Domingo, Junho 15, 2025
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Bill Gates procura talentos em Moçambique

O programa de recrutamento de africanos da gigante mundial de tecnologia Microsoft, fundada pelo norte americano Bill Gates, está agora em Moçambique em busca de profissionais como Engenheiros de Software.

A iniciativa surge no âmbito de um programa continental da iniciativa da Microsoft que pretende alcançar e recrutar talentos africanos para fazerem parte da sua força de trabalho para as equipas de Redmond, nos Estados Unidos, e Vancouver, no Canadá.

Segundo Claudio Silva, moçambicano e responsável pela implementação do programa “para esta vaga, a Microsoft procura recém-graduados ou estudantes finalistas de um curso de bacharelado ou mestrado em engenharias, ciência da computação ou áreas afins com capacidade de demonstrar conhecimento dos fundamentos da ciência da computação, incluindo estrutura de dados e algoritmos”, explica.

O processo de candidaturas arrancou em Agosto e abrange todo o território nacional, sem limites de idade e género. Os candidatos que forem selecionados serão convidados para a primeira fase das entrevistas. As vagas fecham assim que forem preenchidas após as entrevistas finais.

Para isso, Cláudio diz que há colaboração com as maiores universidades do país na divulgação do programa, na preparação e apoio aos candidatos, e também a dar a conhecer a cultura, as competências e os valores que a Microsoft procura, de modo a potencializar os skills dos estudantes e assim permitir que estes tenham preparação adequada que lhes permita chegarem à recta final no processo de recrutamento.

ARC sugere fim do monopólio da IMOPETRO na importação de combustíveis

Iacumba Ali Aiuba argumenta que em Moçambique existem outros interessados em importar combustíveis, estando vedados devido ao monopólio detido pela Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO.

Explicou que há instrumentos legais que foram aprovados num contexto, mas que se mostram ultrapassados actualmente, devido as dinâmicas da economia.

FMI alerta que situação económica mundial ainda vai piorar

Num discurso, na Universidade de Georgetown, em Washington, Kristalina Georgieva disse que acreditava que a situação “ainda vai piorar antes de melhorar”.

“A incerteza é muito elevada”, referiu, destacando os efeitos da guerra, apontando que pandemia que “ainda não desapareceu” e acrescentando também que “os riscos em torno da estabilidade financeira estão a crescer”.

A diretora-geral do FMI disse que a entidade estava novamente a descer as suas previsões para a economia mundial em 2023, projetando um crescimento económico inferior em quatro biliões de euros até 2026.

Georgieva disse ainda que a instituição já tinha descido as suas previsões de crescimento global três vezes e que esperava agora 3,2% para este ano e 2,9% para 2023.

A diretora-geral do FMI disse que a situação poderia ser resolvida por três prioridades para as economias, apelando, em primeiro lugar, a medidas que reduzam a inflação, impedindo que ela fique “entrincheirada” nos valores actuais. Ainda assim, disse que estes esforços devem ser equilibrados, porque senão podem empurrar “muitas economias para uma recessão prolongada”.

“Os bancos centrais têm de continuar a responder”, disse, “mesmo se a economia abrandar”.

A segunda prioridade, para Georgieva, passa por medidas orçamentais que protejam “as famílias e negócios mais vulneráveis”, avisando que estas medidas devem ser “muito bem direcionadas” e apelando aos países a que “não deem subsídios aos ricos”. A diretora-geral do FMI alertou ainda para os efeitos negativos de controlos generalizados de preços.

Por fim, Georgieva destacou a importância de apoiar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento.

Moçambique presente nas reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI

Um comunicado refere que, em Washington, o Ministro da Economia e Finanças deverá participar da reunião do Grupo de Trabalho de Alto Nível sobre Arquitectura Financeira Global com os Ministros Africanos das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico.

Max Tonela vai igualmente, manter encontros bilaterais com gestores de diversas instituições financeiras internacionais, com destaque para o presidente do Conselho de Administração do Afreximbank,  o director-executivo da Constituência Africana do Grupo 1 e com o director-executivo do Banco Africano de Desenvolvimento e representante de Moçambique na instituição.

O Ministro da Economia e Finanças vai tomar parte também, na Reunião Anual sobre a Ampliação da acção na redução do risco de desastres.

Olimpíadas Bancárias Millennium bim estão de volta

A iniciativa impactou a vida de mais de 4.000 estudantes, 200 professores em mais de 100 escolas secundárias da cidade e província de Maputo e Gaza. Esta edição contará, pela primeira vez, com a inclusão de temas tais como: princípios básicos sobre branqueamento de capitais e conservação do meio  ambiente.

Os alunos serão desafiados a desenhar  projectos sustentáveis para as suas comunidades à luz da temática sobre conservação e preservação do meio-ambiente.

Este ano, participam das olimpíadas bancárias as seguintes Escolas Secundárias: Esc. Sec. da Catembe, Esc. Sec. Incassane,Esc. Sec. da Munhuana, Esc. Sec do Aeroporto, Esc. Sec de Malhampsene, Esc. Sec. de Matlemele, Escola Secundária Filipe Jacinto Nyusi, Escola Secundária Nelson Mandela. Escola Secundária Bonifácio Groveta e Escola Secundária de Nkobe.

A iniciativa insere-se no programa de responsabilidade social “Mais Moçambique pra mim” e tem como objetivo contribuir para a educação e formação dos jovens moçambicanos através da introdução de conceitos bancários e de gestão de finanças pessoais, que promovam a sua inclusão financeira na sociedade.

CIP revela lista de empresas públicas financeiramente insustentáveis

O setor empresarial do Estado apresenta um elevado “risco fiscal”, sendo que muitas empresas públicas têm dificuldades em pagar as suas dívidas. De acordo com o estudo do CIP, as Linhas Aéreas de Moçambique, a TMCEL, a Aeroportos de Moçambique, a PETROMOC, a Eletricidade de Moçambique e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos são as companhias que mais contribuem para a deterioração do desempenho do setor empresarial do Estado.

Gift Essinalo, autor do estudo, diz, por exemplo, que as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) estão numa “situação alarmante”. A empresa “representa um elevado risco fiscal e poderá obrigar o Estado a assumir as suas dívidas”.

MELHOR GESTÃO: SALÁRIOS MAIS BAIXOS DOS GESTORES

O investigador diz que uma estratégia para minimizar o risco fiscal é criar mais condições legais para o Estado poder intervir na reestruturação das empresas.

Por outro lado, será necessário diminuir os salários dos gestores, com a introdução de “um quadro orientador da política salarial para os membros dos conselhos de administração das empresas do setorial empresarial do Estado”, diz Essinalo.

Já o economista Naimo Faquirá lembra, no entanto, que uma intervenção do Estado para reerguer as empresas poderá custar caro.

“Se o Estado sustentar todas as empresas, naturalmente que não vai ter recursos para satisfazer outras obrigações, como construir escolas, estradas e hospitais. Todo o dinheiro será desviado para cobrir essas despesas”, comenta Faquirá.

PR apresenta 5 mil jovens bolseiros do projecto Acredita Emprega

Na ocasião, Filipe Nyusi desafiou os beneficiários, depois da formação, a gerarem emprego para si e mais jovens.

No entanto, para se chegar aos 5750 jovens, concorreram mais de 12 mil dos distritos de KaMaxaquene na Cidade de Maputo, Matola, Manhiça e Matutuíne, na Província de Maputo.

“A nível nacional, o “Acredita Emprega” vai atribuir bolsas de formação profissional e serviços de apoio a mais de 20 mil jovens e providenciar uma subvenção financeira a mais de quatro mil”, disse Filipe Nyusi.

Ao todo, segundo escreve o “O País” serão abrangidos mais 51 distritos, nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Zambézia, Sofala, Manica, Tete e Nampula.

Os beneficiários serão formados em diversas áreas técnico-profissionais, como Serralharia, Electricidade, Informática, Mecânica, Culinária, Beleza e Estética e Costura.

“Os jovens têm a obrigação de se apropriar destes programas e destas iniciativas como forma de assegurar a sua melhor preparação e motivação para o mercado de trabalho, através do saber fazer”, referiu o Presidente da República.

Para a formação dos jovens, já existem 10 instituições privadas que recebem cerca de 71 500 milhões de Meticais. Na Cidade e Província de Maputo, os mil melhores candidatos vão ganhar um financiamento de cerca de 65 mil Meticais para implementarem os seus projectos.

O “Acredita Emprega”, que tem financiamento do Banco Mundial é a segunda componente do projecto “Emprega”, a primeira é o “Agora Emprega”, que dos 3020 concorrentes, na sua fase piloto, da Província e Cidade Maputo, selecionou 350 candidatos, que já estão em treinamento em matérias de negócios.

Os 50 melhores projectos terão um financiamento de cerca de um milhão e 500 mil Meticais.

Indicador de Clima Económico sobe no terceiro trimestre

“O ICEE registou um aumento ligeiro no terceiro trimestre” face ao trimestre anterior e em linha com a “recuperação iniciada no quarto trimestre de 2021”, lê-se no boletim do INE.

O “comportamento favorável” foi influenciado “pelas perspetivas de subida de emprego e da procura futura”.

Segundo o “Carta de Moçambique” a avaliação favorável do clima económico deveu-se “à apreciação positiva nos setores do comércio e de serviços”, enquanto os empresários do setor da produção industrial reviram “em baixa as suas atividades” em relação ao trimestre anterior.

O ICEE faz parte do boletim de Indicadores de Confiança e de Clima Económico uma publicação sobre a conjuntura de Moçambique, compilada com base num inquérito realizado pelo INE às empresas do setor não financeiro.

“O estudo expressa a opinião de agentes económicos acerca da evolução e perspetiva da sua atividade, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações de atividade”, explica a autoridade estatística moçambicana.

Receitas do gás natural da plataforma flutuante vão ao Fundo Soberano

De um lado, começa a produção de gás; do outro, o Governo já conta com as receitas do mesmo para fazer os primeiros depósitos no Fundo Soberano.

No documento a que “O País” teve acesso, definem-se dois momentos para a poupança das receitas do gás. O primeiro diz respeito aos primeiros 15 anos, período durante o qual 60% do que se encaixar do gás deverá ser canalizado ao Orçamento do Estado e os 40% restantes à Conta Única do Fundo; depois deste período, a partir do 16º ano, a repartição será pela metade.

Esta proposta difere-se da anterior, vinda do Banco de Moçambique, pelas percentagens. Enquanto o Banco Central sugeria que a divisão, entre o Orçamento do Estado e o Fundo fosse de 50%, a do Governo entende que o Orçamento merece 60% durante os primeiros 15 anos.

Assim sendo, já que a lei fala de 30 milhões de dólares a encaixarem-se este ano, o primeiro depósito deverá ser de 12 milhões de dólares.

 

Oxford Economics Africa prevê que Moçambique volte a subir taxas de juro

“Prevemos que a inflação continue a aumentar, para 12,4% no quarto trimestre deste ano face ao homólogo, o que poderá possivelmente desencadear uma nova subida da taxa de juro de política monetária (taxa MIMO) de 50 pontos base na próxima reunião de política monetária, a 30 de novembro”, escrevem os analistas.

Num comentário à mais recente subida da taxa de juro de referência em Moçambique, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, a Oxford Economics Africa diz que “a mais recente decisão do comité de política monetária sugere que esperam que a inflação se mantenha a dois dígitos nos próximos meses”, em linha com a previsão da consultora, que antevê um aumento dos preços acima de 12% este ano.

Na sexta-feira, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu aumentar a taxa MIMO em dois pontos percentuais, de 15,25% para 17,25%, argumentando com a inflação e o contexto internacional.

“A medida visa assegurar o retorno da inflação para um dígito, no médio prazo”, referiu o regulador em comunicado, acrescentando: “Perspetiva-se a manutenção da volatilidade dos preços dos produtos energéticos e alimentares a nível internacional, em face do prolongamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com potencial para desencadear uma espiral de aumento sustentado de preços a nível doméstico”.

As reservas internacionais moçambicanas têm “caído consistentemente, de 3,56 mil milhões de dólares, em julho de 2021, para 2,83 mil milhões em julho deste ano, com o banco central a intervir no mercado cambial para estabilizar o câmbio do metical nos 63,83 por dólar”, dizem os analistas, alertando que “uma queda contínua nas taxas de juro reais pode levar a saídas de capital, que colocariam ainda mais pressão nas reservas internacionais e minariam a capacidade do banco central para manter a taxa de câmbio”.

A inflação homóloga em Moçambique foi de 12,1% em agosto, o valor mais alto dos últimos quatro anos e 11 meses, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).