Moçambique será palco da 7ª edição do MMEC*, entre os dias 21 e 22 de Abril. Um evento que expõe a industria no sector de mineração, petróleo, gás e energia.
O objectivo é atrair investimentos, promover parcerias, ouvir decisores políticos e partilhar conhecimento sobre o sector.
Este evento deverá atrair expositores de cerca de 30 países. Além do sector privado, contará também, com a participação de quadros do governo como Ministros e Directores de empresas públicas.
A organização do evento desenvolveu um aplicativo para interacção dos participantes. A app permite ficar a par do programa do evento e até ver a lista de participantes. Conversar com os participante bem como marcar reuniões, são também duas funcionalidades a aplicação.
Caso esteja interessado em participar como espectador ou expositor, as inscrições podem ser feitas aqui.
A cidade de Maputo irá acolher o maior evento de negócios no país, que conecta executivos de nível “C”, o chamado Mozambique CEO Summit.
A decorrer no dia 25 de Fevereiro de 2021, numa modalidade híbrida (online e presencial), este evento promete promover partilha de experiência, oportunidades de negócios e investimentos nas áreas de GNL, agro-negócios, imobiliário e de inteligência artificial.
No evento, mais de 20 oradores nacionais e internacionais compartilharão a sua experiência e conhecimento. O Mozambique CEO Summit também promete ser uma plataforma de networking entre empresários nacionais e internacionais.
Caso queira participar, pode adquirir os bilhetes aqui.
Foi recentemente disponibilizado o serviço Pay IZI do Millennium Bim, que se apresenta como alternativa moderna e ecológica aos pagamentos via cartão e dinheiro.
Através da parceria com o serviço de carteira móvel da Vodacom, M-Pesa, os comerciantes poderão receber pagamentos de usuários do Millennium IZI, do aplicativo Smart IZI e do M-Pesa, “sem custos de adesão, manutenção e de consumíveis associados”, segundo explica o comunicado de imprensa do Banco.
Além da adesão gratuita, outras vantagens do novo serviço incluem a notificação de todos os pagamentos, bem como a possibilidade de consultar o histórico de transacções.
Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “com este serviço, firmamos também o nosso compromisso de continuar a promover, de forma efectiva, a nossa estratégia de inclusão financeira dos moçambicanos”, lê-se no comunicado.
Já o Director Geral da Vodafone M-Pesa S.A, Gulamo Nabi, afirma que “um passo muito importante foi dado rumo ao objectivo de permitir que os clientes M-Pesa possam efectuar todas as suas transacções do dia-a-dia sem necessidade de recurso ao dinheiro físico”.
Esta iniciativa “deverá também ter um impacto positivo na aceleração da actividade económica no país”, acrescentou Nabi.
O canal de pagamento Pay IZI está disponível para download na Play Store para dispositivos Android.
Esta iniciativa é apresentada num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia e recorre à tecnologia para conceder soluções que auxiliem na redução do risco de contágio.
Outras inovações tecnológicas que estarão em alta, neste ano, estão descritas neste artigo do Profile.
A área de estudos económicos do Millennium Bim prevê que a inflação no país continuará a acelerar em 2021, rondando os 5.6%.
A previsão admite que esta aceleração está condicionada a vários factores como o mercado cambial, a oferta e procura de bens e serviços e a situação económica dos principais parceiros de Moçambique como a África do Sul.
Num documento publicado nesta quarta-feira, o Banco faz uma previsão de abrandamento das taxas de juro, pelo Banco Central, até segundo trimestre do próximo ano devido a “riscos inflacionários elevados”.
O Millennium Bim publica seu estudo na sequência da divulgação do Índice de Preços no Consumidor, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cujo resultado foi reportado pelo Profile.
Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s) moçambicanas terão acesso a um fundo de apoio emergencial de seis milhões de euros.
O valor é parte de um total de €17.5 milhões disponibilizados pela Cooperação Financeira Alemã através do Banco de Desenvolvimento daquele país – kfW.
Os seis milhões serão canalizados às empresas através do Banco de Moçambique, conforme anunciado pelo mesmo, nesta terça-feira, através de um comunicado.
O objectivo deste apoio é ajudar as empresas a mitigarem os efeitos negativos da COVID-19 e garantirem sua sobrevivência.
Sengundo o comunicado, este valor é destinado à “cobrir necessidades decorrentes do fluxo de caixa, incluindo, mas, não se limitando a, pagamentos de salários e outros custos fixos durante a pandemia”.
Nove milhões de Euros serão destinados à uma linha de crédito para MPME’s e finanças agrícolas.
Os restantes 2.5 milhões estarão alocados à assistência técnica que irão beneficiar as instituições financeiras participantes na linha de crédito para as MPME’s e finanças agrícolas.
A referida assistência servirá para “conferir maior rigor, transparência e fiabilidade da informação no processo de avaliação e monitoria”, lê-se no documento.
De acordo com Osvaldo Silva, director regional norte da Autoridade Tributária, de Janeiro a Outubro deste ano, no geral, a zona Norte do país registou uma redução nas importações e exportações.
Esta análise foi feita em comparação como o mesmo período do ano anterior.
Contudo, Silva afirmou, durante uma entrevista ao Jornal Notícias, que na província de Cabo Delgado, a situação foi diferente, tendo registado um aumento de mais de 100%.
Em termos concretos, no período em análise, foram importados 1124 contentores neste ano, contra 556 em 2019.
Para Silva, este aumento deve-se ao projecto de petróleo e gás da Total em Afungi.
Apesar de não ter se especificado a contribuição da petrolífera nestes números, em sua página web, a Total já havia se comprometido em trazer benefícios sócio-económicos ao país desde a fase da implanatação do projecto à exploração.
Reino Unido, um dos maiores financiadores do projecto da Área 1 da Total, deixará de financiar projectos de petróleo e gás.
Com isso, o país tornar-se-á o primeiro a dar este passo com vista a combater os efeitos das mudanças climáticas.
Esta promessa foi feita no Sábado, durante uma cimeira das Nações Unidas onde outros grandes países deverão apresentar as suas.
O Reino Unido, através da sua agência Finance Export, já havia dado garantias em milhares de milhões para ajudar companhias britânicas a se expandirem.
Moçambique estava no mapa do financiamento britânico no projecto de gás natural liquefeito da Total na Área 1.
O apoio planeado era de 20 mil milhões de dólares, assim sendo, a nação era um dos maiores financiadores do projecto.
É prematuro afirmar que o financiamento está em risco pois ainda não foi informada a data de implementação da medida.
Contudo, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que a entrada em vigor deverá acontecer “o mais rápido possível”.
Johnson ainda adiantou que haverá algumas excepções à nova regra, no que diz respeito a centrais eléctricas alimentadas a gás desde que estejam nos parâmetros do Acordo de Paris.
Foi a partir de uma emissão de acções que a empresa de energia Ncondezi Energy conseguiu angariar o valor de £0.75 milhões.
Segundo a StockMarketWire, a empresa afirmou que este valor servirá “para o desenvolvimento de um projecto de energia alimentada a carvão em Tete, Moçambique”.
Dentre as despesas previstas estão as negociações tarifárias com a Electricidade de Moçambique (EDM) e outros acordos importantes como compra e concessão de energia.
As acções foram emitidas a £4.5 cada, o que, “segundo a Ncondezi Energy, foi um valor baixo para o preço médio ponderado do volume de 30 dias”, de acordo com a fonte supracitada.
O CFO Forum Moçambique apresentou oficialmente a sua Agenda 2025/2026, num evento realizado no Hotel Montebelo Girassol, em Maputo. A sessão foi presidida pela Directora Executiva do CFO Forum, Huruda de Castro Malungane, com as intervenções do Devan Manmoandas, Director Financeiro do Moza Banco, da Nigéria, Samuel Efosa-Auston, Presidente da Tech 4 U Africa e de Angola a Neuza Pinto, Directora Geral da Kitadi Finanças.
Directora Executiva do CFO Forum, Huruda de Castro Malungane
Durante a sua intervenção, a Huruda Malungane afirmou: “A nossa missão é construir uma comunidade sólida de líderes financeiros que, juntos, possam transformar o sector financeiro em Moçambique, promovendo práticas sustentáveis e inovadoras.”
A Agenda 2025/2026 introduz o conceito de CFO 4.0, que representa a integração de dados, critérios ambientais, sociais e de governação (ESG), inovação e cultura como motores da transformação organizacional. As prioridades estratégicas para os próximos anos incluem a capacitação contínua, digitalização, literacia financeira e governança.
Entre os principais pontos de acção apresentados, destaca-se a criação da CFO Academy, uma plataforma dedicada à formação, desenvolvimento e conexão entre líderes financeiros, aspirantes e académicos, visando aprimorar competências estratégicas e preparar as próximas gerações de profissionais de finanças. Foi também anunciada a CFO Master Series, um ciclo exclusivo de encontros e masterclasses para executivos financeiros de alto nível, focado em liderança estratégica, inovação financeira e transformação de negócios.
Outro destaque foi a Semana da Sustentabilidade, um evento anual em formato de jornadas científicas, com foco na premiação de startups de serviços e produtos sustentáveis, bem como na capacitação e melhoria da performance das empresas através de mentoria executiva com os embaixadores e mentorados do CFO Forum.
Foi ainda apresentado o ECO Platform, uma ferramenta inovadora e integrada que visa promover a sustentabilidade, eficiência e transformação digital na gestão financeira. Apresentada pelo Samuel Efosa-Auston, a plataforma oferece recursos analíticos, dashboards inteligentes e funcionalidades colaborativas que facilitam a tomada de decisões estratégicas com base em dados reais e métricas ESG.
ECO Platform
O evento culminou com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre Moçambique e Angola, formalizando a expansão do CFO Forum através de uma parceria estratégica que visa promover o crescimento conjunto e impulsionar o mercado financeiro em ambas as regiões, prevendo a troca de experiências e conhecimentos, bem como o fomento de ambientes que estimulem o intercâmbio entre empresários e demais partes interessadas.
De acordo com a Huruda, “O futuro de Moçambique depende das decisões que tomamos hoje. É hora de agir, investir e inovar para construirmos um país economicamente sustentável e digitalmente inclusivo”, referiu.
O CFO Forum convida todos os interessados a juntarem-se a esta iniciativa, participando activamente na transformação do panorama económico do continente.
A dívida pública de Moçambique voltará a ultrapassar os 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, segundo o controlo fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado esta Quarta-feira, 23 de Abril. Esta subida ocorre após dois anos em que a dívida do país se manteve abaixo do valor da riqueza nacional.
De acordo com o relatório, Moçambique deverá registar uma dívida pública equivalente a 101,1% do PIB este ano. A tendência ascendente continuará nos próximos anos, atingindo 104,2% em 2026 e 104,7% em 2027. O país só deverá voltar a registar níveis inferiores a 100% em 2029, quando se prevê que a dívida pública represente 95,6% do PIB.
O valor previsto para 2029 é muito próximo ao registado em 2024, quando a dívida pública foi de 96,6% do PIB. O documento do FMI não apresenta dados sobre outros países africanos lusófonos além de Moçambique.
Durante a conferência de imprensa para apresentação do relatório, Vítor Gaspar, director do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, indicou que as perguntas específicas sobre África seriam respondidas numa sessão agendada para Sexta-feira.
Ainda assim, o FMI avançou algumas previsões sobre países lusófonos. Para Angola, estima-se um crescimento económico de 2,4% este ano, abaixo dos 4,5% registados em 2024, mas acima dos 2,1% esperados em 2026. Na Guiné Equatorial, o cenário é mais adverso, com uma recessão económica de 4,2% prevista para 2025, e uma estagnação em 2026, após um crescimento de 1,9% em 2024.
No conjunto da África Subsaariana, a dívida pública média deverá atingir 55,4% do PIB em 2025 e 53,3% em 2026, ficando abaixo dos 56,1% observados no ano passado. A previsão de crescimento económico para a região também foi revista em baixa, passando de 4,2% para 3,9% em 2025. Segundo o FMI, esta revisão reflete “alterações repentinas nas perspectivas mundiais”.
Num comunicado posterior à reunião entre a directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, e um grupo de governadores africanos de 12 países, liderado pelo ministro das Finanças da República Centro-Africana, Hervé Ndoba, o Fundo advertiu que os choques globais continuam a ameaçar a estabilidade económica no continente.
O documento realça que, apesar de sinais de resiliência, os países africanos continuam expostos a riscos significativos, incluindo inflação elevada, endividamento crescente e desequilíbrios externos. O FMI sublinha a necessidade de políticas públicas robustas para enfrentar estes desafios, com foco na mobilização de receitas internas, melhoria da despesa pública e reforço da estabilidade macroeconómica e financeira.
A nível global, o FMI também reviu em baixa as previsões de crescimento: de 3,3% para 2,8% em 2025, e de 3,3% para 3% em 2026. As tensões comerciais e a incerteza política crescente são apontadas como principais fatores para a desaceleração da actividade económica mundial.
O Governo está a preparar uma carteira de projectos avaliada em mais de 338 mil milhões de meticais (5,2 mil milhões de dólares) com o objectivo de atrair investimentos para a expansão do sector energético, com foco nas fontes renováveis e na promoção do acesso universal à energia.
A informação foi revelada por Nuno Maposse, director de projectos da Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX), durante a segunda sessão de alto nível sobre “Financiamento da Transição Energética”, que decorreu na Quarta-feira (23), no âmbito da conferência RENMOZ-2025, em Maputo.
Segundo Maposse, Moçambique pretende consolidar-se como destino competitivo para o capital verde. “Já foram investidos 193,5 mil milhões de meticais (3 mil milhões de dólares) na última década, dos quais 17% foram canalizados para o sector energético. A nova carteira poderá ampliar significativamente o impacto, especialmente na criação de emprego e na electrificação rural”, destacou.
Durante a sessão, Marcus Rother, consultor sénior da GET.invest Finance Catalyst, apontou a estruturação deficiente dos projectos como um dos principais obstáculos ao acesso ao financiamento. “Estamos a apoiar promotores locais com assistência técnica para desenvolver modelos de negócio viáveis, melhorar a documentação financeira e preparar propostas robustas para atrair investimento privado e institucional”, explicou.
Liesbet Mijlemans, directora de Investimento Sénior na ElectriFI, revelou que a instituição já comprometeu cerca de 9,9 mil milhões de meticais (164,8 milhões de dólares) em projectos de energia limpa na África Subsaariana, incluindo Moçambique. Segundo ela, “o foco está em soluções como sistemas solares domésticos, mini-redes e modelos de pay-as-you-go, com forte impacto nas comunidades remotas e na redução da dependência de fontes fósseis”.
Já Epifânia Gove, responsável pelo Departamento de Energia do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), frisou que a transição energética requer mais do que tecnologia. “É necessário um planeamento estratégico e o envolvimento proativo do sector financeiro. O BCI está a desenvolver instrumentos como linhas de crédito verdes e mecanismos de garantia”, explicou, acrescentando a importância de envolver também as Pequenas e Médias Empresas (PME).
A sessão contou com a participação de representantes do Governo, do setor privado, agências de desenvolvimento e instituições multilaterais. Entre os consensos alcançados, destaca-se a urgência de mobilizar capital e garantir políticas públicas estáveis para promover investimentos sustentáveis no setor energético.
O crédito concedido à economia moçambicana registou em Fevereiro a maior queda mensal dos últimos doze meses, totalizando 284.045 milhões de meticais, de acordo com dados do relatório estatístico do Banco de Moçambique.
O valor representa uma redução de cerca de 1% em relação aos 286.511 milhões de meticais registados em Janeiro, interrompendo uma tendência de crescimentos mensais quase consecutivos. A última retração similar havia ocorrido em abril de 2024, quando o stock caiu igualmente 1%, para 270.676 milhões de meticais.
Apesar de o crédito à economia ter crescido de forma sustentada ao longo do último ano, os dados mais recentes mostram um afastamento progressivo do pico histórico alcançado em novembro de 2024, quando o stock atingiu 290.973 milhões de meticais.
Entre os segmentos que mais absorveram crédito em Fevereiro, os particulares mantiveram-se na liderança, com um total próximo de 98.837 milhões de meticais. Seguem-se os sectores dos transportes e comunicações, que registaram nova ligeira queda para 22.634 milhões, a indústria transformadora (22.230 milhões) e o comércio (21.846 milhões de meticais).
Entretanto, a taxa de juro de referência para o crédito em Moçambique permanecerá nos 18,5% durante o mês de abril. A decisão foi anunciada pela Associação Moçambicana de Bancos (AMB), que indicou que o sistema bancário optou por não seguir a recente redução determinada pelo banco central.
A Mozal registou no primeiro trimestre de 2025 um forte desempenho operacional tendo levado a posição de caixa líquida aumentar em 299 milhões de USD. Os destaques da produção até à data incluem um aumento de 18% no cobre e um aumento de 6% no alumínio, à medida que a Mozal Aluminium geriu os impactos da agitação civil em Moçambique e se aproximou da capacidade nominal no trimestre.
“Continuamos a desbloquear o valor nas nossas operações, iniciando o nosso Projecto de Desenvolvimento da Mina Worsley após a aprovação ambiental do Governo Australiano e progredindo no sentido da retoma das vendas de exportação de manganês da Austrália, que continua no bom caminho para o segundo trimestre de 2025”, afirmou o CEO da South32, Graham Kerr, num comunicado.
O documento refere que, em Hermosa, a construção do projecto Taylor de zinco-chumbo-prata, de grande escala e longa vida útil, continua a progredir, estando a perfuração do poço principal prevista para começar no segundo trimestre de 2025.
Olhando para o futuro, o foco na disciplina operacional, na gestão activa de custos e num balanço sólido, o documento destaca ainda um posicionamento sólido para gerir um período de potencial incerteza nos mercados globais.
A empresa pública Petróleos de Moçambique (PETROMOC) vendeu à I2A Investimentos e Participações, SA, 20% da sua quota no capital social da sociedade Maputo International Airport Fueling Services Limitada (MIAFS). A operação foi confirmada há dias pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC).
A MIAFS é uma sociedade comercial, cujo objecto é a exploração de depósitos petrolíferos destinados ao abastecimento de combustíveis para aviação, a operação da linha do hidratante, a concepção e a construção de depósitos de armazenamento de combustíveis e aos serviços de reabastecimento de aviões no Aeroporto Internacional de Maputo.
As suas actividades incluem a gestão de tubagens e outros equipamentos, a recepção e expedição dos combustíveis para aviação aos consumidores finais, bem como a importação e exportação de materiais, equipamentos e outros acessórios necessários ao desenvolvimento das suas actividades. Antes da venda, a MIAFS era detida integralmente pela PETROMOC, o que segundo a ARC violava a Lei da Concorrência n.º 10/2013, de 11 de Abril.
A I2A Investimentos é uma sociedade comercial de direito moçambicano, detida em 100% por accionistas moçambicanos, vocacionada no armazenamento e comercialização de granéis líquidos e sólidos, estando autorizada a exercer a distribuição de produtos derivados de petróleo (combustíveis) por meio da Licença de Distribuição n.º 02/19, de 27 de Fevereiro de 2019, emitida pela Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis.
Já a PETROMOC é uma sociedade anónima, constituída de acordo com as leis da República de Moçambique, que se dedica ao transporte, distribuição, recepção, manuseamento, armazenamento, bunkers, trânsito, exportação, reexportação, transformação e comercialização de produtos petrolíferos. É detida pelo Estado moçambicano, pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) e pelos gestores, técnicos e trabalhadores (GTT) na proporção de 60%, 20% e 20%, respectivamente.
A produtora de areias minerais pesadas, Kenmare Resources, está em negociações com o Governo de Moçambique sobre “certas modificações” no acordo para estender as operações da mina para a zona de mineração de Nataka.
Nataka contém cerca de 70% dos 9 mil milhões de toneladas de recursos minerais da mina de Moma da Kenmare e permitirá que a operação continue por pelo menos mais 20 anos.O custo de capital estimado para a transição para a nova zona de mineração é de 341 milhões de dólares.
A licença da Kenmare para operar a mina de Moma deveria ter sido renovada antes de expirar em 21 de dezembro do ano passado, mas isso não aconteceu.
Apesar disso, a empresa afirmou em 27 de outubro que “a Kenmare acredita que os representantes do Governo partilham o seu objetivo de concluir o processo de renovação antes da data de renovação de 21 de dezembro, sem necessidade de recorrer ao procedimento de resolução de disputas previsto no acordo”.
No seu relatório do primeiro trimestre, divulgado em 17 de abril, a Kenmare declarou que “o Ministério da Indústria e Comércio forneceu confirmação de que os direitos e benefícios existentes da Kenmare permanecem em pleno vigor e efeito, pendente a conclusão do processo de extensão”.
A Kenmare está agora “a discutir certas modificações no regime de investimento aplicável para obter o acordo do Governo de Moçambique, não obstante o claro direito da Kenmare a tal extensão”.
A empresa afirmou que a proposta publicada em 26 de março nos resultados preliminares de 2024 da empresa não foi aprovada pelo Conselho de Ministros moçambicano.
A Kenmare declarou que “continua a envolver-se de forma construtiva com o Governo, reservando-se o direito de salvaguardar os seus direitos contratuais por todos os meios, incluindo arbitragem internacional, se não for possível chegar a um acordo”.
O fundador do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, demitiu-se do cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da organização com efeitos imediatos, virando uma página na história da instituição conhecida pela reunião anual de Davos, na Suíça.
Segundo a agência Reuters, Klaus Schwab, fez o anúncio esta segunda-feira (21) depois de revelar no início deste mês que por décadas foi o rosto da reunião de Davos, e deixaria o cargo, sem dar um cronograma firme.
“Após meu recente anúncio, e ao entrar em meu 88.º ano, decidi deixar o cargo de presidente e membro do Conselho de Curadores, com efeito imediato”, disse o fundador em comunicado.
Por sua vez, o Conselho do Fórum Económico Mundial revelou na mesma nota que aceitou a renúncia de Schwab em uma reunião extraordinária realizada a 20 de Abril, com o vice-presidente Peter Brabeck-Letmathe actuando como presidente interino enquanto a busca por um novo presidente começava.
Schwab, nascido na Alemanha, estabeleceu o Fórum Económico Mundial em 1971 com o objectivo de criar uma plataforma para formuladores de políticas e altos executivos corporativos abordarem as principais questões globais.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), principal produtora de electricidade do País, localizada na província de Tete, região Centro de Moçambique, aprovou, nesta segunda-feira (21), em assembleia geral, a distribuição de dividendos de 7,4 mil milhões de meticais resultado do lucro de 14,1 mil milhões de meticais, alcançado no exercício económico do ano passado.
“Ao Estado Moçambicano serão canalizados pouco mais de 6,5 mil milhões de meticais, que, associados aos impostos e taxas, reforçarão o Orçamento do Estado, necessário para a implementação dos programas sociais do País”, lê-se num comunicado que cita o presidente do Conselho de Administração, Tomás Matola.
Segundo a HCB, que destaca este lucro, sendo o mais alto da história da empresa, o resultado líquido representa um crescimento de 8,48% em relação a 2023.
“Este resultado líquido é o corolário combinado da produção total gerada em 2024, que foi de 15 753 GigaWatts-hora (GWh), e do ajustamento da tarifa de venda de energia ao estrangeiro”, refere a mesma nota.
O Estado moçambicano detém 90% do capital social da HCB, desde a reversão para Moçambique, acordada com Portugal em 2007, enquanto a empresa portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) tem uma quota de 7,5% e a Electricidade de Moçambique 2,5%.
Em entrevista ao Profile Mozambique, Patrícia Darsam, Directora da Banca Corporativa e de Investimentos do Absa Bank Moçambique, revela como a instituição tem enfrentado os desafios macroeconómicos e socioeconómicos que marcaram o último ano.
Com um foco estratégico no Cliente e na inovação, Darsam explica como o Banco tem desenvolvido soluções financeiras à medida das necessidades das grandes empresas, apostando no digital e na personalização dos seus serviços.
Numa época de instabilidade, o Absa Bank Moçambique tem-se posicionado como um parceiro de confiança no desenvolvimento económico do País, com uma visão clara de crescimento sustentado e fortalecimento da relação com o Cliente.
Profile Mozambique: Qual é o foco da Banca Corporativa e de Investimentos no Absa Bank Moçambique e como se diferencia de outros segmentos empresariais?
Patricia Darsam: A Banca Corporativa e de Investimentos (CIB) no Absa Bank Moçambique tem um papel estruturante no apoio à expansão e consolidação das grandes empresas e instituições, distinguindo-se do segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME) pela complexidade e escala dos instrumentos financeiros disponibilizados.
A nossa abordagem centra-se no desenvolvimento de mecanismos estruturados e transformadores, ajustados às necessidades específicas dos nossos parceiros, abrangendo financiamento de projectos, operações de trade finance, gestão de risco cambial e iniciativas de mercado de capitais. Actuamos lado a lado com as empresas que acompanhamos, apoiando os seus investimentos, optimizando o seu desempenho financeiro e fomentando a sua sustentabilidade a longo prazo.
O que verdadeiramente nos distingue é a capacidade de alavancar a experiência e presença regional do Grupo Absa, disponibilizando acesso a uma rede global de conhecimento, produtos sofisticados e soluções personalizadas. O nosso posicionamento é claro: somos mais do que um banco, somos um aliado estratégico para os agentes económicos que impulsionam o progresso de Moçambique.
É com esta visão que lidero a Banca Corporativa e de Investimentos no Absa Bank Moçambique, assegurando que o nosso portefólio de clientes tem acesso a propostas de excelência e apoio especializado, alinhado às suas ambições e ao desenvolvimento sustentado do país.
PM: Olhando retrospectivamente para o último ano, quais foram os desafios mais evidentes que a instituição enfrentou e quais as medidas adoptadas para os superar?
PD: O ano de 2024 apresentou-se como um período particularmente exigente para o sector bancário moçambicano, influenciado por fatores macroeconómicos voláteis e dinâmicas socioeconómicas inesperadas. Ainda assim, o Absa Bank Moçambique demonstrou agilidade e capacidade de resposta, terminando o ano com uma performance financeira consistente e reforçando a sua posição no mercado.
Um dos pilares desta estratégia foi a centralidade do Cliente. Num contexto desafiante, antecipámos eficazmente as novas exigências das empresas que acompanhamos, consolidando relações de confiança e promovendo instrumentos financeiros diferenciadores, que contribuíram para mitigar riscos e acrescentar valor. Em paralelo, reforçámos substancialmente a nossa capacidade digital, promovendo uma interação mais fluida, segura e eficiente, o que permitiu intensificar a proximidade com os nossos interlocutores e expandir a nossa presença no mercado.
Patrícia Darsam, Directora da Banca Corporativa e de Investimentos do Absa Bank Moçambique
O nosso empenho na excelência foi reconhecido através de vários galardões, com destaque para a distinção atribuída pela Bolsa de Valores de Moçambique, que reconheceu o Absa como o maior banco de custódia para empresas registadas na Central de Valores Mobiliários. Este reconhecimento confirma o nosso contributo activo para o fortalecimento do mercado de capitais moçambicano e a promoção de relações sólidas e sustentáveis com os nossos stakeholders.
Apesar dos constrangimentos vividos no último trimestre do ano, o Absa demonstrou capacidade de reinvenção e inovação, reforçando a sua posição como instituição financeira de referência e reafirmando a nossa missão de sermos um parceiro de excelência para os agentes económicos e para o desenvolvimento nacional.
PM: O Absa Bank Moçambique tem uma presença significativa no País. Pode destacar os principais serviços que o Banco oferece no âmbito da Banca Corporativa e de Investimentos e como se diferenciam dos serviços bancários tradicionais?
PD: No Absa, a nossa abordagem à Banca Corporativa e de Investimentos (CIB) ultrapassa os modelos convencionais da banca tradicional. A nossa missão é conceber instrumentos financeiros especializados, diferenciadores e ajustados à realidade das empresas, que potenciem a sua rentabilidade e contribuam para a sustentabilidade dos seus negócios.
A diferenciação da nossa proposta reside na personalização e sofisticação das soluções, permitindo-nos disponibilizar respostas estruturadas que correspondem às necessidades concretas dos nossos interlocutores. No domínio do Financiamento Estruturado e de Projectos, disponibilizamos mecanismos adaptados a iniciativas de grande escala, assegurando o acesso ao capital essencial para a expansão das operações.
Em Trade Finance e Gestão de Risco Cambial, oferecemos ferramentas que permitem mitigar incertezas associadas a operações internacionais, garantindo maior previsibilidade e protecção. No Mercado de Capitais e Gestão de Activos, apoiamos os nossos parceiros na emissão de instrumentos de dívida, captação de recursos e diversificação dos seus investimentos.
Complementamos esta oferta com uma Banca Transacional moderna e Soluções de Pagamento baseadas em plataformas digitais e processos automatizados, assegurando eficiência e agilidade operacional.
A inovação digital é um dos eixos da nossa actuação, com investimento contínuo em tecnologia para garantir flexibilidade, velocidade de resposta e uma experiência fluida. Neste ecossistema, consideramos as fintechs aliadas estratégicas, cuja agilidade complementa a robustez da banca tradicional, permitindo-nos criar novas sinergias e oportunidades.
Adicionalmente, no segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME), assumimos um compromisso activo, oferecendo soluções ajustadas à realidade local e promovendo a capacitação através de parcerias com entidades do mercado e organismos multilaterais. Este sector é essencial para o dinamismo da economia, e o Absa pretende continuar a ser um catalisador da sua evolução.
No Absa, não nos limitamos a intermediar serviços financeiros. Posicionamo-nos como parceiros de negócio, entregando propostas relevantes e transformadoras, alinhadas com a ambição dos nossos clientes e com a dinâmica económica de Moçambique.
PM: Quais são as perspectivas do Absa Bank para o futuro da Banca Corporativa e de Investimentos no País?
PD: No Absa, encaramos o futuro com convicção e sentido de responsabilidade, reconhecendo em Moçambique um ecossistema com elevado potencial para avanços significativos. Identificámos cinco áreas prioritárias na nossa estratégia, em linha com os imperativos nacionais e as dinâmicas do mercado, com o objectivo de continuar a apresentar propostas financeiras inovadoras, eficazes e sustentadas.
Moçambique beneficia de atributos singulares: recursos naturais abundantes, corredores logísticos de relevo regional, uma costa com elevado potencial económico e terras aráveis com enorme capacidade produtiva. Estas condições conferem-lhe uma posição privilegiada como destino para investimento estruturado, tanto nacional como estrangeiro.
O nosso posicionamento é inequívoco: queremos crescer com Moçambique, apoiar activamente os nossos parceiros e contribuir para o reforço das bases produtivas do país, através da disponibilização de instrumentos estruturados, gestão estratégica de risco e apoio ao financiamento de projectos transformadores. O Absa continuará a afirmar-se como uma referência de confiança, promovendo um desenvolvimento económico inclusivo e sustentável.
PM: Para finalizar, quais as principais metas e prioridades do Absa Bank para 2025, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de soluções de financiamento e à gestão do capital humano?
PD: Em 2025, o Absa Bank Moçambique manterá o foco em consolidar a sua actuação como parceiro estratégico do tecido empresarial, promovendo mecanismos de financiamento adequados, sustentáveis e orientados para resultados.
As nossas prioridades incluem o reforço do apoio ao sector empresarial, com propostas estruturadas e flexíveis, ajustadas à realidade dos diferentes segmentos de mercado, com ênfase nos sectores com maior capacidade de geração de valor. Simultaneamente, apostamos na modernização das operações, através da integração digital e da inovação como motores de eficiência e competitividade.
Ao nível de capital humano, reconhecemos que o talento é o motor da nossa actividade. Sem as nossas pessoas, nenhuma ambição seria exequível. Por isso, continuaremos a valorizar e capacitar as nossas equipas, promovendo a formação, a especialização e o reconhecimento do mérito como pilares da nossa cultura organizacional.
Olhamos para o futuro com confiança numa evolução positiva do contexto macroeconómico, que nos permita ampliar o nosso impacto, dinamizar o ecossistema financeiro e atingir novos patamares de desempenho. Continuaremos a crescer com e para Moçambique, com uma actuação diferenciadora, ágil e orientada para o progresso sustentado.