Segunda-feira, Junho 16, 2025
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Indústria Extractiva: Mais de 55.5 milhões de Meticais não foram pagos às comunidades

O Governo de Filipe Jacinto Nyusi reportou, na Conta Geral do Estado de 2023, que pagou, na totalidade, os 77.111.930,00 Meticais que estavam programados para as comunidades hospedeiras dos projectos de extracção mineira e petrolífera, no âmbito da transferência do valor equivalente a 2,75% do Imposto sobre a produção mineira e petrolífera. No entanto, tal acto não passava de uma propaganda.

De acordo com o Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2023, emitido pelo Tribunal Administrativo, em Setembro de 2024, o Governo pagou 21.594.057,00 Meticais a apenas seis comunidades das províncias da Zambézia (Mitange, Micaune e Gurué) e Cabo Delgado (Nyamanyumbir, Montepuez e Balama), tendo ficado por transferir 55.517.873,00 Meticais a 24 comunidades.

O Tribunal Administrativo relata no documento que, das seis comunidades que receberam o valor, apenas três tiveram-no na totalidade, nomeadamente, as comunidades de Balama (560.840,00 Meticais), Mitange (3.043.020,00 Meticais) e Gurué (306.340,00 Meticais).

A comunidade de Nyamanhumbir recebeu 16.573.771,00 Meticais, faltando pagar-se pouco mais de 4.831.979,00 Meticais. A comunidade da vila de Montepuez recebeu 984.909,00 Meticais, aguardando pelo pagamento de 168.521,00 Meticais, enquanto a comunidade de Micaune foi paga 125.177,00 Meticais, faltando pagar 709.903,00 Meticais.

Segundo o Tribunal Administrativo, esta informação foi declarada pelo Governo em sede do contraditório, após constatar-se haver dezenas de comunidades que não receberam o valor e a existência de algumas cujo valor entrou “amputado”. Aliás, nas tabelas enviadas ao Tribunal Administrativo, o Governo informa que, dos 77.111.930,00 orçados, somente 45.548.348,00 Meticais é que foram inscritos e, destes, 36.782.151 foram solicitados, dos quais 21.594.057,00 Meticais foram pagos.

No contraditório, o Governo explica que 27.2 milhões de Meticais do valor em falta foram pagos no exercício económico de 2024, de um total de 51.3 milhões de Meticais “inscritos em despesas por pagar”. O Executivo sublinhou também que o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado de 2023 foi executado num contexto marcado pela conjuntura económica que se assinala nos últimos anos com registo de choques climáticos.

“O registo de transferências na CGE [Conta Geral do Estado] de 2023, que não foram comprovadas nas auditorias realizadas e não estão evidentes nos demonstrativos consolidados, extraídos a 20/06/2024, isto é, após a produção da CGE de 2023, viola o princípio de clareza, exactidão e simplicidade, previsto no artigo 49 da Lei do SISTAFE”, defende o Tribunal Administrativo.

A comunidade de Maimelane, em Inhassoro, no norte da província de Inhambane, faz parte do grupo de populações hospedeiras de projectos de extracção mineira e petrolífera que não receberam o valor dos 2,75%, em 2023. Em Mailemane, aguardava-se a transferência de 6.000.290,00 Meticais. Em Pande, foi enviado pelo menos 1.070.200,00 Meticais, de pouco mais de 7.333.680,00 Meticais que eram esperados.

Sem o dinheiro dos 2,75%, o Tribunal Administrativo reporta que, nas secretarias distritais, o ano de 2023 foi marcado pela ausência de pagamento total ou parcial de empreiteiros e prestadores de serviço, contratados no âmbito da implementação dos projectos de desenvolvimento comunitário.

“A situação acima descrita constitui inobservância do disposto no n.º 1 do artigo 6 da Lei n.º 29/2022, de 30 de Dezembro, que aprova o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado para o ano de 2023. (…) A falta de transferência dos fundos prejudicou a execução dos projectos aprovados pelas comunidades”, diz o auditor das finanças do Estado.

O Tribunal Administrativo sublinha ainda que as secretarias distritais continuam sem dados sobre a produção anual da SASOL, assim como dos impostos pagos pela petroquímica sul-africana. É entendimento do auditor das contas públicas que essa informação ia permitir às populações aferirem a conformidade do valor que é comunicado pelo Serviço Provincial de Economia e Finanças.

Refira-se que, para além de não ter enviado todo o dinheiro às comunidades, o Governo não transferiu o valor correspondente a 7,25% às províncias hospedeiras dos projectos mineiros e petrolíferos, conforme prometera no PESOE 2023. Ao Tribunal Administrativo, o Governo explicou que o valor não foi alocado por falta de regulamentação da Lei n.º 15/2022, de 19 de Dezembro. O Regulamento só foi aprovado pelo Decreto n.º 40/2023, de 07 de Julho. (A. Maolela)

Gustavo Cruz: Perfil de uma liderança estratégica

Gustavo Cruz: Perfil de uma Liderança Estratégica ao Serviço do País e da Consolidação de África como Potência Emergente

Nascido a 24 de Janeiro de 1981, na cidade de Quelimane, Gustavo Martins da Cruz tem-se afirmado como uma das vozes mais influentes e transformadoras no contexto empresarial e institucional de Moçambique. Com uma carreira de mais de 28 anos, assume-se como estratega de negócios, empreendedor e defensor incansável de uma liderança com alma, propósito e ancorada no compromisso com o desenvolvimento nacional.

Formado em Liderança e Gestão de Empresas pelo Robert Kennedy College, Gustavo está actualmente a concluir o seu Doutoramento em Administração de Empresas, com especialização em Comportamento Organizacional e Liderança, pelo Australian Institute of Business.

Lidera actualmente a Sociedade Moçambicana de Medicamentos (SMM), como Administrador-Delegado, conduzindo uma transformação estratégica profunda na indústria farmacêutica nacional. Sob a sua orientação, a SMM tornou-se num dos principais pilares da soberania sanitária, assegurando acesso universal a medicamentos essenciais.

Gustavo Martins da Cruz

Paralelamente, desempenha um papel activo na modernização da FARMAC SA e preside a Fundação Hands of Hope Moçambique, onde promove acções de inclusão social, educação comunitária e empoderamento humano com foco em resultados sustentáveis.

No sector financeiro, é consultor do Euro Exim Bank para Comércio Internacional, tendo-se notabilizado por promover soluções de financiamento para mercados emergentes, bem como pela sua defesa activa do mercado de capitais como via para a capitalização das PME moçambicanas.

No campo da sustentabilidade, lidera o Pelouro de Economia Circular da FORLED Moçambique e é fundador/co-fundador de várias iniciativas empresariais de impacto regional, como a ARLog, a Innometrics Solutions, a Green Credits e a Community CO2.

Como educador, lecciona no ISUTC Executive Education e na Ubuntu Academy, com uma abordagem holística centrada na liderança ética, ESG e gestão por resultados. É também mentor activo de jovens talentos e decisores emergentes.

Destaca-se ainda como apresentador dos podcasts “Caminhos do Executivo” e “The GMC Podcast”, plataformas de reflexão estratégica sobre liderança e desenvolvimento. É membro fundador da AMEEA e da IPA, e colaborador da plataforma Mozambique Business Community.

Reconhecido como Top Voice no LinkedIn, Gustavo tem utilizado a sua influência digital para amplificar debates sobre responsabilidade social, inovação e transformação organizacional, posicionando-se como um actor-chave na promoção de um Moçambique mais justo, resiliente e competitivo.

A sua liderança assenta em três pilares fundamentais: integridade, autenticidade e responsabilidade. Com um pensamento estratégico alinhado à acção concreta, defende que “fazer acontecer” é o verdadeiro acto de liderar para transformar.

ConnectingCX MZ firma parceria estratégica com Raxio Data Centres para reforçar excelência no atendimento ao cliente em África

A ConnectingCX MZ, empresa moçambicana especializada em soluções de atendimento ao cliente, anunciou, esta semana, a celebração de uma parceria estratégica com a Raxio Data Centres, uma das infraestruturas de dados mais avançadas e seguras do continente, certificada com o padrão internacional Tier III pelo Uptime Institute.

O acordo visa consolidar a posição da ConnectingCX MZ como referência em soluções de Customer Experience (CX), oferecendo ao mercado africano serviços com níveis elevados de fiabilidade, segurança e performance tecnológica.

Segundo a nota divulgada pela empresa, a colaboração com a Raxio vai permitir uma operação ininterrupta dos seus serviços, assegurando uma disponibilidade de 99,982%, elemento crítico para sectores como a banca, telecomunicações e saúde. Além da fiabilidade, destaca-se a optimização de desempenho, com latência ultrabaixa, essencial para garantir qualidade em chamadas e interacções em tempo real.

“A tecnologia deve servir para aproximar, nunca para limitar”, sublinha a ConnectingCX MZ, acrescentando que esta parceria representa um passo importante na antecipação das necessidades dos seus clientes, num ecossistema cada vez mais exigente e digitalizado.

A nova infraestrutura garante ainda escalabilidade inteligente, permitindo às instituições crescerem de forma sustentável, sem custos ocultos ou surpresas operacionais. Para a ConnectingCX, este é um avanço significativo na direcção de um atendimento ao cliente mais eficiente, seguro e centrado no utilizador final.

A empresa lança, igualmente, um apelo às organizações que valorizam confiabilidade, conformidade regulatória e retorno claro sobre investimento (ROI), convidando-as a explorar soluções CX construídas para o futuro.

“Juntos, estamos a construir o futuro do CX em África, mais resiliente, mais inteligente e verdadeiramente centrado no humano”, conclui o comunicado.

BNI corta NPL para 14,58% e exibe rácios de solvabilidade e liquidez entre os mais sólidos do sistema

  • Banco Nacional de Investimento melhora significativamente o seu rácio de crédito em incumprimento e exibe níveis elevados de solvabilidade e liquidez, num contexto económico marcado por incertezas e dificuldades operacionais;
  • Rácio de crédito em incumprimento do BNI caiu 29,4 pontos percentuais, para 14,58%;
  • Ecobank, Moza Banco e Access Bank apresentam os rácios mais elevados;
  • BNI regista também um dos mais altos rácios de solvabilidade (41,90%);
  • Banco assegura robustez de liquidez com cobertura de 115,31%;
  • Melhorias reflectem gestão prudente do risco e confiança acrescida dos investidores.

O Banco Nacional de Investimento (BNI) conseguiu reduzir o seu rácio de crédito em incumprimento de 43,98% no final de 2023 para 14,58% no primeiro trimestre de 2025, aproximando-se da média do sistema bancário nacional, estimada em 13%. Esta melhoria surge num cenário de crise, com efeitos pós-eleitorais ainda a impactar o tecido empresarial moçambicano.

O Banco Nacional de Investimento (BNI) destacou-se no sector bancário nacional ao apresentar uma melhoria significativa na qualidade da sua carteira de crédito. O rácio de crédito em incumprimento (NPL) desceu de 43,98% no IV Trimestre de 2023 para 14,58% no I Trimestre de 2025 — uma redução de 29,4 pontos percentuais que coloca o BNI alinhado com a média do sistema bancário nacional.

Segundo o relatório sobre os Indicadores Prudenciais e Económico-Financeiros do Sector Bancário, publicado pelo Banco de Moçambique, a generalidade dos bancos comerciais registou melhorias nos seus NPLs. Todavia, alguns bancos continuam a apresentar níveis preocupantes: o Ecobank com 48,17%, o Moza Banco com 36,58% e o Access Bank com 20,69%.

Para além da melhoria na carteira de crédito, o BNI evidenciou igualmente indicadores de robustez ao nível da solvabilidade e liquidez. Com um rácio de solvabilidade de 41,90%, o banco surge entre os três mais sólidos do sistema financeiro, atrás apenas do BIG (454,05%) e do UBA (64,24%). Estes valores superam largamente o mínimo exigido pela autoridade monetária, fixado em 12%.

No capítulo da liquidez, o banco também se destaca. O rácio de Cobertura de Liquidez de Curto Prazo do BNI fixou-se em 115,31%, acima da média do sector (65%), sendo apenas ultrapassado pelo BIG com 162,42%. Estes indicadores confirmam a capacidade do BNI de responder a pressões de curto prazo sem comprometer a estabilidade financeira.

O relatório do Banco de Moçambique observa que estes resultados foram alcançados num cenário económico adverso, marcado pelos efeitos pós-eleitorais e pelas dificuldades operacionais enfrentadas por muitos agentes económicos, com impacto particular nas pequenas e médias empresas, muitas das quais viram as suas actividades reduzidas ou encerradas.

A actuação do BNI reforça a percepção de que a estabilidade e segurança das instituições financeiras pode ser preservada, mesmo em contextos adversos, quando acompanhada por uma gestão criteriosa do risco e uma estratégia de investimento bem orientada.

PMI: Economia dá sinais de recuperação com vendas e produção a sustentarem actividade empresarial em Abril

A economia moçambicana beneficiou de uma nova expansão no início do segundo trimestre, de acordo com o mais recente inquérito mensal elaborado pelo Standard Bank Moçambique. O estudo explica que o crescimento foi sustentado por uma intensificação das vendas, o que ajudou a aumentar a produção e a fomentar uma nova subida no emprego.

Designado Purchasing Managers Index (PMI), o inquérito concluiu ainda que, durante o mês de Abril, a procura de meios de produção também resultou nos aumentos mais rápidos das aquisições e dos inventários. As cadeias de abastecimento registaram uma nova recuperação, enquanto a inflação dos custos permaneceu relativamente moderada.

“Como consequência, as empresas sentiram-se mais confiantes de que o crescimento da actividade continuará, com tendência a subir para o seu nível mais elevado desde Maio de 2024”, lê-se no relatório do inquérito. Como resultado do desempenho, o PMI do Standard Bank Moçambique aumentou de 50,2 em Março para 50,5 (corrigido de sazonalidade) em Abril.

No relatório do PMI, o economista-chefe do Standard Bank Moçambique, Fáusio Mussá comentou que, pela primeira vez desde Junho de 2024, todos os sub-índices do PMI atingiram um valor igual ou superior a 50, denotando expansões mensais consecutivas na actividade económica em Abril e implicando que o sector privado ainda se encontra em recuperação do impacto negativo dos protestos que se seguiram às eleições de Outubro de 2024.

Mussá entende que, apesar do aumento dos riscos associados às perspectivas, reflectindo tarifas dos Estados Unidos da América superiores ao esperado, o que aumenta a volatilidade e a incerteza, e as recorrentes pressões fiscais a nível interno e pressões associadas à liquidez do mercado cambial, o Standard Bank Moçambique mantém previsão de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se tornará positivo a partir do segundo trimestre de 2025.

“O PMI de Março mostra que o sentimento empresarial ainda está a melhorar. Em Abril, o sub-índice do PMI de expectativas empresariais para o futuro subiu para o valor mais alto dos últimos 11 meses. É de salientar que, provavelmente, os inquiridos estão a ter em consideração o progresso relativo aos projectos de gás natural liquefeito (GNL), o que deverá impulsionar a produção”, assinalou o economista.

Em Abril, o governo aprovou o plano de desenvolvimento para o projecto da plataforma flutuante de GNL Coral Norte, que deverá registar uma Decisão Final de Investimento (DFI) superior a 7 mil milhões de USD americanos no segundo semestre de 2025, com a produção a ter início em 2028.

“Contudo, a melhoria do sentimento contrasta com a maior incerteza global e os desenvolvimentos internos negativos, manifestados no facto de o programa de 3 anos do FMI ter sido suspenso em Abril e de os EUA terem reduzido a assistência ao desenvolvimento. Isto implica novas pressões fiscais e de liquidez no mercado cambial”, concluiu Mussá.

O PMI do Standard Bank Moçambique é compilado mensalmente a partir das respostas aos questionários enviados aos directores de compras de um painel de cerca de 400 empresas do sector privado. O painel é estratificado por sector específico e dimensão das empresas em termos de número de colaboradores, com base nas contribuições para o PIB. Os sectores abrangidos pelo inquérito incluem a agricultura, a mineração, o manufatureiro, a construção, o comércio por grosso, o comércio a retalho e os serviços. Os dados foram recolhidos pela primeira vez em Março de 2015.

TSU: Executivo aprova revisão do subsistema de carreiras e remunerações

O Governo aprovou hoje, o Decreto que aprova o Sistema de Carreiras e Remunerações e Qualificadores Profissionais da Administração Pública. O mesmo revoga o Decreto n.º 30/2018, de 22 de Maio, que aprova o Regulamento do Subsistema de Carreiras e Remuneração, e o Decreto n.º 14/2017, de 18 de Maio, que introduz as alterações nas tabelas indiciárias das carreiras de regime geral, especial e específicas constantes dos anexos I e II do Decreto n.º 54/2009, de 8 de Setembro.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, explicou que a revisão visa harmonizar os Qualificadores Profissionais com os níveis salariais estabelecidos na Tabela Salarial Única (TSU), e definir os níveis mínimos e máximos de carreiras e categorias profissionais, bem como os critérios de evolução na TSU.

Impissa clarificou que a aprovação da revisão corresponde a uma das etapas cruciais no quadro da reforma salarial introduzida em 2022, com um forte potencial de minimizar as preocupações essenciais apresentadas pelos funcionários públicos e não só, como também surge para a melhoria no geral do Processo de gestão de carreiras na Administração Pública moçambicana.

Na sessão de hoje, o Governo aprovou a resolução que aprova a Quota de Exploração de Madeira para o ano de 2025. O Instrumento visa definir as quotas de exploração da madeira, com vista a garantir a exploração sustentável dos recursos florestais sendo que para 2025, serão 485.936m³ contra 485.436 m³, de 2024, e igualmente incluir a espécie Nantchasse, recentemente classificada como preciosa.

Indaba – 2025: Moçambique exibe potencial turístico na maior feira de turismo da África do Sul

Moçambique e outras 26 nações africanas marcam presença e exibem o seu potencial no arranque da edição 2025 do Africa’s Travel Indaba, a maior feira comercial e de lazer da África do Sul.

A feira que iniciou esta esta segunda-feira (12), com término esta quinta feira (15), espera receber pouco mais de nove mil visitantes e 1300 expositores que vão beneficiar de uma plataforma ideal para expositores de turismo africanos apresentarem suas ofertas a compradores internacionais e locais, empresas de marketing de destino e parceiros de serviços de turismo de lazer.

A delegação de Moçambique, chefiada pelo director-geral do Instituto Nacional de Turismo (INATUR), Richard Baulene, almeja usar da plataforma para promover o turismo nacional no seio dos turistas e estreitar parcerias com outros operadores do continente.

Segundo Baulene, citado pelo jornal Notícias, além de quadros do INATUR, estarão presentes na feira operadores turísticos, gestores de parques e reservas nacionais e de hotelaria e turismo.

Knighthood Global escolhida para reposicionar a LAM e impulsionar o sector da aviação

  • Consultora internacional liderada por James Hogan vai trabalhar com novos accionistas da LAM na redefinição da frota, governação e conectividade estratégica;
  • A consultora irá liderar, nos próximos 90 dias, o processo de estabilização e reposicionamento da LAM (Aviator);
  • Novos accionistas da LAM são a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE);
  • Estratégia visa redefinir a frota, melhorar a governação e fortalecer a conectividade nacional e regional.
  • Objectivo é apoiar sectores estratégicos como turismo, mineração, petróleo e agricultura (Knighthood Global);
  • Knighthood possui histórico de revitalização de companhias aéreas em África e Europa, incluindo o caso Air Malta.

O Governo de Moçambique designou a consultora internacional Knighthood Global para conduzir o processo de revitalização da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, num movimento que visa não só estabilizar a transportadora aérea nacional, mas também reconfigurar o sector da aviação em Moçambique, conforme avança o portal especializado Aviator (12 de Maio de 2025).

A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique vai contar com a experiência da Knighthood Global para a sua reestruturação estratégica e operacional. A consultora internacional, sediada em Abu Dhabi e liderada por James Hogan, antigo CEO da Etihad Airways, foi formalmente contratada pelo Governo moçambicano para liderar os esforços de reposicionamento da companhia aérea nacional, segundo revelou a própria Knighthood em comunicado reproduzido pelo portal Aviator.

De acordo com o portal Aviator, o plano de acção, cuja execução terá início imediato, prevê um período inicial de três meses centrado na estabilização operacional e reposicionamento estratégico da LAM. A Knighthood irá trabalhar em estreita colaboração com os novos accionistas da transportadora: a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), os Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), os quais têm o mandato de adquirir novas aeronaves e reconstituir uma frota adequada às exigências do mercado.

Actualmente, a LAM opera com apenas quatro aeronaves — duas Embraer EMB-145, uma Bombardier CRJ900 e um Boeing 737-500 — a partir do Aeroporto Internacional de Maputo, uma situação que reflecte anos de dificuldades operacionais, incluindo a suspensão de rotas e elevada rotatividade na gestão de topo.

A Knighthood sublinha que “o envolvimento das partes interessadas e o reforço da governação serão cruciais para restaurar a confiança no processo de reestruturação da LAM e alinhar todas as partes em torno de uma estratégia comum”, conforme consta do seu comunicado oficial citado pelo Aviator.

Segundo a consultora, a reestruturação da LAM deverá também servir de catalisador para o crescimento do turismo e de sectores económicos estratégicos como a mineração, o petróleo e a agricultura, com ênfase na criação de rotas que fortaleçam a conectividade interna e regional.

A Knighthood Global tem vindo a ganhar protagonismo em África, tendo liderado recentemente processos de revitalização das transportadoras nacionais do Zimbabué e da Tanzânia. Em 2024, concluiu o desenvolvimento do plano de negócios da KM Malta Airlines, aprovado pela União Europeia após o encerramento da antiga Air Malta (Aviator).

Além disso, a consultora foi recentemente nomeada conselheira estratégica da companhia britânica Global Airlines, onde irá acompanhar o processo de introdução de aviões Airbus A380 e o licenciamento da nova operadora junto das autoridades do Reino Unido.

James Hogan, presidente da Knighthood, afirmou ao Aviator que “o continente africano atravessa um período de crescimento sem precedentes” e que a empresa está “comprometida em contribuir para o fortalecimento da indústria aérea como vector do desenvolvimento económico”.

A nomeação da Knighthood Global representa, assim, uma nova tentativa de revitalizar a LAM, marcada por anos de perdas, reduzida capacidade operacional e reputação fragilizada. O sucesso desta parceria poderá representar não apenas a salvação da companhia, mas um novo capítulo para a aviação civil em Moçambique.

Corredor Logístico de Maputo lança Portal de Recrutamento

A CLM acaba de dar mais um passo em direcção à modernização dos seus processos e ao fortalecimento do ecossistema laboral nacional com o lançamento oficial do seu Portal de Recrutamento, uma plataforma digital desenvolvida para facilitar a recepção de candidaturas a vagas de emprego e programas de estágio.

Sob o lema “Juntos a criar pontes para o futuro”, a iniciativa inscreve-se na visão estratégica da empresa de valorizar o capital humano como alicerce do progresso e do desenvolvimento económico sustentável.

Segundo uma nota institucional da CLM, o novo portal visa promover maior transparência, inclusão e acesso igualitário às oportunidades, reforçando que todo o processo de candidatura é totalmente gratuito. A empresa alerta que nenhum candidato deve efectuar qualquer tipo de pagamento para ter acesso às vagas disponibilizadas.

“Acreditamos que os méritos, a dedicação e o potencial devem ser os únicos critérios de selecção. O novo portal é mais do que uma ferramenta de gestão – é um compromisso com a justiça e a dignidade no processo de recrutamento”, lê-se na nota.

A plataforma permitirá a criação de uma base de dados centralizada, acessível à equipa de Recursos Humanos da CLM, para melhor resposta às necessidades internas e identificação eficiente de perfis qualificados, tanto para posições permanentes como para estágios profissionais.

Paralelamente, a CLM reiterou o seu apoio à missão do INEP – Instituto Nacional de Emprego, organismo tutelado pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social, cujo papel na promoção do emprego digno, orientação vocacional e articulação com o mercado laboral continua a ser vital para o país.

“Queremos encorajar o uso e a divulgação activa dos serviços do INEP, que é uma estrutura pública de referência, sobretudo para os jovens que procuram o seu primeiro emprego ou pretendem reconverter-se profissionalmente”, acrescenta a empresa.

O Portal de Recrutamento da CLM já se encontra activo e acessível ao público através do endereço www.clm.co.mz. Para informações complementares sobre políticas de emprego e ofertas públicas, os interessados podem também consultar o site do INEP, disponível em www.inep.gov.mz.

Conferência dos 50 anos da HCB debate resiliência hidroeléctrica e integração económica da África Austral

  • Conferência alusiva aos 50 anos da HCB irá debater o impacto das mudanças climáticas na produção hidroenergética e o contributo do sector energético para o progresso nacional e regional.

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) vai realizar, em Maputo, uma conferência internacional subordinada ao tema “HCB: Ontem, Hoje e o Futuro – Empresa Estruturante e Estratégica”, reunindo mais de 300 convidados para discutir os desafios e perspectivas do sector energético, com enfoque no papel das centrais hidroeléctricas face às mudanças climáticas.

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) está a preparar uma conferência internacional, a decorrer em Maputo, com o propósito de promover o intercâmbio de conhecimento e experiências sobre a contribuição das empresas do sector energético para o desenvolvimento económico de Moçambique e da região da África Austral. A iniciativa insere-se nas comemorações dos 50 anos da HCB.

Sob o lema “HCB: Ontem, Hoje e o Futuro – Empresa Estruturante e Estratégica”, o evento vai reunir mais de 300 convidados nacionais e internacionais, entre empresas, académicos, políticos e especialistas do sector energético. Um dos temas centrais será o papel das centrais hidroeléctricas no contexto das mudanças climáticas, nomeadamente as secas severas que ameaçam a produção de energia.

“Pretendemos discutir como as centrais hidroeléctricas estão a gerir os seus recursos hídricos e a adaptar-se às alterações climáticas”, explicou Mariano Quinze, Director de Comunicação da HCB, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Mariano Quinze, Director de Comunicação da HCB

O evento abordará ainda os desafios actuais da produção hidroenergética, os efeitos de fenómenos climáticos extremos e o papel das infra-estruturas energéticas na dinamização das economias da região. Segundo fontes da empresa, a conferência contribuirá para a “massificação e divulgação de informação sobre como as empresas do sector energético operam na região, ao mesmo tempo que contribuem para o desenvolvimento nacional e regional”.

A presença de representantes de empresas da África Austral, bem como de membros da SAPT e de outras instituições relevantes, reforça o carácter estratégico do encontro. Para além deste evento, estão previstas outras actividades celebrativas que serão oportunamente divulgadas pela empresa.