Domingo, Junho 15, 2025
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Sector privado com ligeira recuperação em Janeiro

Contracções mensais consecutivas na produção, nas novas encomendas e nos prazos de entrega dos fornecedores permitiram recuperação no emprego e nos inventários.

O Índice de Gestores de Compras (PMI) do Standard Bank Moçambique subiu para 47,5 pontos em Janeiro, após registar 46,4 em Dezembro, indicando uma contracção menos severa da actividade empresarial no País.

Consultados pelo Diário Económico (DE), os dados do relatório do PMI, publicados pelo Standard Bank e pela S&P Global, indicam que as empresas continuam a enfrentar dificuldades, mas com um ritmo de deterioração das condições económicas abrandado.

Além disso, refere que a produção e as novas encomendas caíram pelo terceiro mês consecutivo, embora de forma menos acentuada do que em Dezembro.

Citado pelo DE, o economista-chefe do Standard Bank Moçambique, Fáusio Mussá, explica que ocorreram contracções mensais consecutivas na produção, nas novas encomendas e nos prazos de entrega dos fornecedores, permitindo alguma recuperação no emprego e nos inventários.

“Um dos destaques do relatório foi o aumento do emprego e das aquisições de meios de produção. Após dois meses de cortes de pessoal, as empresas voltaram a contratar, um sinal de maior confiança na recuperação da actividade económica”, escreve o DE, acrescentando que, do mesmo modo, os negócios ampliaram as suas compras de matérias-primas e insumos pela primeira vez em três meses.

O documento do Standard Bank Moçambique também aponta para um alívio nos custos de produção, com os preços dos produtos a registarem uma nova queda, reflectindo a fraca procura interna e um abrandamento das tensões nos mercados.

Refere que o custo dos salários também sofreu uma ligeira redução, impactando os orçamentos empresariais.

Conheça as previsões da Câmara Africana de Energia para 2025

A Energy Capital & Power, da Câmara Africana de Energia, prevê um 2025 bastante dinâmico para o mercado energético no continente.

Moçambique, actualmente empenhada na sua própria autodestruição aos mais variados quadrantes, é simplesmente secundarizado como interveniente nas perspectvas em alusão, sucedendo o contrário relativamente à “irmã” Angola, em franca reafirmação no sector energético.

De acordo com os mais recentes calendários de eventos publicados, a República do Congo sediará o primeiro Fórum de Energia e Investimento do Congo, programado para 25 e 26 de Março de 2025 em Brazzaville.

Depois disso, nos dias 13 e 14 de Maio de 2025 decorre o “Fórum Invest in African Energy”, em Paris, capital de França.

Na nota enviada aos mercados e parceiros, a Energy Capital Power destaca a recente notícia de arranque de explorações ACREP Angola no Bloco Norte em Cabinda, isso já no ano prestes a iniciar [2025].

A notícia que cita Idónio dos Santos, da ACREP, projecta um potencial de 20 poços por serem explorados.

Terminou “noivado” entre Nissan e Honda

Estava à vista a criação da terceira maior construtora mundial de automóveis, a seguir à Toyota e à Volkswagen. A fusão entre as marcas nipónicas Honda e Nissan, uma parceria de 60 mil milhões de dólares norte;americanos, anunciada no final de Dezembro, pode ter ficado pelo caminho.

Esta quarta-feira (06 de Fevereiro de 2025) a Nissan fez saber que iria abandonar o ‘memorando de entendimento’, que estava previsto ser assinado pelas duas marcas, “devido à incapacidade de chegar a um consenso sobre os termos da fusão”, segundo a publicação económica “Nikkei”, citada pela agência Lusa.

As acções da Nissan fecharam a cair 4%, depois da divulgação da notícia, enquanto as da Honda fecharam a subir 8%, “num aparente alívio dos investidores”.

O facto de a Nissan estar a meio de um plano de recuperação que prevê, entre outras coisas, o corte de 9000 empregos a nível global, pode não ter ajudado a levar a fusão a bom porto.

Note-se ainda que as negociações para a anunciada fusão coincidiram com a perturbação causada pelas potenciais tarifas a impor pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No entanto, e segundo alguns analistas citados pela agência Reuters, as tarifas contra o México seriam mais prejudiciais para a Nissan do que para a Honda.

Por outro lado, a francesa Renault, que detém 36% da Nissan, não se opõe à continuação das negociações com vista à fusão.

Sílvia Artur-Mendes: “ESG é a resposta para gerar valor para as empresas”

Sílvia Artur-Mendes: “ESG é a resposta para gerar valor para as empresas”

Com mais de 10 anos de experiência na implementação de sistemas de gestão ambiental, saúde, segurança e qualidade, conforme os padrões ISO. Sílvia Roseiro Artur-Mendes, actualmente, desempenha o papel de Especialista Ambiental Sênior do Projecto de Comércio e Conectividade da África Austral na ANE,IP. Em conversa com profile, compartilha a sua perspectiva sobre como as  empresas podem adoptar a sustentabilidade nas suas acções.

Profile Mozambique: Como as empresas podem integrar práticas de sustentabilidade em sua estratégia de negócios sem comprometer a rentabilidade?

Sílvia Artur-Mendes: As empresas podem integrar práticas de sustentabilidade em sua estratégia de negócios através de uma abordagem de longo prazo, alinhando as iniciativas ambientais e sociais aos seus objectivos financeiros. Isso pode ser feito com a implementação de eficiência energética, redução de resíduos, inovação em produtos sustentáveis e engajamento com a comunidade. Ao fazer isso, as empresas não apenas contribuem para o bem-estar do planeta, mas também melhoram a eficiência operacional, reduzem custos e atendem às expectativas dos consumidores e investidores, o que pode aumentar a rentabilidade.

PM: Quais são os principais desafios que as empresas enfrentam ao implementar políticas ESG?

SAM: Os principais desafios incluem a falta de conhecimento especializado, custos iniciais elevados para implementar mudanças, resistência cultural interna, dificuldades na medição e na comunicação dos resultados e a necessidade de adaptação das regulamentações locais e internacionais. Superar esses obstáculos exige liderança comprometida, educação contínua sobre ESG e a criação de sistemas para medir e relatar o impacto ambiental e social das operações.

PM: Na sua opinião, as empresas moçambicanas estão suficientemente engajadas com as práticas ESG? O que pode ser melhorado?

SAM: Embora algumas empresas moçambicanas estejam a dar passos importantes em direcção à implementação de práticas ESG, ainda há muito espaço para avanços, especialmente em relação à integração efectiva e mensuração do impacto. O foco deve ser em aumentar a conscientização sobre a importância do ESG, melhorar as políticas ambientais e sociais, e garantir que as empresas cumpram com os regulamentos nacionais e internacionais. Melhorias podem ser feitas através de mais treinamentos, investimentos em tecnologias limpas e no fortalecimento das parcerias público-privadas.

PM: De que forma, uma empresa pode medir o impacto real das suas iniciativas ambientais e comunicar isso de forma transparente ao mercado e aos stakeholders?

SAM: Para medir o impacto real das iniciativas ambientais, as empresas podem adoptar métricas baseadas em indicadores-chave de desempenho (KPIs), como redução de emissões de CO2, consumo de energia, gestão de resíduos e uso sustentável dos recursos. A comunicação transparente deve incluir relatórios claros e objectivos, com base em padrões internacionais como a Global Reporting Initiative (GRI) ou o Pacto Global da ONU, e ser compartilhada de forma periódica com stakeholders, demonstrando os resultados tangíveis e os compromissos futuros.

PM: Quais sectores empresariais têm maior potencial para liderar a transição para uma economia mais sustentável?

SAM: Sectores como energia, construção civil, agrocultura, transporte e tecnologia têm um enorme potencial para liderar a transição para uma economia mais sustentável. A implementação de práticas mais verdes nesses sectores pode reduzir significativamente as emissões de carbono, melhorar a eficiência dos recursos e criar um ciclo de crescimento sustentável.

Leia também – Huruda D’Castro: “O CFO é que deve garantir que configurações de ESG sejam integradas na estratégia corporativa da empresa”

PM: De forma mais concreta, nos últimos anos, nota-se em Moçambique uma corrida de empresas em adoptar e implementar praticas ESG. Temos o exemplo da vodacom, que recentemente obteve a certificação ISO 50001 para eficiência energética, tornando-se a primeira no sector de telecomunicações em Moçambique.

– Qual é a apreciação que Silvia faz sobre essa integração e adaptabilidade das em acções voltadas para a sustentabilidade?

A adopção de práticas sustentáveis pela Vodacom, como a certificação ISO 50001, é um exemplo positivo de como as empresas podem equilibrar inovação, adaptação às exigências ambientais e competitividade. Essa acção demonstra compromisso com a eficiência energética, redução de impactos ambientais e alinhamento com as melhores práticas globais. Empresas que seguem esse exemplo não só ganham reputação positiva, mas também se posicionam de forma estratégica no mercado.

PM: Considerando as recentes actualizações das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), especialmente as IFRS 6 e 6A, sublinham a importância dos relatórios ESG (Ambiental, Social e Governança).

– Acredita que, para organizações em Moçambique, alinhar-se com estas actualizações pode aumentar a sua credibilidade e atrair investimentos?

Sim, alinhar-se com as atualizações das IFRS e relatórios ESG pode aumentar significativamente a credibilidade de uma organização em Moçambique. As práticas de relato ESG bem implementadas não só demonstram responsabilidade social e ambiental, mas também atraem investidores que buscam empresas alinhadas com princípios de sustentabilidade e boas práticas de governança. Isso pode resultar em maior acesso a financiamentos e oportunidades de crescimento.

PM: Por fim, que conselhos daria para empresas que desejam iniciar ou aprimorar as suas estratégias ambientais, mas enfrentam desafios financeiros e operacionais?

SAM: Para empresas que enfrentam desafios financeiros e operacionais, é crucial adoptar uma abordagem gradual e focada em soluções de baixo custo e alto impacto. Comece com práticas simples, como a redução do consumo de energia, uso eficiente de recursos e reciclagem. Busque parcerias com organizações e entidades que possam fornecer apoio técnico e financeiro. Ademais, invista na capacitação da equipe para promover uma cultura de sustentabilidade dentro da empresa, o que pode gerar retorno a médio e longo prazo.

PM: Como as empresas podem integrar práticas sustentáveis em suas operações diárias mitigar os impactos das mudanças climáticas?

SAM: As empresas podem integrar práticas sustentáveis no dia a dia adoptando processos mais eficientes, reduzindo o consumo de energia, água e recursos naturais, e adoptando a economia circular para minimizar resíduos. Também é importante considerar a adaptação das cadeias de suprimentos para fontes mais sustentáveis e promover práticas agrícolas e industriais que reduzem a pegada de carbono e o desperdício de recursos.

PM: Quais são as principais barreiras que as empresas enfrentam ao adoptar soluções de adaptação às mudanças climáticas e como podem superá-las?

SAM: As principais barreiras incluem a falta de conhecimento técnico sobre soluções climáticas, custos iniciais elevados e resistência à mudança dentro da organização. Para superar essas barreiras, as empresas devem investir em pesquisa e desenvolvimento, buscar financiamento e incentivos governamentais, e envolver os colaboradores e stakeholders no processo de mudança, garantindo que todos entendam os benefícios a longo prazo da adaptação às mudanças climáticas.

APME mapeia danos e aponta mecanismos para a recuperação empresarial

A Associação das Pequenas e Médias Empresas de Moçambique (APME) iniciou um levantamento dos prejuízos sofridos pelos seus associados durante as recentes manifestações violentas que tiveram lugar em diversas partes do país. O objectivo desta acção é quantificar os danos e identificar as necessidades financeiras para a recuperação dos empreendimentos que foram vandalizados e saqueados.

Os empresários relatam sérios prejuízos, caso de António Matuca, que opera no sector da restauração. “É muito difícil porque neste momento não vejo luz verde para começar. Como podem ver, o circo está fechado, não há mais nada a fazer porque foi retirado o valor que estava aqui. Depois, tudo se complicou para mim.” Este sentimento de desespero e incerteza é partilhado por muitos outros empreendedores afectados.

António Matuca, Operador do sector de restauração

Frente a esta realidade, a APME está a trabalhar activamente no terreno para avaliar a extensão dos danos. Segundo Osvaldo Matúe, Presidente da Associação das Pequenas e Médias Empresas de Moçambique,  “temos uma situação de emergência para as pequenas e médias empresas. Assim, achamos que é altura de pensar em ações e não de discutir problemas. É tempo de discutir soluções e não de discutir problemas.”

A recuperação rápida dos negócios depende, entre outros factores, do apoio do sistema financeiro. Cláudio Pondja, vice-presidente da APME, fez um apelo à banca comercial para que olhe para as PME como um motor de desenvolvimento do país. “Gostaria de deixar aqui um apelo ao sistema financeiro, neste caso à banca comercial, para que dê especial atenção às empresas que foram efectivamente afectadas, permitindo assim a reestruturação das mesmas. A banca pode oferecer períodos de escassez que vão de acordo com as necessidades das próprias empresas, o que é fundamental neste momento crítico.”

Apesar dos recentes acontecimentos, há empresários que permanecem optimistas quanto ao potencial de Moçambique para atrair investimentos. Pedro Silva, empresário e membro da direcção da APME, defende que “vale a pena investir em Moçambique”. Mesmo os investidores estrangeiros devem perceber que Moçambique é um país que contribui para o turismo, para a agricultura, tem matéria prima e um povo muito simpático. Esta imagem de distribuição e saque não é deste povo moçambicano. Este povo é um povo amigável.”

A nível nacional, a APME conta actualmente com cerca de 1.200 associados, que investem e operam em diversas áreas de actividade. Com o levantamento dos danos e a busca por soluções, a associação espera construir um futuro mais sólido para as pequenas e médias empresas do país.

União Europeia financia 12 incubadoras de negócios

Está em curso a criação de 12 incubadoras de negócios para formar e acompanhar 1080 empreendedores jovens na região Norte do país, refere uma nota informativa da Gapi-SI, que organizou equipes integrando 36 jovens técnicos que há duas semanas estão a percorrer dezenas de localidades dos distritos, onde as incubadoras irão ser instaladas.

Através destas 12 incubadoras, deverão ser formados e acompanhados 1080 empreendedores, dos quais 40% mulheres, que deverão criar igual número de start ups, que terão acesso a um fundo de arranque, além de serviços complementares como acesso a internet, eventos de networking, assistência para legalização de negócios, equipamentos e ferramentas, entre outros. Estas novas microempresas serão desafiadas a criar cerca de 3250 novos empregos.

A implementação deste projecto, designado INCUBOX II, está a ser coordenada pela Gapi, sob o lema “Da ideia ao negócio” contando com assistência da Fundação Aga Khan.

Esta é a segunda fase deste projecto que testou e melhorou o modelo de incubadoras de negócios em zonas rurais. Uma fase piloto implementada, por 18 meses em três distritos da Província do Niassa, abrangendo 120 jovens empreendedores, estende-se agora a 12 distritos, nomeadamente Mandimba, Mecanhelas, Cuamba e Marrupa, no Niassa; Balama, Palma, Chiure e Montepuez, em Cabo Delgado; e Ribáuè, Mossuril, Lumbo e Ilha de Moçambique, em Nampula.

O director do projecto, Rui Amaral detalhou que estão contempladas duas componentes, sendo uma de empreendedorismo, na qual os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos; serem finalistas e/ou recém-graduados (até dois anos) do ensino médio, técnico ou universitário; serem residentes nos distritos de implementação; serem empreendedores ou aspirantes ao empreendedorismo com alguma ideia de negócio nos sectores definidos pela iniciativa; ter disponibilidade para participar, durante três meses, dos programa de incubação, eventos e reuniões.

A segunda componente é a de estágios, na qual os requisitos são ter entre 18 e 30 anos, ser graduado do ensino médio, técnico ou universitário, ser residente nos distritos de implementação, não sendo necessária qualquer experiência profissional, mas dispondo de dois meses para participar do programa de estágio local.

No âmbito de financiamento o projecto prevê, em princípio, uma componente designada “fundo de arranque” para os que participarem na incubação de novos negócios. Ciente de que para se lançarem no mercado estas novas empresas irão necessitar de acesso a financiamento adicional, a Gapi irá trabalhar com outras instituições numa proposta de linha de crédito que possa ser utilizada em condições acessíveis pelos que tiverem melhor desempenho, complementada pela assistência técnica pós-incubação que inclui o suporte na preparação de pedidos de financiamento. Os recursos para essa linha de crédito ainda terão de ser mobilizados, referiu Edwina Ferro, uma das gestoras do projecto.

“Nós acreditamos na união de sinergias, daí termos firmado algumas parcerias, como a que temos como a AIESEC (Associação Internacional de Estudantes de Economia e Ciências Comerciais) para a promoção de estágios internacionais, através de uma rede de mais de 120 países e, usando da experiência de programas anteriores como o Agro jovem, no qual as instituições de ensino exercem um papel preponderante na incubação, mentoria e monitoria dos estudantes beneficiários, foram firmadas parcerias com o Instituto Agrário de Balama, Instituto Agrário de Bilibiza, em Quissanga, Instituto Politécnico Martir Cipriano em Mossuril, Nacucha e Lumbo e Instituto Médio Politécnico da Ilha de Mocambique”, segundo explicou Rui Amaral, director do projecto.

Na concepção das infraestruturas e equipamentos do projecto foram acauteladas questões ambientais, daí as incubadoras serem módulos pré-fabricados facilmente instaláveis e replicáveis, usando energia solar autossustentável e contemplando ainda internet Wi-fi, sanitários e galpão de armazenamento para equipamentos e meios de transporte.

Neste momento, as equipes de 36 técnicos organizadas pela Gapi estão a realizar um estudo de base no âmbito do estágio actual do ecossistema empreendedor local e seus desafios na região norte do País.

Para o efeito, os técnicos no terreno estão a realizar um conjunto de cinco inquéritos com aspectos específicos, envolvendo instituições governamentais, instituições de ensino, operadores de telefonia móvel, instituições financeiras e os jovens empreendedores e potenciais beneficiários.

Está ainda prevista, no INCUBOX II, uma forte componente de digitalização que inicia com a disponibilização de smartphones aos beneficiários complementada por uma formação sobre o uso e segurança online, acesso a internet gratuita no espaço das incubadoras e acesso a formações relacionadas à gestão de negócios, através de realidade virtual.

INE: Inflação média anual em Moçambique aumentou em Janeiro para 4,69%

A inflação a 12 meses em Moçambique aumentou em Janeiro deste ano para 4,69%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11), pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O aumento da inflação a um ano, é explicado pelo INE “fundamentalmente, pela subida dos preços dos produtos alimentares”.

Este aumento, segundo o INE, acontece pelo segundo mês consecutivo, visto que, em Dezembro, a inflação acelerou para 4,15%.

Moçambique espera arrecadar 10,6 milhões com leilão dos barcos da Ematum

O Governo espera arrecadar 10,6 milhões de dólares com o leilão de 24 barcos de pesca da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum).

“A frota praticamente não tem histórico de pesca, o que garante que os motores Caterpillar e os equipamentos de navegação e pesca estejam em excelente estado. Os “atuneiros” estão divididos entre embarcações equipadas para a pesca de atum congelado e outras preparadas para a pesca de atum fresco”, refere-se numa nota oficial de apresentação do lote, citada pela Lusa.

As 24 embarcações, das quais 21 são “atuneiros” e três são arrastões, estão atracadas no Porto de Maputo, e o prazo de licitação vai até 21 de Fevereiro 2025, acrescenta-se no documento citado pela Lusa.

“Originalmente, os barcos estavam configurados para acomodar oito tripulantes. No entanto, foram realizadas adaptações para suportar uma tripulação de até 14 pessoas”, acrescenta-se na nota.

De acordo com a fonte, nos documentos de suporte à proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE), o executivo moçambicano previa concluir, no ano passado, a liquidação da Ematum, no âmbito da Reforma do Sector Empresarial do Estado (SEE).

Zumbo vai ter a terceira maior bacia carbonífera de Tete

Distrito de Zumbo pode tornar-se, este ano, a terceira maior bacia carbonífera de Tete.

É o resultado da implantação de um mega-projecto de exploração de carvão mineral, na região.

Para o efeito, está na fase avançada a tramitação de processos a nível central e provincial para a emissão de certificados ambiental e de concessão mineira daquela firma.

O administrador do distrito de Zumbo, Lucas Muidingue, disse que a primeira mina de exploração de carvão mineral, a céu aberto, a ser implantada na localidade de Mucangaze, vai obedecer a todas as medidas de segurança. (RM)

E-Mola lidera ranking de multas por violação de normas

A Movitel- Emola está na vanguarda das nove instituições de crédito e sociedades financeiras multadas pelo Banco de Moçambique (BM) entre Dezembro de 2023 e Dezembro de 2024 por violação de normas, entre as quais, as referentes à prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

De acordo com o banco Central, a segunda maior carteira móvel do país foi sancionada com uma multa de quase 50 milhões de Meticais por constituição inadequada do conselho de administração e comissões de trabalho, falta de estabelecimento de políticas e procedimentos de combate aos riscos relacionadas ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, falta de comunicação de transacções em numerário acima dos limites, falta de planos de acção contra reclamações dos clientes, criação e gestão inadequada da moeda electrónica em circulação, disponibilização de produtos e serviços de pagamento electrónico sem comunicação prévia ao regulador (BM) e realização de transacções fora da rede única nacional de pagamentos electrónicos.

Além do E-mola, as sanções do BM recaíram  sobre outras instituições financeiras como a Multi-Câmbios, banco Letshego, o Société Générale Moçambique, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), Absa Bank Moçambique, Moza Banco, First National Bank (FNB) e Ecobank Moçambique.

Segundo o BM, além da prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ­financiamento do terrorismo, essas instituições violaram normas prudenciais, cambiais e de protecção do consumidor de produtos e serviços ­financeiros, nomeadamente, a Lei n.º 20/2020, de 31 de Dezembro (das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras – LICSF), a Lei n.º 11/2022, de 7 de Julho – Antiga Lei sobre Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais, Financiamento do Terrorismo e Financiamento de Armas de Destruição em Massa (ALPCBCFTFP), a Lei n.º 11/2009, de 11 de Março – Antiga Lei Cambial (ALC), a Lei n.º 28/2022, de 29 de Dezembro – Lei Cambial (LC), e demais Avisos emitidos pelo BM. (Eduardo Changule)