O Instituto de Cereais de Moçambique (INC) está traçando novas estratégias para impulsionar a produção de cereais no país, conforme previsto no Plano Económico e Social e no Orçamento do Estado. Segundo dados do plano aprovado pelo Parlamento no ano passado, o sector agrícola pretende produzir mais de três milhões de toneladas de cereais neste ano, além de oleaginosas, hortícolas, raízes e tubérculos, amêndoas e cerca de seiscentas mil toneladas de leguminosas, entre outros produtos.
Para alcançar essas metas ambiciosas, o INC está focado em fortalecer as parcerias e sinergias com os actores da comercialização agrícola. Recentemente, a instituição reuniu-se sob o lema “Fortalecer as parcerias e sinergias com os actores da comercialização agrícola rumo à dinamização da produção agrícola”, visando avaliar as acções estratégicas necessárias para atingir esses objectivos.
Entre as acções planeadas pelo INC estão a contratação de 455 extensionistas para assistir 1,2 milhão de famílias e a integração de 455.463 em diferentes cadeias produtivas. Além disso, o instituto planeia libertar quinze variedades de culturas de alto valor nutritivo e produtivo e resilientes às mudanças climáticas, produzir quinhentas toneladas de semente básica e certificar 15 mil toneladas de sementes.
O Governo delegou ao INC a missão de garantir a coordenação geral do processo de comercialização, intervir como comprador de último recurso, assegurar a criação da reserva física alimentar e promover condições de armazenamento de cereais e leguminosas nas zonas rurais. Além disso, o INC deve promover parcerias e sinergias para o escoamento dos excedentes agrícolas e colaborar na coordenação da colocação, no mercado nacional e internacional, de cereais, leguminosas e outros produtos, contribuindo para a estabilização dos preços.
Com estas medidas, estima-se um aumento de 5,7% na produção global deste ano, impulsionado principalmente pelos cereais, com um volume previsto de pouco mais de três milhões de toneladas.