Quem o diz, é o Presidente da República, Filipe Nyusi, que orientava a abertura oficial da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), nesta quinta-feira, na cidade de Maputo.
Filipe Nyusi considera que a industrialização em Moçambique deve privilegiar a inclusão, destacando que o desenvolvimeto deve também começar dos distritos, localidades e postos administrativos. O Chefe de Estado sublinhou que estes lugares são pôlos do desenvolvimento do conteúdo local.
“Há produtos sem concorrência. Esta de linha de acção tem por base as vantagens de Moçambique, como por exemplo, as capacidades logísticas de que o país dispõe”, disse Filipe Nyusi, falando mais especificamente da projecção marítima e portuária nacional.
Para o Chefe de Estado, o agronegócio continua abaixo das metas que o país espera concretizar, referindo que é preciso mais rapidez em acções capazes de catalizar este sector de actividade, considerado importante para a economia moçambicana.
“É urgente acelerar a produção agrícola, particularmente a produção do trigo. A experiência dos nossos vizinhos, do Zimbabwe, em especial, é exactamente o que podemos replicar em Namaacha, em Niassa e nesses lugares há recursos suficientes para a produtividade”, afirmou.
“Investidores dizem que preferem Moçambique, porque tem portos, linhas férreas ou porque tem uma estabilidade em termos de fornecimento de energia. Muitas fábricas estão paradas, olhem o que acontece com as nossas acucareiras, o complexo agro-industrial de Chókwe, a Mabor. Será que não há ideias?”, questionou o Chefe de Estado.
Falando sobre ganhos, Filipe Nyusi apontou para o aumento de fomento de culturas com potencialidades de exportação, concretamente o gergelim, café, macadámia, a título de exemplo. O dirigente nota que esse campo de produção está a envolver jovens, tal como viu aquando de uma visita à província de Manica, facto que considera positivo.
Ainda na quinta-feira, a Conferação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) arrolou uma certo número de queixas, entre as quais, o atraso no pagamento pelo Estado, aos empreiteiros e fornecedores de bens e serviços.
Em jeito de resposta, o Estadista moçambicano afirmou que as preocupações são legítimas e o Governo vai continuar a privilegiar as várias contribuições que implicam o desenvolvimento económico no país.