Cimentos de Moçambique, participada pelo Estado, pretende actualizar estudo de impacto ambiental de projecto de mineração de calcário, um dos elementos de produção de cimento, no distrito de Matutuine, província de Maputo.
“A Cimentos de Moçambique, SA, uma empresa do Grupo InterCement com sede na Cidade de Maputo, que se dedica à produção e comercialização de cimento a partir do clínquer, gesso e calcário pretende actualizar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para o projecto da mina de calcário, a céu aberto, na Pedreira de Salamanga, sita a cerca de 120 km da Cidade de Maputo, na vila de Bela Vista, no distrito de Matutuine, Província de Maputo”, lê-se num documento, a que “Carta” teve acesso.
Deste modo, o documento, datado de 17 de Agosto corrente, refere que a Cimentos de Moçambique seleccionou a empresa KENDRA´s, Lda., para realizar a actualização do EIA do projecto. Do mesmo documento consta que a contratada deverá realizar reuniões de auscultação pública no segundo dia de Setembro próximo, no âmbito do processo de avaliação do impacto ambiental do projecto.
A Chefe do Departamento de Cadastro na Cimentos de Moçambique, Maura Jorge, esclareceu que não se trata de um projecto novo (como se pode depreender a prior) e cujo objectivo seria fazer face à concorrência imposta pela empresa Moçambique Dugongo Cimentos, que, a partir do referido distrito, produz cimento e clínquer (com matéria-prima local) e comercializa-os a preços baixos em relação aos da Cimentos de Moçambique e outras indústrias.
Maura Jorge sublinhou que a actualização do EIA é uma actividade periódica que a Cimentos de Moçambique tem vindo a levar a cabo e é referente a projecto (licença de mineração) antigo, em que há vários anos a empresa tem vindo a extrair calcário para a produção de cimento.