Moçambique junta-se, agora, à Angola, que tem cerca de 18 milhões de pessoas sem eletricidade, segundo as Nações Unidas. A ONU sugere o uso de energias renováveis como forma de superar a crise energética, lembrando que o Brasil está entre os países com maior percentual de uso de fontes renováveis (46%).
“Moçambique tem 22 milhões de pessoas sem eletricidade”, refere a organização num resumo consultado pela Lusa na quinta-feira, acrescentando que a “falta de acesso à eletricidade vai persistir sem investimento em fontes renováveis”.
O Relatório de Progresso Energético de 2023 indica que cerca de 675 milhões de habitantes do planeta vivem sem electricidade e observa que “a crescente dívida dos países e o aumento dos preços da energia estão piorando as perspectivas de acesso universal à eletricidade”.
Para a ONU, isso é um impedimento para o cumprimento do sétimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que propõe o acesso à electricidade para todos até 2030.
As Nações Unidas lembram que o acesso à electricidade é crucial para a prestação eficaz de cuidados de saúde.
“Tanto a falta de electricidade quanto o fornecimento não eficiente são grandes barreiras para uma cobertura mais ampla de assistência médica. A eletrificação deve ser considerada uma prioridade porque a saúde é um bem público e um direito humano”, diz a ONU.