O Banco Mundial aprovou um novo financiamento que visa aumentar os níveis de aprendizagem e a retenção das raparigas no ensino primário e secundário inferior do ensino básico.
O projecto será implementado em todo o país, mas com especial atenção nas áreas carenciadas que enfrentam maiores desafios educativos.
De acordo com uma nota de impresa o Banco Mundial aponta que o pacote de financiamento inclui um subsídio da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) de 160 milhões de USD e uma subvenção da Parceria Global para a Educação (GPE) de 139 milhões de USD, totalizando um montante de 299 milhões de USD.
O projecto visa responder a “dois grandes estrangulamentos no ciclo educativo”, nomeadamente, os “baixos resultados da aprendizagem durante os três primeiros anos de escolaridade primária e a baixa retenção das raparigas e na transição para os níveis superiores do ensino básico”.
“Alcançar o ensino básico universal para as raparigas é fundamental porque permite que elas amadureçam e se tornem adultas e produtivas no tecido económico do país”, fundamentou Idah Pswarayi-Riddihough, diretor nacional do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Comoras, Maurícias, e Seychelles, citada no comunicado.
Por seu turno, Marina Bassi, economista sénior que chefia a equipa do projecto, explicou que a iniciativa vai investir “no fortalecimento e expansão dos serviços pré-escolares e na melhoria da qualidade da aprendizagem nos primeiros níveis, o que ajudará a desenvolver competências fundamentais para impulsionar a aprendizagem ao longo de todo o ciclo escolar”.
Os objectivos e as metas definidas pelo projecto, serão alcançados, através da “criação de um ambiente escolar seguro e inclusivo para as raparigas, expandindo a oferta de escolas secundárias em todo o país, especialmente em áreas com baixas taxas de matrículas de raparigas, e melhorando as condições da infra-estrutura escolar para ajudar a atrair e reter as raparigas”, salientou Lúcia Nhampossa, especialista em Educação e co-chefe da equipa do projecto.