A firma refere que a TotalEnergies deu vários passos para recomeçar o projecto, no seguimento da violência em 2021, que forçou a companhia a declarar “força maior” e suspender as actividades de construção da central que irá liquefazer o gás, permitindo a sua exportação.
Na análise, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso quarta-feira (23), os analistas desta consultora dos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings dizem que a TotalEnergies deverá recomeçar os trabalhos no primeiro semestre do próximo ano, depois de uma renegociação dos contratos com os empreiteiros locais.
“A última consideração para o relançamento do projecto é renegociar os custos com os empreiteiros locais. Desde que o projecto foi suspenso houve várias grandes subidas de preço de matérias-primas, energia e mão-de-obra”, observa a consultora.
BMI indica que o presidente executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, confirmou que nenhum dos compradores antigos de gás exerceu o seu direito de sair do projecto e indicou que continua a haver uma forte procura mesmo que saiam.
Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado.