Tuesday, October 21, 2025
spot_img
Home Blog Page 2

Instalado primeiro Centro de Recursos Digitais em Maputo 

A cidade de Maputo conta agora com um Centro de Recursos Digitais, onde os utentes podem beneficiar de acesso gratuito à internet.

A informação foi anunciada pelo Conselho Municipal de Maputo, e a iniciativa está alinhada com o Programa Municipal Juventude Digital, que visa a promoção universal das plataformas de informação e comunicação em todos os bairros do município.

O Centro de Recursos Digitais, com acesso gratuito à internet (Wi-Fi), está localizado na Biblioteca do Edifício-Sede do CMM, na Praça da Independência, e dispõe de dezasseis computadores destinados a apoiar o ensino, a aprendizagem e a inclusão tecnológica dos jovens.

A implementação do projecto ocorre cerca de um ano depois de o Município de Maputo ter assinado um memorando de entendimento com a operadora de telefonia móvel Movitel, para a sua execução.

Segundo o Presidente do Município, Razaque Manhique, a iniciativa contribui para que a juventude e os munícipes tenham acesso à informação de utilidade pública e educativa.

Na ocasião, o Município recebeu cinquenta e cinco computadores, dos cento e cinco previstos, destinados ao apetrechamento dos Centros de Recursos Digitais a serem criados nos próximos cinco anos.

Para breve, espera-se que a iniciativa se estenda a mais sete distritos municipais, cada um com um centro semelhante, ampliando assim as oportunidades de acesso ao mundo digital e virtual.

Nedbank reforça o seu Programa de Literacia Financeira NedEduca

O Nedbank Moçambique reforça o seu compromisso com a inclusão financeira e o desenvolvimento económico e social do País através do NedEduca, o seu programa de Literacia Financeira, concebido para dotar os moçambicanos de conhecimentos essenciais sobre gestão financeira responsável e tomada de decisões informadas.

O NedEduca integra a estratégia de sustentabilidade e cidadania corporativa do Banco, alinhada com o seu propósito de usar o seu expertise financeiro para o bem dos indivíduos, das famílias, dos negócios e da sociedade.

Com esta iniciativa, o Nedbank reafirma a sua convicção de que a inclusão financeira começa com o conhecimento, e que este é o primeiro passo para uma prosperidade partilhada e sustentável.

Com uma abordagem prática e acessível, o NedEduca combina vídeos educativos, publicações nas redes sociais, workshops presenciais e sessões interactivas, entre outras iniciativas, abordando temáticas relacionadas com a poupança, o orçamento familiar, o crédito responsável e o planeamento financeiro.

O objectivo é criar uma cultura de responsabilidade, confiança e equilíbrio nas decisões financeiras do dia-a-dia.

Para garantir uma comunicação eficaz e próxima das comunidades, o Nedbank estabeleceu uma parceria com a Consultora Financeira Nancy Mafundza, reconhecida pelo seu papel na promoção da literacia financeira em Moçambique.

“A literacia financeira não é apenas sobre gerir dinheiro, é sobre criar oportunidades e escolhas conscientes.

Quando uma pessoa compreende o valor do dinheiro, ganha poder para transformar a sua vida e contribuir para o crescimento da sua comunidade. O NedEduca é um passo importante nesse caminho”, afirmou Nancy Mafundza, Consultora Financeira parceira do programa.

O Nedbank Moçambique acredita que incluir financeiramente é capacitar, é dar às pessoas as ferramentas para crescerem com autonomia, reduzirem a vulnerabilidade económica e participarem activamente no desenvolvimento do País.

“O NedEduca é a expressão viva do nosso propósito. Acreditamos que o conhecimento financeiro é uma força transformadora, capaz de gerar bem-estar e progresso.

Queremos colocar o nosso expertise e experiência em finanças ao serviço das pessoas, ajudando indivíduos, famílias e negócios a tomarem decisões mais conscientes, sólidas e sustentáveis. É assim que usamos o poder do dinheiro para fazer o bem”, destacou Miguel Silva, Chief Operations Officer do Nedbank Moçambique.

Com o NedEduca, o Nedbank reafirma o seu papel como instituição de referência na promoção da inclusão financeira e do desenvolvimento económico e social, fortalecendo o seu compromisso de ser um parceiro de confiança para o progresso de Moçambique.

HCB Inicia a reabilitação da Central Sul

No âmbito do seu programa de modernização e reabilitação do complexo hidroeléctrico, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), a maior produtora independente de energia eléctrica em Moçambique vai dar início ao Projecto de Reabilitação da Central Sul, fase 2 (RS2), integrado no Plano de Investimentos “CAPEX Vital 10 Anos”.

“Este projecto tem como principal objectivo melhorar a eficácia e a eficiência dos equipamentos responsáveis pela produção e transporte de energia eléctrica, assegurando a sustentabilidade, fiabilidade e competitividade do sistema de geração. Trata-se de uma intervenção estratégica, crucial para o fortalecimento do sector energético nacional e regional”, disse Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB.

Com a implementação do projecto RS2, a HCB prevê aumentar em 90 megawatts (MW) a potência total de produção da Central Sul, o que vai elevar a capacidade de cada um dos cinco grupos geradores de 415 MW para 433 MW.

Este incremento reforçará o fornecimento de energia à região, apoiando, por consequência, o crescimento económico. Adicionalmente, findo o projecto, a vida útil operacional da central poderá prolongar-se, a médio e longo prazo, para mais de 45 anos, o que será crucial para a produção contínua de energia numa região que depende fortemente da energia hidroeléctrica.

Por fim, será mitigado o risco de indisponibilidade prolongada dos sistemas de geração de energia e melhorado o desempenho da central hidroelétrica.

Neste contexto, para efeitos de alinhamento dos aspectos principais desta empreitada, nomeadamente, o escopo e as metas do projecto, a definição do plano de trabalho, entre outros, a HCB realizou um encontro de três dias com seus parceiros, designadamente o consórcio Andritz Hydro, os consultores técnicos da SIJV (Sweco e Intertechne Joint-Venture) e a Fichtner, empresas especializadas e com larga experiência em matéria de hidroeléctricas.

O projecto RS2 enquadra-se nos esforços contínuos da HCB para inovar e melhorar o sector energético em Moçambique, o que se traduz no empenho da empresa em garantir que o complexo hidroeléctrico permaneça operacional, estratégico e estruturante com os mais elevados padrões, mesmo após 50 anos de existência.

O plano de implementação do RS2 prevê a paragem de cada um dos cinco grupos geradores por ano para se proceder à respectiva reabilitação, substituição de equipamentos e colocação em serviço. Com o objectivo de colmatar o déficit que se irá registar, a HCB estabeleceu como prioridade estratégica a implementação de dois importantes projectos, a Central Norte de Cahora Bassa e a Central Solar Fotovoltaica.

A Central Norte terá uma capacidade instalada de 1245 MW, composta por três grupos geradores de 415 MW cada, e a Central Solar terá uma capacidade estimada de 400 MWac, ambas a serem instaladas na Província de Tete, zona reconhecida pelos níveis mais elevados e intensos de radiação solar do país.

Estas infra-estruturas contribuirão significativamente para o fornecimento de energia renovável, reduzindo a dependência hídrica e promovendo a sustentabilidade, bem como o reforço da posição da HCB como um dos maiores produtores de energia hídrica da África Austral.

CMH anuncia pagamento de dividendos de 419,81 meticais por acção a partir de 23 de Outubro

Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) anunciou que efectuará o pagamento de dividendos no montante bruto de 419,81 meticais por acção no dia 23 de Outubro de 2025, para os titulares das acções à data-limite de 20 de Outubro.

A decisão foi aprovada em Assembleia-Geral Ordinária realizada a 30 de Setembro, no âmbito dos resultados do exercício económico 2024/2025, em que a empresa registou lucros de 46,7 milhões de dólares, representando uma redução de cerca de 15 % face aos 54,7 milhões obtidos no período anterior. Apesar desta descida, a administração da CMH manteve o compromisso de remunerar os seus accionistas, reforçando a política de distribuição de rendimentos mesmo num contexto de desafios operacionais.

Nas últimas semanas, a acção da CMH registou oscilações expressivas. Observou-se uma valorização abrupta, alcançando 4 200,00 meticais por acção, o nível mais alto desde Janeiro, antes de sofrer uma correcção técnica de 16,67 %, fechando a 3 500,00 meticais em 8 de Outubro.

Apesar dessa queda pontual, o título acumula ganhos de 10,53 % no mês e cerca de 21,74 % nos últimos seis meses.

A correcção parece reflectir uma tomada de lucros após o pico, uma situação comum quando movimentos acelerados não são acompanhados por novos anúncios fundamentais. Além disso, analistas da EDUC INVEST observam que parte do interesse pelo título pode estar relacionada à antecipação do pagamento de dividendos anunciado para Outubro.

Um investidor que tenha adquirido acções da CMH ao preço actual de 3 500 meticais e aplicado 100 000 meticais, teria comprado aproximadamente 28,57 acções (100 000 ÷ 3 500).

Com o dividendo anunciado de 419,81 meticais por acção, este investidor receberá um rendimento bruto de cerca de 11 996,20 meticais, equivalente a uma rentabilidade de 12 % apenas em dividendos, sem considerar a eventual valorização da acção no mercado.

Em termos práticos, significa que, para cada 100 000 meticais investidos, o accionista receberá quase 12 000 meticais em rendimento passivo, reforçando o atractivo da CMH como uma das acções de maior retorno do mercado moçambicano.

No que toca ao volume de transacções, a CMH continua a destacar-se no mercado da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM). Até à presente data, ocupa a segunda posição no ranking das acções mais negociadas nos últimos 30 dias, com aproximadamente MZN 1 550 500,00 movimentados, atrás apenas da Cervejas de Moçambique (CDM).

De acordo com o boletim de cotações da BVM, o valor actual da acção é de 3 500,00 meticais, com variação negativa de 16,67 % no período da última sessão.

O anúncio do dividendo, associado ao recente movimento de valorização, tem despertado maior atenção entre investidores que procuram rendimento e valorização de capital. O facto de a CMH manter posição de destaque nas negociações da BVM reforça a liquidez do título.

TROPIGALIA recua 15% e volta à zona de suporte dos 100 MZN | Profile

As acções da TROPIGALIA (TRO-B) registaram uma queda de 15,00% na sessão de 13 de Outubro de 2025, encerrando a 102,00 MZN, com um volume de negociação de apenas 8.160,00 MZN. O movimento colocou o título novamente junto da sua zona técnica de suporte, identificada entre 100,00 MZN e 105,00 MZN, e ocorre num contexto de baixa liquidez, característica recorrente desta acção na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM).

Nos últimos 12 meses, a TROPIGALIA atingiu o mínimo de 75,00 MZN em 15 de Abril e o máximo de 150,00 MZN em 13 de Agosto, demonstrando uma amplitude de 100%. Durante a maior parte do período, o título negociou entre 90,00 MZN e 120,00 MZN, intervalo que a partir de 13 de Julho passou a situar-se entre 100,00 MZN e 125,00 MZN, excluindo os movimentos atípicos (picos e quedas pontuais).

De acordo com a análise técnica da EDUC INVEST, o preço actual de 102,00 MZN representa uma oportunidade de compra, dado que a região dos 100,00 MZN tem historicamente funcionado como zona de suporte, precedendo recuperações.

“A redução para o patamar actual representa uma oportunidade de compra. Esta região em torno dos 100,00 MZN tem funcionado como zona de suporte, onde o preço tende a recuperar. Historicamente, após cada correcção para este nível, a TROPIGALIA volta a aproximar-se da faixa dos 120,00 MZN, acompanhando o ciclo de valorização normal do título”, referem os analistas da EDUC INVEST.

Nos diferentes horizontes, a TROPIGALIA apresenta uma variação diária de -15,00%, semanal de -17,07%, e mensal de -18,37%, mantendo ainda uma valorização acumulada de 13,33% nos últimos seis meses.

Um investidor que aplicar 100.000,00 MZN ao preço actual de 102,00 MZN poderá adquirir cerca de 980 acções.

Se o preço regressar ao intervalo médio de 120,00 MZN, o investimento passará a valer 117.600,00 MZN, correspondendo a um ganho potencial de 17,6%.

Apesar do potencial de valorização, a TROPIGALIA enfrenta um problema estrutural de liquidez, com baixo volume de transacções diárias, o que faz com que pequenas ordens de compra ou venda ampliem as variações percentuais sem reflectir, necessariamente, alterações nos fundamentos da empresa.

No ranking das acções mais negociadas dos últimos 30 dias, a TROPIGALIA ocupa a quinta posição, com 89.617,00 MZN movimentados, ficando atrás da Cervejas de Moçambique (CDM), Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e EMOSE.

Segundo os analistas, essa baixa liquidez explica parte da volatilidade observada e reforça a importância de olhar para o título sob uma perspectiva de médio a longo prazo, onde o comportamento tende a alinhar-se com os fundamentos da empresa.

Fonte: Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) / Análise EDUC INVEST SA

Preços em Moçambique subiram 0,29% em Setembro

Influenciado pelo sector da alimentação e bebidas não alcoólicas

Os preços em Moçambique aumentaram 0,29% em Setembro, metade da subida de Agosto, com a inflação homóloga a subir ligeiramente, para 4,93%, segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Setembro do INE indica que Moçambique “registou um aumento de preços na ordem de 0,29%” face a Agosto (subida de 0,68%), influenciado pelo sector da alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da variação mensal com 0,08 pontos percentuais negativos.

Segundo análise do IPC à variação mensal por produto, “é de destacar” o aumento de preços do peixe fresco (2,0%), de mensalidades da operadora de serviços de televisão DSTV (3,9%), de motorizadas (3,6%), do milho em grão (5,7%), do peixe seco (1,0%), da couve (3,4%) e de refeições completas em restaurantes (0,4%). Moçambique registou antes oito recuos mensais no índice dos preços ao consumidor, em menos de um ano e meio, quatro dos quais entre Abril e Julho, retomando as subidas em Agosto e Setembro.

O INE refere igualmente que, quando comparado com 2024, o IPC indica uma subida de preços homóloga em Setembro de 4,93% (4,79% em Agosto e 3,96% em Julho), influenciada sobretudo pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, bem como da relativa a restaurantes, hotéis, cafés e similares, que aumentaram num ano 11,85% e 9,01%, respectivamente.

A inflação acumulada de 2024, segundo dados anteriores do INE, fixou-se nos4 ,15%, que compara com os 5,3% de 2023, mas abaixo do pico de quase 13% atingido em Julho de 2022.

O Governo prevê que Moçambique feche 2025 com uma inflação em torno de 7%.O Banco de Moçambique estima que a inflação anual vai continuar a desacelerar nos próximos meses, reflectindo a decisão de isentar de IVA alguns produtos básicos e reduzir em até 60% as tarifas de portagens.

“No curto prazo, prevê-se a manutenção da tendência para desaceleração da inflação anual, a reflectir o impacto da isenção do IVA nos produtos básicos (açúcar, óleo alimentar e sabão), o ajustamento em baixa das tarifas de água e portagens e a queda dos preços de alimentos no mercado internacional, num contexto de estabilidade do metical”, lê-se no relatório anterior de Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação.

Moçambique encerra projecto-piloto de massificação do GNV | Profile

Maputo acolheu a cerimónia oficial de encerramento do projecto de Massificação do Uso do Gás Natural Veicular (GNV), iniciativa que visa promover o aproveitamento do gás natural produzido em Moçambique para consumo doméstico e transporte público, numa estratégia integrada de redução de custos energéticos e mitigação de impactos ambientais. O modelo de referência apresentado pelo Governo da Coreia do Sul, enquadrado no Knowledge Sharing Program (KSP), orientou o trabalho técnico e político desenvolvido ao longo da fase experimental.

O projecto, lançado em Setembro de 2023, em Seul, surge no âmbito do acordo de cooperação entre a República de Moçambique e a República da Coreia e envolveu entidades nacionais como o MIREME (Ministério dos Recursos Minerais e Energia), o Ministério dos Transportes e Logística, a Petromoc e a UNAC. A experiência coreana, que inclui programas de formação, linhas de produção de equipamentos e centros técnicos de conversão, foi apresentada como exemplo prático de massificação, com ênfase na replicação adaptada à realidade moçambicana.

Como resultado da iniciativa, o relatório técnico apresentado aponta para ganhos ambientais e económicos observados em experiências internacionais, na Coreia do Sul, por exemplo, cerca de 98% dos autocarros urbanos foram convertidos para GNV até 2016 (26.982 de um total de 34.473), facto que contribuiu para a melhoria significativa da qualidade do ar e para a redução do consumo de combustíveis fósseis. Em Moçambique, os estudos de viabilidade confirmam a possibilidade de adoção de soluções semelhantes, embora desafiem a implementação em escala nacional devido à necessidade de expansão das infra-estruturas.

Entre as recomendações constantes do relatório destacam-se quatro eixos principais, o fornecimento de GNV ao sector público, com prioridade para os transportes urbanos e a conversão de viaturas existentes, a formação de especialistas nacionais em tecnologia, segurança e fiscalização de veículos a gás, o estabelecimento de localizações estratégicas para uma cadeia de abastecimento estável, incluindo postos de abastecimento e centros de conversão, e a promoção da transferência de tecnologia e investigação conjunta com parceiros internacionais, e, por fim, o apoio financeiro governamental, através de incentivos e isenções fiscais na importação de equipamentos, para estimular a participação do sector privado.

No plano prático, o roteiro político proposto para a expansão do GNV em Moçambique organiza-se em três horizontes temporais: curto prazo (2025–2027), com projectos-piloto e melhoria do sistema actual, médio prazo (2027–2032), com fases de expansão infraestrutural e maior envolvimento do sector privado; e longo prazo (2032–2035), quando se prevê a consolidação de mercados liderados pelo sector privado e a criação de uma rede nacional sustentável de abastecimento de GNV. Para além disso, propõe-se a integração de tecnologias avançadas nas indústrias locais e a implementação de programas de formação financiados por ODA (Official Development Assistance).

A operacionalização dos projectos de investimento deverá recorrer a uma combinação de fontes de financiamento: subvenções e linhas de crédito concessionais da Coreia (incluindo KOICA e Korea Eximbank), fundos fiduciários de bancos multilaterais de desenvolvimento, e parcerias com actores privados como a Sasol e a Petromoc, esta última apontada pelo Governo como veículo para a execução das infra-estruturas. Em paralelo, enfatiza-se a necessidade de incentivos fiscais temporários para reduzir o custo inicial de importação de equipamentos de conversão e de compressão, medida considerada fundamental para atrair o investimento privado necessário à massificação.

Os Governos de Moçambique e da Coreia do Sul reiteraram, na cerimónia de encerramento, o compromisso de aprofundar a cooperação técnica e financeira, com vista a reduzir custos energéticos, promover eficiência e dinamizar a transição energética do país. A aposta no GNV é apresentada como uma solução que alia benefícios ambientais, pela redução do uso de combustíveis fósseis, a ganhos económicos, na medida em que o recurso é abundante e naciona­lmente disponível, potencialmente poupando reservas em divisas.

A implementação das recomendações e a concretização do plano de expansão exigirão, contudo, um esforço coordenado entre Estado, operadores privados e parceiros internacionais, bem como um quadro regulatório e fiscal claro que permita escalonar investimentos e garantir a sustentabilidade técnica e financeira das infra-estruturas de abastecimento e de conversão de veículos.

Moçambique aposta na massificação do uso de Gás Natural Veicular com apoio da Coreia do Sul

O Secretário Permanente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, António Manda, afirmou que Moçambique está a avançar com o projecto de massificação do uso de Gás Natural Veicular (GNV), numa parceria estratégica com a Coreia do Sul, país considerado referência mundial em tecnologia e inovação energética.

“A Coreia do Sul é um país tecnológico, pioneiro basicamente no mundo nesta área do gás natural ecológico. Detém a tecnologia e a experiência da massificação deste programa, e é essa expertise que queremos trazer para Moçambique”, disse Manda, à margem da apresentação do projecto.

Questionado pela PROFILE sobre o estágio actual do consumo de GNV no país, o dirigente revelou que “existem cerca de quatro mil viaturas a usar gás natural ecológico”, número ainda reduzido face ao universo de 1,3 milhões de veículos registados. “O ideal seria que todos nós usássemos o gás, não só por razões ambientais, mas também pelo custo é 50% mais barato que o gasóleo ou o petróleo e porque é um recurso nosso, o que permite poupar divisas”, acrescentou.

Manda explicou que o maior desafio está na expansão das infra-estruturas de conversão e postos de abastecimento ao longo do território nacional. “Actualmente, os postos estão apenas em Maputo. Estamos a expandir para Inhambane, de modo a garantir que os automobilistas tenham alternativas ao longo das estradas. No futuro, vamos usar o LNG para colocar postos onde não existe gasoduto”, disse.

Quanto à sustentabilidade do projecto, o Secretário Permanente sublinhou que a Coreia será um parceiro crucial, não apenas na transferência de tecnologia, mas também no financiamento. “Estamos a explorar formas de obter financiamento para expandir os postos de abastecimento e conversão. A Coreia é o parceiro certo porque tem tecnologia e capacidade financeira”, afirmou.

Interpelado sobre os incentivos fiscais necessários à massificação do programa, António Manda reconheceu que “tudo o que é massificação precisa de incentivo fiscal, sobretudo na importação de equipamentos”. Segundo explicou, “a experiência na área da electrificação rural mostra que a isenção fiscal inicial é fundamental para estimular o investimento privado e garantir ganhos para o país”.

O governante adiantou ainda que, para além da Coreia, Moçambique conta com a colaboração da Sasol e da Petromoc, que desempenha o papel de veículo de execução do projecto, com apoio do Fundo de Infra-estruturas. “O Governo, através da Petromoc, já está a implementar o programa, e contamos com a Sasol e a Coreia como parceiros estratégicos para a massificação do gás veicular ao longo do país”, concluiu.

888 Bets lança clube exclusivo para jogadores mais fiéis

A 888 Bets procedeu ontem, em Maputo, ao lançamento do Clube VIP 888, um programa exclusivo de fidelização e recompensas criado para reconhecer e destacar os jogadores mais empenhados do país e de toda a África.

O evento foi dirigido pelo Director Geral da 888 Bets em Moçambique, Romero Bay, e contou com a presença de parceiros, clientes e jogadores.

Durante a sua intervenção, Romero Bay afirmou que o objectivo da empresa é garantir que os jogadores se sintam valorizados, conectados e parte de algo maior do que o próprio jogo. “Queremos criar uma verdadeira comunidade de vencedores, construída com base na confiança, no entretenimento e no valor”, referiu.

O Clube VIP 888 é uma plataforma que oferece aos seus membros experiências premium, ofertas personalizadas, atendimento prioritário e prémios únicos, incluindo a participação em eventos exclusivos de luxo, sorteios e viagens memoráveis  como o Mega Getaway trimestral para Zanzibar, na Tanzânia.

Os membros deste clube integram o grupo de jogadores mais fiéis, activos e de maior valor dentro da comunidade 888 Bets, representando a percentagem mais elevada da base de clientes em termos de volume de jogo, envolvimento e antiguidade.

De acordo com Romero Bay, embora o perfil varie consoante o mercado, os membros VIP da 888 Bets situam-se entre os 25 e os 45 anos de idade, sendo digitalmente experientes e com uma forte paixão pelo desporto nacional m especial o futebol e pelo entretenimento, Aviator e jogos ao vivo.

No âmbito deste programa, os membros são segmentados por níveis de fidelização: Bronze, Prata, Ouro, e Platina, existindo ainda o nível Diamond, reservado à elite dos jogadores da 888 Bets. Cada nível oferece benefícios, recompensas e experiências progressivamente superiores, adaptadas ao perfil e às preferências de cada jogador.

O lançamento do Clube VIP 888 foi marcado por um momento cultural vibrante, abrilhantado pelas actuações de Hot Blaze, da banda The Takeover, Mágico Sidney Mouga, DJ AD e do baterista Tsidon.

Lourino Chemane: “A ética empresarial é essencial para a confiança dos investidores e a reputação do país”

Lourino Chemane, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), abordou os desafios éticos e de conformidade enfrentados pelas empresas moçambicanas, com particular enfoque nos sectores das telecomunicações e financeiro.

À conversa com PROFILE, Chemane destacou a importância de um quadro legal actualizado e de uma formação contínua em ética profissional, ressaltando que a cidadania digital é hoje um elemento essencial para garantir integridade e confiança.

Sublinhou ainda que a adopção de boas práticas éticas não só fortalece a credibilidade das organizações, como também consolida a reputação do país no mercado global, enquanto o INTIC desempenha um papel estratégico na promoção da segurança cibernética e da sustentabilidade digital através de acções de sensibilização e educação.

Profile Mozambique: Quais são os principais desafios éticos e de conformidade que as empresas nacionais enfrentam actualmente, sobretudo nos sectores das telecomunicações e financeiro?

Lourino Chemane: Do trabalho que temos vindo a realizar, constatamos que um dos maiores desafios éticos e de conformidade enfrentados pelas empresas nacionais, sobretudo nos sectores das telecomunicações e financeiro, reside na ausência de um quadro legal apropriado e actualizado. Esta lacuna legislativa abre espaço para interpretações distintas, permitindo que cada entidade proceda de acordo com o seu próprio entendimento, o que fragiliza a coerência e a transparência nas práticas institucionais.

Estamos, portanto, empenhados em contribuir para a superação deste problema, através da promoção de um ambiente regulatório mais robusto e ajustado às dinâmicas actuais. O segundo grande desafio está relacionado à educação e sensibilização dos cidadãos e colaboradores, no que respeita aos princípios de ética e deontologia profissional. Em todas as profissões, e particularmente nas que envolvem contacto directo com o público, deve existir uma consciência clara sobre as responsabilidades éticas associadas ao exercício das funções.

Com a crescente digitalização dos processos de trabalho, esta exigência torna-se ainda mais premente. Por exemplo, no sector financeiro, um gestor de conta deve compreender que é eticamente inaceitável divulgar informações confidenciais de um cliente, sob qualquer pretexto. Contudo, continuam a surgir casos de profissionais que, abusando do acesso privilegiado a dados sensíveis, os utilizam de forma indevida para obter benefícios ilícitos.

Por outro lado, identificamos também desafios de natureza tecnológica e jurídica. Muitos dos casos de violação ética, difamação e atentado à honra ocorrem nas redes sociais, e as entidades competentes enfrentam dificuldades em reunir provas concretas para sustentar os processos. Isso deve-se, em grande medida, ao facto de as evidências electrónicas estarem alojadas fora do espaço de jurisdição nacional, o que dificulta o encerramento das investigações e a responsabilização efectiva dos infractores.

PM: Como o INTIC contribui para a promoção da ética empresarial e da responsabilidade digital entre empresas e cidadãos em Moçambique?

LC: Enquanto Instituto Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), entendemos que o nosso papel na promoção de práticas empresariais éticas e sustentáveis é, acima de tudo, o de impulsionar a educação, a sensibilização e a partilha de boas práticas junto de todos os sectores da sociedade.

A nossa função é, essencialmente, de promoção e educação. Trabalhamos para que a sociedade adopte comportamentos positivos no espaço cibernético, através de acções de sensibilização, de explicação das leis e de incentivo a uma conduta ética e responsável no uso das tecnologias. Mais do que aplicar a lei, importa cultivar valores de cidadania digital, saber estar e ser no ambiente online.

Estamos particularmente satisfeitos com o facto de este evento (Conferência de Ética, Conformidade e Privacidade) organizado pela Vodacom Moçambique, ocorrer em Outubro, mês que o INTIC dedica à segurança cibernética. Neste mês lançamos oficialmente as actividades alusivas a esta celebração, que incluem diversas acções de sensibilização em todo o país. A segurança cibernética, ao abranger temas como a protecção de dados e a privacidade, está directamente ligada à ética empresarial e à sustentabilidade digital.

PM: Que medidas concretas, na qualidade de representante do órgão regulador, podem resultar destes encontros (Conferências e Workshops) para reforçar a gestão dos riscos legais e integridade corporativa nas organizações?

LC: Para nós, a ética empresarial é um pilar essencial na construção da confiança dos investidores e na consolidação da reputação do país no mercado global. Observamos que os princípios de boa governação corporativa, incluindo a prevenção e o combate à corrupção, bem como a conduta responsável dos líderes, têm impacto directo não apenas na credibilidade das organizações, mas também na imagem do país perante investidores nacionais e internacionais.

A experiência que temos recolhido junto de diversos sectores económicos demonstra que investidores tendem a privilegiar sociedades onde as boas práticas éticas são predominantes, pois estas oferecem maior segurança aos seus investimentos. Assim, a ética empresarial torna-se um instrumento estratégico de atracção de capital, ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Na era digital, esta dimensão adquire ainda maior relevância. Questões de ética, conformidade e privacidade, que sempre foram fundamentais, passam a ser amplificadas pela velocidade e alcance das tecnologias de comunicação digital. Actos que atacam a honra ou a reputação de indivíduos, antes limitados a meios tradicionais, agora têm impacto global imediato, podendo gerar consequências graves, inclusive crimes mais sérios e danos psicológicos.

Portanto, promover uma cultura ética robusta é imperativo, não apenas para fortalecer a confiança do investidor, mas também para assegurar que a sociedade esteja preparada para enfrentar os desafios éticos e reputacionais que a digitalização acarreta.

Saiba mais: INTIC, IP – Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação