Depois de seis dias consecutivos de aumentos, o preço do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ultrapassou a barreira dos 70 dólares pela primeira vez em 18 meses, ao ser negociado a 70,21 dólares por barril na sexta-feira.
O secretariado da organização com sede em Viena adiantou que o barril utilizado como referência pela OPEP, não tinha sido vendido a mais de 70 dólares desde 06 de Janeiro de 2020, ou seja, desde antes do início da pandemia afundar os preços do petróleo.
O valor de sexta-feira, superior em 0,46% ou 0,32 dólares ao de quinta-feira, é o resultado de uma tendência de subida sustentada nas últimas duas semanas, que acumula um aumento de 10%.
A média do preço do barril da OPEP desde o início deste ano é agora de 62,43 dólares, aproximando-a dos 64,04 dólares que atingiu em média em 2019, depois de ter caído 35 no ano passado para 41,47 dólares devido à crise da pandemia.
Segundo os analistas, por trás da actual valorização do chamado “ouro negro” está a perspetiva de uma forte recuperação da procura para relançar a actividade económica, especialmente as viagens e o turismo, à medida que a vacinação contra a covid-19 avança, especialmente nos Estados Unidos, Europa e China.
Nesta situação, a decisão da OPEP e dos 10 aliados, incluindo a Rússia, de manter os fornecimentos limitados e apenas os aumentar gradualmente e os controlar (em cerca de dois milhões de barris por dia entre Maio e Julho), contribuiu também para a subida do preço do petróleo.