O último inquérito Purchasing Managers’ IndexTM (PMI) do Standard Bank revela que a actividade económica empresarial demonstrou uma nova deterioração em Janeiro. Assim, pela primeira vez em cinco meses, o indicador PMI ficou abaixo do valor neutro de 50,0 em Janeiro.
“Os últimos dados do PMITM indicam diminuições acentuadas na produção e em novas encomendas. O novo declínio levou a que as empresas reduzissem a aquisição de meios de produção, o que contribuiu para a primeira diminuição dos custos e encargos desde novembro de 2020 ”, lê-se no documento.
O principal valor calculado pelo inquérito é o Purchasing Managers’ IndexTM (PMI). Valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições das empresas no mês anterior, ao passo que valores abaixo de 50,0 mostram uma deterioração.
“Cifrando-se nos 46,7, uma queda em comparação com o valor de 50,6 de Dezembro, o índice indicou uma quebra acentuada das condições de operação gerais, sendo a maior
registrada desde Setembro de 2020. As empresas moçambicanas sofreram novamente quebras em termos de produção e de novas encomendas em Janeiro, sendo as maiores taxas de contração registada desde Setembro de 2020 e Junho de 2020 respectivamente”.
Segundo o PMI, os níveis mais baixos de novos negócios foram frequentemente associados pelos membros do painel à descida da procura por parte dos clientes devido à nova vaga de casos relacionados com a variante Ómicron do covid-19.
O declínio de vendas deu origem ao segundo mês consecutivo de redução da atividade de aquisição. Os níveis de stock também sofreram uma redução, sendo que a taxa de esgotamento foi a mais rápida dos últimos 17 meses.
No mesmo sentido, os fornecedores diminuíram igualmente os seus preços, o que deu origem a uma pequena quebra dos custos gerais dos meios de produção, a primeira registada desde Novembro de 2020.
Por sua vez, as empresas baixaram os seus encargos com a produção pela primeira vez durante o mesmo período . Apesar da nova deterioração das condições das empresas, de uma forma global, as empresas moçambicanas permaneceram optimistas em relação à atividade dos próximos 12 meses, sendo que pouco menos de dois terços dos inquiridos preveem uma
situação de crescimento.
As empresas mantêm esperança no fim da pandemia e que os planos de expansão possam ser postos em prática. Como resultado, os números relativos ao emprego continuaram a aumentar no último período do inquérito, sendo que a taxa de criação de emprego acelerou para o nível mais alto dos últimos três meses, embora permanecendo apenas ligeira. O nível
mais elevado de pessoal e o menor número de vendas fez com que as empresas conseguissem reduzir as suas encomendas em atraso de forma sólida. Entretanto, o índice considera que as perspectivas para a actividade futura permanecem positivas, sendo que dois terços das empresas continuam a indicar previsões optimistas em termos de crescimento e que irão dar origem a um novo aumento dos níveis de pessoal