A Café de Manica busca financiamento para impulsionar o crescimento da Cooperativa dos Cafeicultores de Manica (COOPCAM), para produzir café de qualidade e gerar renda à população local. Esta iniciativa visa aumentar a produção do café nacional e levá-lo além-fronteiras.
A produção de mudas já começou e trata-se de um café orgânico que terá certificações como Fair Trade e Rainforest, que o colocarão lado a lado com os melhores do mundo. Neste momento, a COOPCAM já produziu mudas para uma área estimada em 80 hectares. Para o próximo ano prevê-se produzir mudas para mais 150 hectares, e começar o processamento. Comercialmente, a cooperativa tem em vista explorar os mercados nacional e internacional.
Num contexto mais amplo, a cooperativa surge com o firme propósito de beneficiar as comunidades locais. Pretende-se que a população local ganhe dividendos pelo café que se produzir. Além desse benefício, a COOPCAM, vai promover acções de reflorestamento e ainda implementar programas de melhoria social erguendo infraestruturas para as comunidades produtoras e circunvizinhas.
Englobando mais de mil produtores locais, pretende-se fazer do café nacional orgânico uma referência no mercado internacional, ao mesmo tempo que se promove o desenvolvimento das comunidades ao redor dos campos de produção. Com efeito, a busca pelo financiamento visa também cobrir a formação de técnicos e suportar a maquinaria necessária para o processamento. Embora o grande objectivo seja o de promover desenvolvimento por meio da venda do café nacional, essa vontade passa pela melhoria da vida da população local.
De facto, existe um plano de apoio ao Parque Nacional de Chimanimani. Mandela Manuel, um dos promotores da iniciativa e produtor de café, acredita que a cooperativa terá impacto positivo na preservação da floresta à medida que oferecendo o cultivo de café como fonte de renda, as comunidades passarão a reduzir o desmatamento e se tornarão guardiões do Parque.
De forma concreta, a Cooperativa dos Cafeicultores de Manica precisa de quatrocentos mil dólares norte americanos para erguer a infraestrutura do processamento de café. Espera-se criar núcleos em Maronga, Mussapa e Muribane, cada um enviando sua produção para Sussundenga onde ficará a sede da cooperativa devido a fácil comunicação com as principais vias de acesso.