Decorre, ainda este ano, o sexto concurso para a contratação de empresas que vão desenvolver pesquisas e produção de hidrocarbonetos, na província de Cabo Delgado. A informação foi avançada na passada terça-feira pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela.

O governante fez o anúncio durante a cerimónia de encerramento do sexto Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), que decorreu na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, entre os dias 25 e 26.

Segundo Max Tonela, as próximas pesquisas vão decorrer em 16 áreas que demonstram sinais da ocorrência de hidrocarbonetos. Aliás, foi sob a tónica da província de Cabo Delgado ter ainda um potencial de possuir essas potencialidades, que o dirigente fez o anúncio do próximo concurso.

Conforme disse o dirigente, esses trabalhos deverão ser concluídos no terceiro trimestre do próximo ano.

Durante o encontro entre os quadros do sector, Max Tonela garantiu o início da exploração, no próximo ano, dos hidrocarbonetos até agora descobertos na província de Cabo Delgado, falando particularmente do projecto Coral Sul.

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“Apesar dos impactos da pandemia da COVID-19 e dos conflitos armados, a plataforma flutuante do projecto de gás natural liquefeito do Coral Sul mantém o início de produção previsto para o ano 2022ˮ, disse Max Tonela.

O projecto Coral Sul prevê a capacidade para produzir 3.37 MTPA (milhões de toneladas por ano), usando os recursos provenientes do reservatório isolado Coral Sul e a execução de seis furos de produção de gás.

O investimento para este projecto é de sete biliões de dólares norte-americanos, prevendo-se a geração de lucros directos na ordem de 39.1 biliões de dólares, dos quais cerca de 19.3 biliões serão destinados ao cofre do Estado durante 25 anos, resultantes de Impostos sobre a Produção de Petróleo e Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IPP e IRPC), bónus, taxas e da partilha do petróleo lucro.

A decisão de investimento foi anunciada em Junho de 2017 e os trabalhos de perfuração dos seis furos que irão materializar o projecto, na área 4 da Bacia do Rovuma, iniciaram em Setembro de 2019.

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Os impactos causados pela pandemia da COVID-19 e a imposição de medidas para conter a propagação da doença fizeram com que as concessionárias da Área 4 solicitassem ao Governo a reprogramação das actividades de perfuração e montagem dos sistemas de produção de gás para 2021.

As concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A., que é uma Joint Venture co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC, com uma participação de 70 por cento, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), a Galp Energia Rovuma B.V e a KOGAS Moçambique Ltd, com 10 por cento de acções cada.

FONTENotícias AI

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