O responsável pede que os empresários retomem as atividades considerando que é preciso que se dê um voto de confiança ao trabalho feito pelas Forças de Defesa e Segurança no combate aos ataques armados em Cabo Delgado.
“Há condições sim para realizar actividades económicas (…) nós continuamos a convidar aos empresários e investidores para que neste momento façam o melhor aproveitamento para poderem retomar as suas atividades”, disse Valige Tauabo.
“A população regressou de forma voluntária e já se instalou em quase cada distrito [afetado pela insurgência]. Neste momento, podemos dizer que pelo menos 65% da população encontra-se nos seus distritos”, acrescentou o governador.
A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
No terreno, em Cabo Delgado, combatem o terrorismo, em ataques que se verificam desde outubro de 2017 e que condicionam o avanço de projectos de produção de gás natural na região, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O conflito no norte de Moçambique já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, enquanto o Presidente moçambicano admitiu “mais de 2.000” vítimas mortais.