Sexta-feira, Maio 3, 2024
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Em Marrakesh: FMI recomenda celeridade com as reformas económicas

Uma política fiscal prudente é mais importante do que nunca, porque a dívida e os défices estão acima do normal. Quem o diz é a directora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, que falava na Reunião Plenária em Marrakesh, onde decorreram as Reuniões Anuais do Banco Mundial e FMI.

A intervenção da dirigente esteve orientada em questionar as acções que irão ajudar o mundo a escrever a história para os próximos 50 anos.

Georgieva, de olho no futuro, estruturou a resposta a essa questão em dois “grandes blocos e caminhos”, nomeadamente, investimento em bases económicas sólidas e investimento na cooperação internacional.

“Chegou a hora de restaurar o espaço fiscal. Isso significa decisões difíceis para os governos”, apontou Georgiva.

Sobre investimento em base económicas sólidas, a responsável detacou questões de boa governação, combate a corrupção e regulamentação simplificada constituem parte da agenda para o futuro na visão do FMI.

“As Reformas para impulsionar o comércio e melhorar acesso ao capital. O pacote certo de reformas poderia aumentar os níveis de produção até 8% em quatro anos, segundo estudos do FMI”, explicou a Georgiva.

A dirigente colocou a mobilização de recursos internos como um enorme potencial, tendo afirmado que estudos do FMI mostram que as reformas fiscais por si só poderiam acrescentar até 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em receitas para mercados emergentes e até 9% para países de baixo rendimento.

No tocante ao investimento na cooperação internacional, Georgiva frisou a necessidade de os países mais industrializados ajudarem aos mais emergentes a superar as suas dificuldades.

“O financiamento externo, evidentemente, continua a ser crítico. As economias avançadas partilham uma responsabilidade, bem como um interesse comum, em apoiar os países emergentes e em desenvolvimento países, enfatizou a Directora Geral do Fundo”, afirmou a interlocutora.

Ainda no contexto de investimento na cooperação global, segundo pilar abrangente, a directora do FMI da reestruturação da dívida e segurança da rede financeira global, como dois aspectos fundamentais.

 

 

 

 

 

 

 

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