Quinta-feira, Abril 25, 2024
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Moçambique pretende ocupar lugar de destaque no fornecimento de energia na SADC

O Governo de Moçambique e os parceiros, envolvidos na implementação do Contrato de Partilha de Produção (PSA), anunciaram, esta segunda-feira, em Inhassoro, Província de Inhambane, o lançamento da primeira-pedra, visando a construção da Central Térmica de Temane (CTT), da Linha Temane-Maputo (TTP) e da fábrica de gás de cozinha, infra-estruturas que contribuirão para o aumento da disponibilidade de energia segura e de qualidade no País e na região. O PSA, celebrado entre o Governo, a ENH e a Sasol, orçado em cerca de 760 milhões de dólares norte-americanos, preconiza a produção de 4.000 barris de petróleo leve por dia, 23 milhões de gigajoules de Gás Natural por ano para a geração de energia, bem como a produção de 30.000 toneladas de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), vulgarmente conhecido como gás de cozinha. O Gás Natural, a ser usado para a implementação do Projecto da CTT, será fornecido pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e a Sasol, na sua qualidade de covendedoras do produto, no âmbito de um contrato firmado com a Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM), em Maio de 2021.

A estrutura acionista da CTT resulta de uma parceria público-privada formada e liderada pela Globeleq, EDM e Sasol, com uma concessão válida por 25 anos, devendo, no final do Contrato, transferir-se o activo para o Estado Moçambicano. Com um investimento de 652,3 milhões de dólares norte-americanos, a CTT prevê a geração de 450MW de energia eléctrica, num modelo de geração em ciclo combinado a base do Gás Natural, que será fornecida à EDM para a distribuição no mercado nacional e o excedente será exportado para a região. O Projecto da CTT será construído pela empreiteira espanhola TSK e tem a duração prevista de 34 meses, com operação comercial prevista para 2024. Espera-se que este Projecto aumente cerca de 16% da capacidade instalada de produção de energia no País, contribuindo para resposta à demanda de cerca de 1,5 milhões de famílias, no âmbito do Programa de Acesso Universal à Energia, até 2030, e a industrialização nacional.

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