O banco moçambicano Millennium bim, detido maioritariamente pelo grupo BCP, registou um aumento de 40,5% no resultado líquido de 2021, de acordo com o relatório de contas consultado pela Lusa.

O resultado subiu de 5,3 para 7,4 mil milhões de meticais devido à “evolução favorável da margem financeira, das comissões líquidas e à mais-valia resultante da venda de 70% da participação no capital da Seguradora Internacional de Moçambique” à Fidelidade, lê-se no documento.

O banco destaca ainda a “redução da imparidade de crédito de 2,4 mil milhões de meticais para 300 milhões de meticais.

“Esta redução traduz a prudência que o banco teve em 2020 face a um contexto económico mais complexo, que essencialmente consistiu na penalização da rentabilidade e reforço da robustez do balanço”, refere-se no relatório.

Noutros indicadores, a instituição mantém “níveis confortáveis de solvabilidade, fixando-se em 44,8% em 2021 face a 43,9% no ano anterior”, ou seja, mais do triplo acima do mínimo regulamentar.

O banco destaca ainda que as plataformas de acesso móvel voltaram a ser “um canal de eleição dos clientes” com um aumento nas adesões de 36% a 267% dentro do leque de aplicações disponibilizadas.

O Millennium bim soma 1,8 milhões de clientes, 199 balcões e 2 500 colaboradores, sendo o principal dos três bancos sistémicos do sistema financeiro moçambicano (segundo a última atualização do banco central), seguido pelo BCI (da CGD e BPI) que em 2021 quase duplicou o resultado líquido.

O Standard Bank, terceiro banco estrutural do sistema registou uma queda de 9,8% no resultado líquido.

A economia moçambicana cresceu 2,16% em 2021, depois de uma contração de 1,28% em 2020.

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