O Fundo de Energia (FUNAE) acaba de anunciar a existência de um pacote financeiro na ordem de 26 milhões de dólares americanos, destinados a aumentar o acesso à energia e contribuir para o alcance universal até 2030.

O anúncio foi feito, pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do FUNAE, António Saíde, durante a sua intervenção no painel intitulado “Encontrando o Futuro: energias renováveis na electrificação de Moçambique”, inserido nos trabalhos da 8ª Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo e Gás, em Moçambique (MMEC2022).

Para o efeito, Saíde falou do lançamento, para breve, da facilidade de financiamento baseada em resultados destinada a promover sistemas solares residenciais e soluções de cozinha limpa, que vai aumentar o acesso à energia.

A iniciativa, segundo avançou o PCA, conta com apoio do Banco Mundial e  será na forma de subsídios, a serem concedidos com base no nível de serviço de energia, região, dificuldade de acesso a corrente, usos produtivos e género, através da facilidade. Estimativas indicam que cerca de 300 mil beneficiários serão alcançados nos próximos 4 anos, com enfoque às zonas fora da rede eléctrica nacional.

“Nós, como FUNAE, temos estado a operar com as energias renováveis. Temos estado a ser uma referência, mas queremos renovar cada vez mais aquilo que é a nossa intervenção, trazer inovação em repostas, quer em tecnologias como em abordagens”, disse António Saide.

Taxa de acesso global à energia no país ronda os 44%

Na ocasião, apontou, a título de exemplo, que 66 por cento das pessoas estão nas zonas rurais e o obejctivo do FUNAE, FP é contribuir por forma a responder aos desafios. Actualmente, a taxa de acesso global à energia no país ronda os 44 por cento, dos quais apenas seis por cento são da zona rural.

Porquanto, foi na sequência dessa realidade que o governo ao estabelecer o “Programa Energia para Todos”, que preconiza o acesso à energia parte de todos os moçambicanos, adoptou as duas abordagens. Uma dentro da rede elétrica e outra fora da rede.

Segundo o estudo denominado “roadmap para offgrid”, no quadro de esforços rumo ao acesso universal, Saide afirmou que a rede elétrica nacional alcançará uma cobertura na ordem de 68 por cento e os 32 por cento serão cobertos através de soluções energéticas fora da rede.

“Dentro do contexto das soluções fora da rede, nós encontramos aqui uma abordagem que a cobertura das mini-redes estará na ordem 13 por cento e 19 por cento para aquilo que são as soluções solares residenciais”, ressaltou Saide, acrescentando que está em curso, em todo o país, a eletrificação de 41 sedes de postos administrativos com recursos às fontes renováveis.

Nas regiões mais recônditas do país, segundo a fonte, ficou evidente que as soluções solares residenciais constituem a solução a adoptar. O financiamento constitui uma janela de oportunidades no já fértil mercado de energias renováveis.

O FUNAE é uma instituição pública cuja missão é promover maior acesso à energia de forma sustentável e racional, que contribua para o desenvolvimento económico e social do país. A sua visão é tornar-se numa instituição de referência na disseminação e promoção de fontes alternativas de energia e na eletrificação rural.

 

 

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