“O sector bancário continuou a aumentar significativamente as imparidades para crédito durante 2021, enquanto as provisões para outros activos também continuaram a subir neste período”, começam por dizer os analistas da Eaglestone numa nota de research.

Isto “reflecte a abordagem de cautela adoptada por vários bancos”, considerando os “riscos associados à pandemia, incluindo o impacto no mercado imobiliário do País e o cenário económico mais desafiante nos últimos anos”, referem.

Apesar disso, e depois de “uma descida em 2019 e 2020, o lucro líquido combinado dos seis bancos recuperou 26,7% em 2021, em termos homólogos”, alcançando perto de 254 milhões de dólares. Um resultado que representa um ROE – rentabilidade dos capitais próprios – de 13,9%.

De acordo com os analistas, isto mostra uma “melhoria do desempenho operacional em 2021”, uma “evolução que se deve ao impacto favorável da subida das taxas de juro nas margens” dos bancos. Os resultados também contaram com um aumento das receitas com comissões.

Os bancos em Moçambique continuam, no entanto, a ter de reduzir o peso do crédito malparado, refere a nota. “Apesar do covid-19 e da instabilidade militar em algumas zonas de Moçambique, o sector bancário continua sólido, com liquidez e rentável. Os rácios de solvência e de liquidez continuaram acima dos requisitos regulatórios em 2021”.

Ainda assim, refere a Eaglestone, o crédito malparado “continua elevado, com o rácio de NPL a superar os 10% em 2021”. Dessa forma, “melhorar a qualidade dos activos continua a ser um desafio para os bancos moçambicanos”, nomeadamente quando se compara com os rácios de outros países da África Subsaariana.

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