South African Breweries (SAB), empresa sul-africana subsidiária da líder mundial do segmento das bebidas alcoólicas AbInBev, que em Moçambique detém a maioria do capital da Cervejas de Moçambique (CDM) solicitou ao governo sul-africano que repense o anúncio do orçamento desta semana que demonstra um aumento na cobrança do imposto especial de consumo.
Uma matéria que, para o especialista em economia e impostos especiais de consumo da empresa, Fatsani Banda, é sensível para toda a indústria sul-africana produtora de bebidas alcoólicas porque, segundo ele, “é necessário um ajustamento do imposto especial de consumo que seja inferior à taxa de inflação e uma política clara de acompanhamento do sector.”
De acordo com o portal de informação sul-africano EWN, Fatsani Banda acrescentou que a indústria das bebidas alcoólicas “é crucial para a recuperação económica da África do Sul no pós-pandemia e que o aumento dos preços das bebidas alcoólicas encoraja o mercado paralelo.”
Concordando com a procura por parte do governo sul-africano de um quadro estruturado de impostos especiais de consumo a ser criado e implementado no país, o mesmo responsável expressa, ainda assim, a sua “preocupação com as ramificações de ser (o sector) potencialmente sujeito a impostos especiais de consumo que são mais elevados do que a taxa de inflação”, e relembra que durante a pandemia de Covid-19, a SAB teve de despedir mais de 150 000 dos seus trabalhadores, tendo sofrido um declínio de 30% ao nível do negócio.
Por conseguinte, e é aqui que Moçambique entra na história, assumiu mesmo que se o governo sul-africano não apoiar a cervejeira, esta “poderá ter de explorar outras opções”, isto porque, diz, “existem outros países que estão dispostos a dar-nos um ambiente mais propício ao negócio, como Moçambique que tem estado aberto à criação de uma cervejaria através da concessão de uma isenção fiscal e da redução da burocracia regulamentar para o estabelecimento de negócios”, concluiu.