Domingo, Junho 15, 2025
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Com resultado líquido de MZN 6,04 mil milhões, BCI reforça robustez com rácios de solvabilidade e liquidez em 23,33% e 41,03%

Em 2024, o BCI manteve a trajectória de crescimento do Balanço, preservando a forte robustez em termos de liquidez, solvabilidade e rentabilidade, apesar do contexto adverso, particularmente no IV Trimestre. Esta robustez é evidenciada pelos rácios de Solvabilidade e de Liquidez que atingiram, no final do ano, 23,33% e 41,03%, respectivamente, valores significativamente superiores aos mínimos regulamentares, demonstrando o rigor e a prudência da gestão do BCI, e a sua resiliência, assim como capacidade de adaptação face a contextos adversos.

A nível da actividade comercial, registou-se um crescimento assinalável do Volume de Negócios, assente no aumento dos Depósitos em MZN 23.952 milhões (+15%) e da carteira de Crédito em MZN 4.469 milhões (+6%), facto que propiciou um crescimento dos Activos em quase 11%. Deste modo, o BCI manteve a sua posição de liderança no sector bancário moçambicano, alcançando, em Dezembro, quotas de mercado de 26,94% no Crédito, 25,78% nos Depósitos e 22,73% nos Activos.

O bom desempenho da actividade comercial permitiu um crescimento do Produto Bancário em 2,5% face ao período homólogo, com destaque para a evolução positiva da Margem Financeira (+4,73%), impulsionada pelo crescimento da carteira de Crédito em Moeda Nacional e dos Activos Financeiros, mesmo num contexto de redução de taxas de juro e elevados coeficientes de Reservas Obrigatórias, demonstrando a eficácia da estratégia operacional do Banco.

Não obstante a boa performance dos proveitos operacionais, a evolução do Resultado Líquido foi condicionada por reforços de imparidades decorrentes de factores exógenos, com destaque para as imparidades constituídas para a cobertura do agravamento do risco soberano, o qual se evidenciou através das revisões em baixa do rating do país pelas agências Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s (S&P), nos meses de Fevereiro e Março de 2025, com esta última a atribuir ao país a classificação de “Selective Default”, para a dívida soberana em moeda nacional

Neste contexto, o Resultado Líquido atingiu os MZN 6.040 milhões, que apesar de constituir uma queda de 26% face a 2023, permitiu manter níveis consideráveis de Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) e de Rentabilidade do Activo (ROA), a situarem-se em 19,26% e 2,64%, respectivamente.

Ao longo ano, o BCI manteve o foco contínuo na qualidade de serviço, inovação e proximidade ao cliente, e reforçou o seu posicionamento de referência no mercado através da disponibilização dos melhores produtos e serviços, priorizando a satisfação do cliente, e procurando incrementar a rentabilidade, de forma sustentada, em todas as áreas de negócio.

Num contexto de incerteza e desafios múltiplos, o BCI mostra-se financeiramente robusto e estrategicamente prudente, e continuará a desempenhar um papel activo e responsável na recuperação económica do país, mantendo o seu compromisso com uma banca ética, prudente e orientada para o desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Moçambique lança sétima edição da feira anual de gemas

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), através do Museu Nacional de Geologia, em coordenação com a Unidade de Gestão do Processo Kimberley, Instituto Nacional de Minas, e o Serviço provincial de Infra-estruturas de Nampula, lança, esta sexta-feira (30), na cidade de Maputo, a VII Edição da Feira Anual de Gemas de Nampula (FAGENA).

O evento a ter lugar de 23 a 25 de Outubro do ano em curso, na cidade de Nampula, vai decorrer sob o lema: “FAGENA, em prol da mineração sustentável e promoção do desenvolvimento sócio-económico em Moçambique”.

A FAGENA é uma plataforma de promoção de comércio interno de metais preciosos e gemas resultantes da mineração corporativa e de pequena escala, o que representa uma oportunidade para a comercialização legal dos produtos mineiros nas comunidades.

A feira constitui igualmente um espaço de interacção entre produtores, comerciantes, compradores, geocientistas e demais interessados nesta classe dos minerais.

ARC avalia aquisição da Olam Agri pela gigante saudita SALIC

A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) está a analisar uma notificação de operação de concentração que prevê o controlo exclusivo da Olam Agri Holdings Limited pela Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (SALIC).

Segundo informou hoje a entidade reguladora, a operação, notificada a 14 de Maio e com efeitos a partir de 20 de Maio, envolve a aquisição, por parte da SALIC, de uma participação entre 44,48% e 64,57% no capital social da Olam Agri, numa transacção que dará à empresa saudita o controlo exclusivo da multinacional com sede em Singapura.

Citada pela Revista Terra, a ARC refere que os interessados têm um prazo de 15 dias, a contar da data de publicação do aviso, para submeter observações sobre a operação.

A SALIC é uma sociedade anónima do Reino da Arábia Saudita, com investimentos no sector agroalimentar a nível global, incluindo Moçambique, onde detém actualmente uma participação minoritária de controlo conjunto na Olam Agri.

Por sua vez, a Olam Agri opera em toda a cadeia de valor agrícola e está presente em Moçambique através das subsidiárias Olam Moçambique, Limitada, e Fasorel S.A.R.L.

Bayport estreia 2025 com emissão de 555 milhões de meticais em obrigações privadas

A Bayport Financial Services Mozambique (MCB), S.A. iniciou o ano de 2025 com sucesso, ao realizar a colocação de duas emissões privadas de obrigações corporativas, no montante total de aproximadamente 555 milhões de meticais (equivalente a 8,8 milhões de dólares norte-americanos). A operação decorreu nos dias 3 e 4 de Abril e representa a primeira emissão obrigacionista do ano no mercado moçambicano.

De acordo com um comunicado oficial, a operação foi estruturada em duas tranches:

  • A primeira com taxa de juro fixa de 17% e prazo de maturidade de três anos;
  • A segunda com uma taxa híbrida, composta por uma componente fixa de 18% para os dois primeiros cupões e, posteriormente, uma componente variável indexada à taxa média das Bilhetes do Tesouro acrescida de 4,5%, com prazo de quatro anos.

A Bayport informou que os fundos angariados serão utilizados para financiar o crescimento da sua carteira de crédito, sendo as emissões garantidas por recebíveis provenientes da própria carteira de crédito da instituição. A operação foi estruturada e colocada pelo Standard Bank Moçambique, tendo registado uma procura superior à oferta inicial de 400 milhões de meticais (cerca de 6,3 milhões de dólares), o que evidencia o interesse do mercado por instrumentos de dívida corporativa.

As obrigações foram subscritas por investidores institucionais e privados, incluindo bancos, fundos de pensões, empresas e particulares, o que confirma a confiança do mercado na solidez financeira da empresa e no potencial do mercado de capitais moçambicano.

Para a Bayport, este modelo de financiamento constitui um dos pilares estratégicos da sua estrutura de capital. A empresa destacou que, além das obrigações, a sua estrutura de financiamento é composta por capital próprio, depósitos de clientes e acesso a fundos de investimento e entidades parceiras locais.

Com esta operação, a Bayport totaliza 20 emissões de obrigações no mercado moçambicano, tendo já angariado mais de 6,2 mil milhões de meticais (cerca de 98,4 milhões de dólares), o que a posiciona como a maior emissora de dívida corporativa do país.

Fundada em 2012, a Bayport é especializada na concessão de crédito com desconto em folha de salários, com foco no segmento da função pública, onde detém uma posição de liderança.

A empresa atende actualmente cerca de 130 mil clientes, possui uma carteira de crédito superior a 17 mil milhões de meticais

Acesso ao Aeroporto Internacional de Maputo passa a ser pago a partir de 1 de Junho

A partir do próximo dia 1 de Junho, os utentes do Aeroporto Internacional de Maputo deixarão de beneficiar de acesso gratuito ao recinto aeroportuário. A medida foi anunciada pelos Aeroportos de Moçambique e estabelece que o tempo de isenção de pagamento será de apenas três minutos, aplicável à entrada de viaturas para deixar ou buscar passageiros.

Na prática, esta alteração implica a eliminação do acesso livre ao terminal principal do país, afectando directamente os cidadãos que se deslocam ao aeroporto para prestar apoio logístico e emocional a familiares, amigos ou colegas. Com um limite temporal que muitos consideram insuficiente para realizar manobras de paragem, embarque ou desembarque com segurança, a medida tem suscitado preocupações de ordem social, económica e de mobilidade urbana.

Especialistas e cidadãos têm vindo a questionar a razoabilidade da decisão, alertando que o tempo estipulado poderá induzir comportamentos apressados e perigosos, comprometendo a segurança dos próprios utentes. Refira-se que, em muitos casos, o acesso ao aeroporto envolve o transporte de crianças, idosos ou doentes, cuja assistência requer mais tempo e atenção.

Com a implementação da nova regra, o espaço aeroportuário, tradicionalmente público e acessível, passa a estar condicionado a quem pode pagar, o que, na leitura de vários sectores da sociedade civil, compromete o carácter inclusivo das infraestruturas públicas.

A medida surge no âmbito de uma estratégia de reorganização da circulação e de geração de receitas para a gestão aeroportuária. No entanto, analistas sugerem que existem alternativas menos penalizadoras, como a criação de zonas temporárias de paragem (“kiss and ride”) com períodos mais alargados (10 a 15 minutos), isenções específicas para casos sociais (pessoas com mobilidade reduzida, doentes ou acompanhantes), ou ainda um modelo de cobrança progressiva com base no tempo efectivo de permanência no recinto.

Até ao fecho desta edição, os Aeroportos de Moçambique não haviam anunciado se a medida será acompanhada por melhorias nos acessos, sinalização, segurança viária ou mecanismos de atendimento a utentes em situação de vulnerabilidade.

A decisão marca uma nova fase na gestão do espaço aeroportuário da capital, mas também lança o debate sobre acessibilidade, equidade e eficiência na gestão dos serviços públicos, num momento em que a mobilidade urbana se revela um dos maiores desafios da governação local.

Fundação Vodacom impacta mais de 1,5 milhão de moçambicanos

Vodacom Moçambique

Um ano após o seu lançamento oficial, a Fundação Vodacom, o braço de responsabilidade social da Vodacom Moçambique, celebra um impacto notável que já alcançou mais de 1,5 milhão de moçambicanos nos sectores da Educação, Saúde, Assistência Humanitária, Meio Ambiente e Empoderamento Económico.

A cerimónia comemorativa do primeiro aniversário decorreu em Maputo e foi presidida por Lucas Chachine, Presidente do Conselho de Administração da Vodacom Moçambique, contando com a presença da equipa de liderança da empresa, colaboradores, parceiros institucionais e representantes da sociedade civil. Durante a sua intervenção, Lucas Chachine sublinhou que os resultados alcançados reflectem o compromisso contínuo da empresa com o desenvolvimento do país:

“Estes números são motivo de orgulho para todos nós. Representam um sinal claro de que a Vodacom está presente, não apenas como operador de telecomunicações, mas como um verdadeiro parceiro de desenvolvimento. Não deixamos ninguém para trás.”

O PCA apelou ainda ao reforço do envolvimento interno:

“Convido todos os colaboradores a manterem-se firmes neste caminho. A nossa missão vai muito além da conectividade — é uma missão de solidariedade, de compromisso com as comunidades e com o futuro de Moçambique.” Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração da Fundação Vodacom, Hermenegildo Gamito, destacou o papel transformador da Fundação no tecido social moçambicano:

“Desde o primeiro dia, a Vodacom tem demonstrado uma inserção activa na sociedade, orientada pelos princípios da sustentabilidade e da inclusão. O envolvimento dos nossos colaboradores foi decisivo para os resultados alcançados neste primeiro ano.”

Durante o seu primeiro ano de actividade, a Fundação Vodacom beneficiou mais de 1,1 milhão de estudantes e professores através do programa Faz Crescer, ligando 114 escolas à internet e oferecendo 100 laboratórios de informática em todo o território nacional. No mesmo âmbito, foram investidos 90 milhões de Meticais na reabilitação da Escola Secundária de Guara Guara, beneficiando 1.768 alunos, dos quais 49% são raparigas. No sector da saúde, o programa O Meu Bebé e Eu prestou assistência materno-infantil a mais de 65 mil mulheres, contribuindo para melhorar o acesso a cuidados básicos nas zonas mais vulneráveis. Já no pilar do Empoderamento Económico, cerca de 2 mil jovens empreendedores e finalistas universitários participaram em iniciativas de capacitação e desenvolvimento de competências.

Em resposta a emergências humanitárias, a Fundação distribuiu 90 toneladas de bens alimentares e produtos de primeira necessidade a cerca de 50 mil pessoas afectadas pelos ciclones Chido, Dikeledi e Jude, bem como pela situação de conflito em Cabo Delgado. Ao completar o seu primeiro ano de actividade, a Fundação Vodacom reafirma o seu compromisso em contribuir para uma sociedade mais justa, inclusiva e resiliente, colocando as pessoas no centro de todas as suas acções.

 

LOKAL inaugura 13.º supermercado e reforça presença com nova loja no bairro Polana Caniço

O Grupo LOKAL acaba de reforçar a sua presença no sector retalhista com a inauguração do 13.º supermercado da marca, desta vez localizado na Av. Julius Nyerere – The Estate II, no coração do bairro Polana Caniço, na Cidade de Maputo.

Com uma área de 280 metros quadrados e mais de 1700 referências disponíveis, a nova loja foi concebida para proporcionar uma experiência de compra prática, moderna e adaptada às necessidades reais dos consumidores moçambicanos.

Entre os destaques do novo espaço, sobressaem as secções de Padaria e Charcutaria, com produtos frescos e cuidadosamente seleccionados. O pão, estaladiço e de fabrico diário, junta-se ao fiambre, que já é marca da casa, numa oferta pensada para quem valoriza qualidade e sabor à mesa.

A nova loja oferece ainda uma vasta gama de bebidas, detergentes e mercearia, com especial enfoque nos produtos da marca Pingo Doce e nas principais marcas nacionais, promovendo o consumo responsável, o apoio à produção local e a acessibilidade para todos os bolsos.

“Esta abertura representa mais do que o crescimento físico da marca, é o reflexo do nosso compromisso com a proximidade, o atendimento de excelência e a valorização do talento nacional”, refere a Direcção Comercial do LOKAL.

Para assinalar a ocasião, a marca preparou um conjunto de ofertas especiais e surpresas para os primeiros clientes, numa recepção calorosa que marca o início de mais uma etapa no projecto de expansão da rede.

A aposta estratégica em bairros urbanos densamente povoados, como o Polana Caniço, reflecte a visão do LOKAL de crescer com propósito, consolidando-se como uma referência no retalho alimentar e de utilidades domésticas em Moçambique.

Com novas aberturas previstas ainda para este ano, a marca reitera o seu objectivo de estender a qualidade e a conveniência a cada vez mais famílias moçambicanas, num modelo de negócio que alia sustentabilidade, eficiência operacional e compromisso social.

Nampula: Haiyu Mining pagou em impostos mais de 300 milhões de meticais nos últimos cinco anos

A mineradora chinesa Haiyu Mozambique Mining, que explora as areias pesadas no distrito de Angoche, província de Nampula, pagou, nos últimos cinco anos, mais de 300 milhões de meticais através de pagamentos de impostos ao Estado moçambicano.

Segundo dados avançados pelo representante da mineradora, Augusto Basílio, aquando da apresentação do relatório das actividades, no mesmo período, a companhia produziu um total de 747 619 toneladas de areias pesadas.

Citado numa publicação do portal Ikweli, a fonte, sem avançar detalhes, revelou que o volume de produção em 2024 foi de 174 278 toneladas contra 145 500 no ano de 2023, tendo contribuído para os cofres do Estado cerca de 113,4 milhões de meticais em 2024.

Durante a apresentação do informe, Basílio partilhou que a extração é feita a céu aberto, uma vez que foram identificados depósitos de rochas em profundidades relativamente pequenas em relação à superfície.  “Esse método de extração de minerais não requer a perfuração de túneis, que caracterizam a mineração subterrânea.”

Standard Bank Moçambique regista 6.134 milhões de MT em lucros e activos crescem para 178 mil milhões em 2024

O Standard Bank Moçambique apresentou os seus resultados anuais referentes ao exercício de 2024, evidenciando a solidez da sua estratégia, num cenário económico marcado por incertezas e desafios, tanto a nível nacional como internacional.

Num contexto adverso, caracterizado por um decréscimo da actividade económica, o Banco manteve um desempenho resiliente, com um lucro líquido de 6.134 milhões de meticais, 15% inferior ao do ano anterior. Esta performance reflecte o rigor na gestão de risco, a disciplina financeira e o compromisso contínuo com os seus clientes, colaboradores e o desenvolvimento de Moçambique, segundo dados públicos divulgados pelo Banco, por meio do relatório e contas referentes ao ano passado.

Entre os principais destaques, do exercício de 2024, salientam-se o crescimento dos depósitos dos clientes em 6,8%, com maior crescimento em moeda local e um total de activos que ascendeu a 178 mil milhões de meticais, o que representa um crescimento de 13% face ao ano anterior.

A melhoria expressiva da qualidade da carteira de crédito, com uma redução de 52,7% nos empréstimos não produtivos e um rácio de perdas que passou de 1,2% para 0,8%, bem como o reforço da solidez de capital, com um rácio de solvabilidade de 23,1%, muito acima do mínimo regulamentar mereceram, igualmente, destaque no exercício económico do ano passado.

Entretanto, num encontro ocorrido, entre o Banco e representantes dos principais medias nacionais, o Administrador-Delegado do Banco, Bernardo Aparício, reforçou o posicionamento do Standard Bank como uma organização aberta ao diálogo construtivo com a Imprensa nacional, reconhecendo o seu papel essencial na promoção de uma cidadania informada e de uma economia mais participativa.

Bernardo Aparício destacou a celebração dos 130 anos de implantação do Standard Bank em Moçambique, em 2024, assinalando uma transformação estratégica centrada no reforço da confiança institucional, modernização tecnológica, excelência da governação e fortalecimento das relações com clientes, reguladores e parceiros estratégicos.

“A nossa liderança tem sido caracterizada por um investimento contínuo em tecnologia, actualização dos modelos operacionais e adesão às melhores práticas internacionais, posicionando o Standard Bank como referência em modernização e inovação no sector bancário moçambicano”, disse Bernardo Aparício aos jornalistas.

HCB mantém solidez financeira com 9,7 mil milhões de MT de lucro e e entrega 3,9 mil milhões ao Estado

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) divulgou, recentemente, as suas Demonstrações Financeiras Resumidas referentes ao exercício de 2024, revelando indicadores de desempenho que confirmam a solidez financeira da empresa e o seu papel estratégico no sector energético nacional e regional.

De acordo com a publicação oficial disponibilizada pela empresa através da sua página no LinkedIn, a HCB apresenta um resultado líquido de 9,7 mil milhões de meticais, registando uma ligeira redução em relação ao exercício anterior, mas mantendo níveis de rentabilidade considerados robustos para o sector. Este desempenho reflecte, segundo a administração, o impacto de factores como a oscilação hidrológica, as variações cambiais e os ajustamentos nas tarifas de venda de energia.

Apesar do contexto desafiante, a HCB conseguiu manter uma estrutura de custos controlada, registando um aumento moderado nas despesas operacionais (7,3%), enquanto os proveitos operacionais se mantiveram estáveis. A empresa destaca ainda o cumprimento rigoroso das suas obrigações fiscais, com um total de 3,9 mil milhões de meticais entregues ao Estado em impostos directos e indirectos, reforçando a sua contribuição para a sustentabilidade das finanças públicas.

O relatório realça igualmente o reforço dos investimentos em manutenção e modernização das infra-estruturas de produção, incluindo a execução de projectos de extensão da vida útil dos equipamentos e a digitalização de processos críticos. Estas intervenções visam garantir maior eficiência, segurança e continuidade na geração de energia para Moçambique e os mercados da África Austral.

“A HCB mantém o compromisso com uma gestão prudente, ética e orientada para resultados, numa conjuntura marcada por desafios energéticos regionais e impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos”, lê-se no comunicado da empresa.

Outro dado digno de nota é a posição de liquidez da empresa, que se mantém confortável, o que permite à HCB continuar a operar sem necessidade de recorrer a endividamento externo de curto prazo. Esta autonomia financeira é um dos factores que têm sustentado a estabilidade da empresa ao longo dos últimos anos, mesmo em ciclos de maior pressão económica.

No plano institucional, a HCB reafirma o seu alinhamento com os princípios de governação corporativa, transparência e responsabilidade social, sendo uma das poucas empresas moçambicanas a publicar de forma regular e acessível as suas contas certificadas, conforme as normas internacionais de relato financeiro.

O desempenho da HCB continua a posicioná-la como uma empresa estruturante da economia nacional, com influência directa no equilíbrio da balança energética do país, no abastecimento industrial e doméstico e no fornecimento de energia à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

A publicação surge numa altura em que a empresa se prepara para assinalar 50 anos de existência, com uma série de eventos técnicos e institucionais agendados para os próximos meses, incluindo uma Conferência Internacional sobre Mudanças Climáticas e Produção Hidroeléctrica, a decorrer em Maputo.

O balanço de 2024, apesar dos constrangimentos ambientais e económicos, confirma a resiliência da HCB e o seu compromisso de longo prazo com a segurança energética, o desenvolvimento industrial e a soberania económica de Moçambique. (PROFILE)