O consórcio formado pelo grupo português Visabeira Infra-estruturas e a empresa Electrotec SA venceram três contratos avaliados em 24,5 milhões de dólares, no âmbito da concretização do projecto “ProEnergia” lançado pela Electricidade de Moçambique (EDM), para expandir a energia para as zonas rurais, podendo abranger mais de 200 mil famílias.
Conforme uma publicação feita nesta Quarta-feira (10), pela Lusa, do total dos contratos, o primeiro está orçado em 4,9 milhões de dólares (309,6 milhões de meticais) e envolve a construção de 550 quilómetros de um condutor de 33 kV e de 166 quilómetros de uma linha de baixa tensão de 0,4 kV, bem como a instalação de 165 transformadores de distribuição montados em postes, a ligação eléctrica a 42.181 agregados familiares, a instalação de 3020 postes de iluminação pública e a substituição de outros 2140 postes, na província de Manica.
O órgão de comunicação destacou que o segundo contrato, com a empreitada a decorrer na província de Tete, vai custar mais de 6,1 milhões de dólares (385,5 milhões de meticais) e envolverá a construção de 751 quilómetros de um condutor de 33 kV e de 235 quilómetros de linha de baixa tensão de 0,4 kV, assim como a instalação de 275 transformadores de distribuição montados em postes, a ligação eléctrica a 51.946 agregados familiares e a instalação de 4680 postes de iluminação pública.
“O terceiro contrato que está virado para a província da Zambézia, no valor de quase 13,5 milhões de dólares (853,2 milhões de meticais), prevê a construção de 1866 quilómetros de um condutor de 33 kV e de 660 quilómetros de linha de baixa tensão 0,4 kV, e igualmente a instalação de 547 transformadores de distribuição montados em postes, a ligação eléctrica a 108.165 agregados familiares e a instalação de 10.780 postes de iluminação pública”, concluiu.
Em 2023, Moçambique realizou mais de 500 mil novas ligações domiciliárias de electricidade, elevando a taxa de cobertura para mais de 50%. Das novas ligações, a maioria foi através da Rede Eléctrica Nacional (REN).
O País pretende atingir em 2030 o acesso universal à energia com medidas que incluem a expansão da infra-estrutura eléctrica e soluções fora da rede, segundo a Estratégia de Transição Energética (ETS).