Quinta-feira, Abril 25, 2024
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Eni e Exxon Mobil voltam a adiar decisão de investimento na Área 4

O Instituto Nacional de Petróleo revelou hoje, que dois dos três grandes projectos de Gás Natural Liquefeito da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, não vão sofrer “alterações significativas” no cronograma.

A grande alteração na calendarização verifica-se no projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL), liderado pela norte-americana Exxon Mobil e a italiana Eni. A Decisão Final de Investimento foi mais uma vez adiada. “Devido a uma conjugação de factores, entre os quais, a queda do preço do petróleo no mercado internacional e os efeitos da pandemia, a Decisão Final de Investimento foi adiada para 2021”, explicou Carlos Zacarias, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo (INP).

Entretanto, e apesar da paralisação das actividades no projecto Coral Sul, na Área 4, liderado pela Eni, por conta das restrições do novo Coronavírus, o INP refere que a construção da plataforma flutuante na Coreia do Sul está acima de 70%, prevendo-se que a mesma chegue a Moçambique já no próximo ano.

O volume de investimento neste projecto é de oito mil milhões de dólares norte-americanos. O início de produção do gás está previsto para 2022, ou seja, o calendário mantém-se. Já em relação ao campo Golfinho e Atum, liderado pela petrolífera francesa Total, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo disse que a reestruturação vai trazer mais ganhos ao Estado.

Recorda-se, que na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou o decreto (51/2019) que altera a estrutura de financiamento deste projecto, por forma a dar melhor enquadramento a realidade actual. Com essa alteração, o Governo entende que haverá condições para a flexibilidade no que diz respeito ao desenvolvimento de empreendimentos relacionados com o projecto.

Este exercício de optimização de financiamento permitiu, também, a redução dos custos de financiamento em termos de juros, na ordem de USD 1,1 mil milhão durante a fase de construção e USD 700 milhões, durante a fase de operação, que vai permitir que todas as partes interessadas, incluindo o Estado moçambicano tenham ganhos associados.

 

Fonte: O Pais Online 03.06.20

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