Quinta-feira, Outubro 24, 2024
spot_img

Governo de Moçambique aguarda detalhes para oficializar a venda das acções da Galp

O presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional de Petróleos (INP), Nazário Bangalane, revelou que o Governo está aguardando por mais detalhes para oficializar e acelerar a venda das acções da petrolífera portuguesa Galp, no projecto de gás natural liquefeito (GNL) na Área 4 da bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

De acordo com Bangalane, a Galp tem a missão de submeter oficialmente o processo de venda, que será então analisado pelo Governo, visando obter todos os detalhes profundos do contrato. Ele enfatizou o interesse do Executivo em acelerar o processo para garantir a continuidade dos trabalhos na bacia do Rovuma conforme os padrões aprovados.

No mês passado, a Galp anunciou um acordo com a petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, ADNOC, para vender sua posição no consórcio que pesquisa gás natural na bacia de Rovuma, por quase 41,1 mil milhões de meticais (600 milhões de euros). A Galp alienará sua participação de 10% na Área 4, uma operação que deverá ser concluída até o final do ano.

A Área 4 inclui o Coral Sul FLNG, operacional desde 2022, além dos desenvolvimentos ‘onshore’ da Coral Norte FLNG e Rovuma LNG, com previsão de aprovação em 2024/2025. A empresa deverá receber 41,1 mil milhões de meticais (600 milhões de euros) pelas suas acções e empréstimos de accionistas, já líquidos de impostos sobre os ganhos de capital.

O acordo também prevê pagamentos contingentes adicionais com a decisão final de investimento do Coral Norte e do Rovuma LNG, respectivamente. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ‘joint venture’ em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.

Entrevistas Relacionadas

Coral Sul FLNG: carregamentos semanais de GNL atraem investimentos em Moçambique

A unidade flutuante de gás natural liquefeito (FLNG) Coral...

ONG alerta: Financiamento do gás natural em Moçambique é “ilegal”

A organização não governamental Amigos da Terra enviou uma...

Empresas petrolíferas enfrentam problemas financeiros na importação de combustível

Algumas empresas petrolíferas de Moçambique não têm conseguido importar...

A Eni atrai interesse de financiamento para a próxima fábrica flutuante de GNL

A Eni SpA recebeu interesse mais do que suficiente...