Parte das empresas que reivindicam o reajuste do preço da venda do cimento na região sul do país, não pertencem ao ramo da indústria cimenteira, afirma o Ministério da Indústria e Comércio.
Este é um dos dados preliminares da investigação em curso depois de algumas empresas de fabrico de cimento terem exigido ao governo o agravamento do preço de comercialização do cimento por parte da empresa Dugongo Cimentos.
As referidas produtoras alegam que pelo facto de a Dugongo ser a única produtora de clínquer no país, acaba colocando as outras em estado de dependência, por não terem esta componente nas suas unidades de produção.
O Ministério da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, avança que depois de um encontro com a direcção de algumas destas empresas, constatou-se que as mesmas não apresentam os requisitos para serem contempladas na classe de indústrias cimenteiras.
“ Tive oportunidade de me reunir já com duas dessas empresas que nos enviaram essa carta. Nem todas elas são empresas cimenteiras”, afirmou.
Mesquita disse ainda que “Há classes, há empresas cimenteiras de ciclo completo que é o caso da Dugongo por exemplo, que extrai calcário, processa para clínquer, produz, tem energia e vende. Há empresas que apanham o processo a meio, importam ou compram o clínquer para depois avançar e há algumas, que eventualmente sejam essas que dizem que já fecharam as portas, que compram o produto acabado daqui e acolá e misturam e também são qualificadas como cimenteiras, não são. Então, isto tudo está a ser analisado com profundidade porque queremos que as nossas indústrias prosperem dentro de um ambiente próprio de competitividade são para o desenvolvimento deste país e o impacto que os preços estão a ter hoje em dia nós vemos; cria-se uma série de actividades, temos mais pedreiros, mais obras acontecem, tem um efeito multiplicativo: É isto que nós queremos que aconteça, não só no cimento como em outras indústrias”.