O Instituto Nacional de Petróleo (INP) está a efectuar um conjunto de auditorias aos grandes projectos ligados à exploração de gás natural no país para aferir até que ponto estes estão a contratar empresas moçambicanas para o fornecimento de bens e serviços, no âmbito do conteúdo local.

Natália Camba, do INP, explicou que neste momento, está em curso a auditoria à primeira multinacional e que se seguirá um trabalho similar às outras grandes empresas que estão a explorar recursos minerais em Moçambique.

“Os resultados deste trabalho serão conhecidos brevemente”, disse Camba, falando em Maputo, no workshop sobre Governação e Conteúdo Local no Sector de Petróleo e Gás, que juntou especialistas moçambicanos, angolanos, empresários, entre outros convidados.

Camba, justificou a acção do INP com o facto de já existirem algumas empresas moçambicanas com capacidade para fornecer bens e serviços às multinacionais com qualidade exigida. A representante do INP disse estar em preparação uma base de dados sobre os fornecedores de bens e serviços da área de petróleo e gás, contendo também os requisitos para a participação das empresas nacionais.

“O INP já avançou com algumas acções para facilitar a participação das PME, incluindo a elaboração do regulamento para fornecedores e sobre os procedimentos a observar para o registo de mão-de-obra”, afirmou.

Natália Camba, acrescentou estar ainda em preparação a informação sobre os métodos de “procurement” que, contrariamente ao que acontecia no passado, onde somente eram abrangidas empresas contratadas, passa agora a incluir as sub-contratadas.

A fonte reconheceu, entretanto, que desde que iniciaram as pesquisas e durante todo o período de desenvolvimento dos projectos de gás no país, foram implementadas várias iniciativas pelas próprias multinacionais no âmbito do conteúdo local.

Tais acções incluem a divulgação de informações sobre oportunidades de negócios, requisitos, volumes de bens solicitados, entre outros.

Foram ainda desenvolvidos programas de certificação, outras iniciativas apoiadas pelas multinacionais e alguns individuais, bem como a criação de linhas de financiamento específicas dedicadas às Pequenas e Médias Empresas (PME).

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