Sábado, Abril 27, 2024
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Investimentos no gás em Moçambique com Possibilidades de revisão

Segundo a agência Lusa, a WoodMackenzie alertou que as companhias petrolíferas enfrentam muitas dificuldades nas operações na África subsaariana e apontou que pode haver grandes revisões aos projectos, incluindo o investimento da Eni no gás de Moçambique.

“Em todo o continente, os projectos enfrentam cada vez mais dificuldades, das preocupações com a transição energética aos desafios do financiamento internacional, colocando vários projectos de exploração em risco; 2023 pode ser o ano em que vemos grandes revisões aos projectos que há muito estavam na calha”, escrevem os analistas da WoodMackenzie num relatório sobre os grandes temas de 2023 na África subsaariana, citado pela Agência Lusa.

O documento da WoodMackenzie foi enviado aos investidores, nele é dito que “o futuro da África Oriental é incerto, o projecto da Área 1 de Moçambique continua sob ‘force majeure’ e não vemos urgência do operador TotalEnergies em retomar”.

A WoodMackenzie acrescenta que os empreiteiros que vão fazer as obras de construção do estaleiro e da central de produção de gás “vão apontar para o novo ambiente de custos se o projecto retomar”, tornando a exploração de gás no norte do país mais cara, para além do próprio custo de reparação do local, que “deverá ser grande”.

Nas previsões, a WoodMackenzie diz também que o projeto de exploração de gás da Área 4, Rovuma LNG, “vai abandonar a exploração em terra, partilhada com a Área 1” argumentando que o Projecto Coral Floating, mostra-se uma solução eficiente e segura.

Os operadores petrolíferos em África, cita a Lusa, “podem aproveitar as oportunidades para cortar as perdas de campos mais marginais ou complicados, e neste pacote em revisão estão cerca de 50 mil milhões de dólares [46,2 mil milhões de euros] em despesas de investimento”.

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