Sábado, Julho 27, 2024
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Taxas de juro do Banco Central mantém-se inalteradas

Reunido em Maputo na quarta-feira, o Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique (COMO) decidiu manter inalterada a sua taxa de juro directora em 13,25 por cento.

A taxa do mercado monetário interbancário (MIMO), utilizada pelo banco central para as suas intervenções no mercado monetário interbancário para regular a liquidez, manteve-se em 13,25 por cento, depois de ter sido aumentada em 300 pontos percentuais no final de Janeiro.

A CPMO anunciou que a decisão de não alterar as taxas de juro “é sustentada pela manutenção das perspectivas de inflação anual de um dígito (ou seja, menos de dez por cento), apesar de um elevado nível de riscos e incertezas, particularmente os decorrentes do aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, bem como das restrições na cadeia de abastecimento internacional”.

As incertezas também surgiram da pandemia de Covid-19, uma vez que a escala do seu impacto na economia moçambicana permaneceu pouco clara. A nível internacional também houve dúvidas quanto à evolução da pandemia, e quanto tempo as restrições na cadeia global de abastecimento poderiam durar, “que estão a resultar em elevados custos de transporte e atrasos na entrega de mercadorias”.

A CPMO acreditava que o país continuava a estar na mira da inflação de um único dígito. A inflação anual foi de 6% em Setembro, mas subiu para 6,4% em Outubro, devido aos recentes aumentos nos preços dos alimentos e dos combustíveis.

Apesar da probabilidade de novos aumentos do preço do petróleo no mercado mundial, e do aumento das tarifas de transporte a nível interno, a CPMO estava optimista de que a inflação a curto e médio prazo permaneceria baixa.

O produto interno bruto de Moçambique cresceu 3,4 por cento no terceiro trimestre de 2021, disse o comunicado da CPMO. Este crescimento foi “apoiado pela expansão de todos os sectores de actividade económica”.

A CPMO prevê “um crescimento contínuo da actividade económica, impulsionado pela procura externa e pela implementação dos projectos de gás na Bacia do Rovuma”.

Mas advertiu que “o regresso ao crescimento económico sustentável continuará a exigir o aprofundamento das reformas estruturais na economia, procurando reforçar as instituições, melhorar o ambiente empresarial, atrair investimentos e criar empregos”.

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