Moçambique pode atingir a auto-suficiência alimentar no arroz, caso mantenha os níveis de crescimento da produção que vem registando nos últimos anos. Para a presente campanha 2021-2022, a produção do cereal deverá atingir cerca de 239 mil toneladas, o correspondente a um crescimento na ordem de 15 por cento, comparativamente à campanha anterior.

Estes dados foram revelados pelo Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia quando falava esta segunda-feira, em Gaza, na cerimónia oficial que marcou o início formal da ceifa deste cereal na presente época.

Na ocasião, Correia lembrou que o resultado de 207.821 toneladas de arroz na última campanha agrária, representou, na altura, um crescimento na ordem de 19 por cento comparativamente à época anterior (2020) que foi de 175.322 toneladas.

“Estamos a marcar o início da ceifa de arroz 2021-2022 e a nossa projecção é que possamos atingir uma produção de cerca de 239 mil toneladas, o que significa um crescimento em 15 por cento. No ano passado, atingimos 19 por cento”, disse. Correia acrescentou que o sector quis marcar a abertura da época, assinalando o uso da tecnologia que permite eficiência na colheita e menos perda, para além de cobrir maior campo possível e reduzir o esforço humano na colheita do arroz.

Relacionado  Empresas ganham concurso de gestão de Silos de cereais e Leguminosas

De acordo com o dirigente, o crescimento do ano passado e a projecção deste, sendo concretizada, estão em linha com a procura de auto-suficiência no arroz. “Se o país continuar com os níveis de crescimento de 15 por cento por ano, até 2030, Moçambique será auto-suficiente na produção de arroz”, sublinhou.

O governante reconheceu que, neste momento, a ambição do país é grande porque é o único na região que tem condições para produzir não só para o consumo doméstico, como também para exportação.

Para Correia, este é o caminho que está a ser percorrido e com persistência e cuidado para se optimizar os recursos que não são infinitos.

Observou, entretanto, que não obstante estes resultados positivos, na campanha 2020-2021, devido ao aumento do consumo, a importação de cereais custou cerca 600 milhões de dólares ao país e o arroz contribuiu com 50 por cento, o equivalente a 300 milhões.

Actualmente, Moçambique consome cerca de 500 mil toneladas de arroz por ano, dos quais 60 por cento advém das importações.  

Relacionado  Governo em busca de investidores para as barragens de Mapai e Moamba-Major

Correia assegurou que o Executivo continuará a fazer o necessário para que as medidas de adaptação aos eventos externos possam ser tomadas pela classe produtiva de modo que os efeitos devastadores da crise provocada pelas mudanças climáticas, incluindo a insegurança alimentar, possam ser cada vez menores, dada a vulnerabilidade geográfica do país.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui