A Vulcan Minerals, uma mineradora que actualmente explora carvão na província de Tete, está prestes a se tornar uma das maiores produtoras mundiais do recurso. O presidente da empresa revelou à Lusa, nesta quinta-feira, 4 de Abril, que a empresa planeia atingir entre 50 e 52 milhões de toneladas de carvão neste ano, um feito que a colocaria entre os principais players globais do sector.
“Quando começamos a operar em 2022, nossa produção estava em torno de 23 ou 24 milhões de toneladas. Nos últimos três anos, aumentamos para cerca de 35 e 36 milhões de toneladas. Até o final deste ano, estaremos atingindo entre 50 e 52 milhões. Dessa forma, nos tornaremos a segunda maior empresa de mineração de carvão metalúrgico do mundo”, afirmou Mukesh Kumar durante a 10ª edição da Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique.
Kumar ressaltou o potencial abundante de recursos presentes no mercado onde a Vulcan actua. “Estamos em um mercado onde existem recursos abundantes. Portanto, sentimos que podemos ser uma das maiores empresas do mundo aqui”, enfatizou.
A aquisição das minas de carvão em Tete, bem como a infra-estrutura ferroviária e portuária em Nacala, da mineradora Vale em Abril de 2022 por 270 milhões de dólares (257 milhões de euros), posicionou a Vulcan de forma estratégica para expandir suas operações e atingir suas ambições globais.
Anteriormente, a Vale, presente em Moçambique por 15 anos, explorou a mina de Moatize e administrou 912 quilómetros de ferrovia no Corredor Logístico de Nacala para o transporte de carvão.
A Vulcan, uma empresa privada indiana parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, também localizada na região de Tete. Com essa expansão e os ambiciosos planos de produção, a Vulcan Minerals está posicionada para desempenhar um papel significativo no cenário global da indústria de carvão, enquanto contribui para o desenvolvimento económico de Moçambique.