Domingo, Junho 15, 2025
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Investimento da Nigéria em Moçambique atinge 44 milhões de dólares

O investimento da Nigéria em Moçambique entre 2016 e 2021 está avaliado em mais de 44 milhões de dólares americanos, com maior destaque no sector bancário no país, o caso do United Bank for Africa, Access Bank e outras instituições bancárias.

Entretanto, o Governo entende que é imperioso alargar a margem de cooperação económica noutros sectores.

De acordo com o ministro da indústria e Comércio, Silvino Moreno, existem outras áreas que merecem maior destaque e que podem servir como elemento catalisador para ter acesso a mercados internacionais, e contribuir no desenvolvimento dos dois países.

“As cadeias de valor e nichos produtivos agrícolas com potencial agro-ecológico, a implantação de parques industriais e mercados abastecedores, na transformação e adição de valor de produtos agro-alimentares, incluindo pesqueiros, no sector de energia e recursos minerais e na exploração do gás natural na Bacia do distrito de Búzi e no sector das infra-estruturas e corredores logístico, bem como no sector do turismo”, detalhou Silvino Moreno, durante a abertura do Fórum de Negócios e Investimentos entre Nigéria e Moçambique.

Mas o apelo do ministro da Indústria e Comércio aos empresários moçambicanos não está apenas limitado nas potencialidades de Moçambique. Para o governante, o quadro legal do país e as medidas de estímulo à economia, anunciadas em Agosto, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, também servem de chamariz para os investidores estrangeiros.

Absa Bank Moçambique debate futuro da bancarização digital

O evoluir das sociedades foi fortemente testemunhado pelo desenvolvimento tecnológico, que influenciou o modus operandi das pessoas em diversos contextos, e a banca não é excepção, tendo apostado na oferta de serviços digitais. E foi este o grande tema debatido neste evento.

Para o Fundador e Presidente da Associação das Fintechs Moçambique, João Gaspar, “a banca digital é sustentada pelo sistema electrónico, onde, inclusive, os cartões de crédito são um exemplo de fintechs, ou seja, produtos financeiros totalmente digitais, nos quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação aos serviços tradicionais do sector.

As fintechs vieram revolucionar a forma como as pessoas  acedem aos serviços bancários e as instituições bancárias são um grande exemplo destas tecnologias nas quais as operações e pagamentos são efectuados digitalmente, um dos aspectos que, actualmente, concorre para os que bancos associem cada vez mais novos serviços digitais às plataformas de financiamento colectivo, agregadores de sistema de pagamentos e às insuretechs.”

Já a responsável pelos Canais Digitais, Voz e Físicos do Absa Bank Moçambique, Denise Cruz, debruçou-se sobre as vantagens e desafios dos canais digitais.

”As necessidades dos nossos clientes vão evoluindo e nós continuaremos a acompanhar esta evolução nos nossos canais digitais, proporcionando a facilidade em efectuar as transacções, de forma rápida, eficaz e segura, quer seja para pagamento de serviços, transferências entre contas e carteiras móveis até ao incremento de um financiamento”, referiu.

Denise Cruz acrescentou ainda que “temos recorrentemente comunicado as vantagens da utilização dos nossos canais digitais como forma de maximizar a migração dos clientes para estas plataformas, pois elas promovem comodidade nas transacções, reduzem o número de deslocações e maximizam o tempo, entre outros aspectos que nos têm tornado mais focados no cliente”.

Refira-se que o Absa foi galardoado com o título de ‘Melhor Banco Digital’ em 2021 pelo seu contínuo investimento em soluções de pagamento digitas através do Internet Banking, Absa App, Linha de Cliente e o Absa Móvel (USSD)”.

Empresários avaliam negativamente isenção do IVA nos produtos básicos

Falando numa Conferência de Imprensa, João Mathombe, da Associação dos Produtores de Óleos e Sabões (AIOPA) esclareceu que a isenção do IVA no Açúcar, Óleo Alimentar e Sabões não está a ter efeitos positivos no preço ao consumidor final.

João Mathombe aponta vários factores, sendo de destacar o aumento do custo das matérias-primas em cerca de 371,5% para os óleos e 62,2% para os sabões. Tendo em conta que, no mesmo período, os preços de mercado destes produtos subiram, respectivamente, 68% e 33%, pode-se concluir que esta subida dos custos das matérias-primas não foram repassados na totalidade para os preços do mercado.

Como resultado do trabalho de monitoria feito pela CTA sobre o impacto da isenção do IVA e, olhando para todas componentes, nota-se que, sem a isenção do IVA, o preço médio ao consumidor do óleo estaria MZM 146,25 contra os MZM 125,00 praticados no mercado, havendo um benefício claro de MZM 21,25 por litro; na componente dos sabões, nota-se que o preço médio, sem isenção, estaria MZM 73,71 contra os actuais MZM 63,00 praticados, um benefício estimado em MZM 10,71.

Os benefícios são, também evidentes no custo da cesta básica estimado em MZM 3 469,39 contra os MZM 4 059,18 que custaria, sem isenção do IVA, o que se consubstancia numa poupança estimada em MZM 589,79 para o consumidor.

“A CTA, com os seus membros, com destaque para a Indústria de Açúcar, Óleo Alimentar e Sabões, têm estado a trabalhar com o Governo visando encontrar soluções de equilíbrio a médio e longo prazo de modo a garantir a consolidação da indústria local e a competitividade regional e internacional”, esclareceu João Mathombe,

Para Mathombe, uma avaliação dos preços, sem tomar sequer em consideração o custo, quer da matéria-prima, bem como da produção, pode conduzir a resultados pouco realísticos.

MIREME quer mecanismo para captar receitas da mineração artesanal

O Secretário Permanente do MIREME, Teodoro Vales, reconheceu que milhares de pessoas em África praticam a mineração artesanal, com impacto considerável na produção de gemas, metais preciosos e material de construção na região.

No entanto, salientou Vales, foi necessário assegurar algum rendimento para os países envolvidos a partir deste crescimento.

“É necessário encontrar um mecanismo para captar as receitas desta actividade”, disse.

O Workshop Regional sobre Minas Artesanais e de Pequena Escala na Região da África Austral, no qual Vales falava, reúne 45 participantes dos países da região, incluindo representantes de serviços geológicos soberanos.

“Preocupa-nos que a contribuição desta produção para os cofres do Estado seja insignificante em Moçambique, enquanto a ilegalidade e a informalidade persistem no sector”.

Para fazer face à situação, MIREME está a desenvolver acções para mitigar o impacto negativo da mineração artesanal de pequena escala através de um censo dos mineiros artesanais concebido para recolher dados estatísticos sobre a actividade em Moçambique, bem como investigar o contrabando a fim de acabar com o tráfico ilegal de minerais.

Possível redução dos preços de combustíveis divide opiniões

Segundo escreve “O País”, à data dos factos, Max Tonela disse: “Projectamos que, pelo menos em Outubro, eventualmente em Novembro, possamos ter redução dos preços de combustíveis líquidos em Moçambique”.

Neste contexto, as gasolineiras travaram o entusiasmo que se possa ter criado, ao dizer que não há condições para que os preços baixem. Aliás, lembraram que estão a vender os combustíveis a um preço abaixo do aceitável.

Também veio a público o economista Tomaz Salomão a apelar ao bom senso entre as partes. Não se sabe se o bom senso terá prevalecido; o certo é que o último pronunciamento veio de Carla Louveira, vice-ministra da Economia e Finanças.

“Essa fixação de preços segue o regulamento existente, que é o decreto 89. Portanto, é nesse contexto que nós vamos fazendo análise da apreciação da evolução dos preços internacionais dos combustíveis e ver quais são as margens que existem para a alteração do preço a nível nacional”, disse a vice-ministra.

A dívida do Governo com as gasolineiras é um dos elementos a equacionar para essa manutenção dos preços.

“É um aspecto que estamos a debater em conjunto com as gasolineiras, e entendemos que está a ser equacionada nesta possibilidade de manutenção de preços”, acrescentou a governante.

Esta manutenção é, na verdade, um caminho que já tinha sido apontado por Tonela há meses, caso o Executivo não tivesse dinheiro para compensar as gasolineiras.

Conheça lista de alimentos cujos preços dispararam devido à crise global

Mandioca, milho, óleo de palma, arroz e trigo  são os alimentos básicos listados pelo FMI que registaram uma subida de preços, que nalguns casos duplicaram face aos constrangimentos dos últimos meses, como no preço na Nigéria da mandioca e do milho.

Os preços dos alimentos básicos na África subsahariana subiram em média 23,9% desde 2020, o maior aumento desde a crise financeira de 2008, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI), defendendo programas sociais bem direcionados e reformas que promovam a concorrência.

No entanto, os dados representam um aumento de 8,5% no custo da cesta básica de consumo, para além da subida generalizada dos preços”, escrevem os analistas do FMI num artigo assinado pelos economistas Cedric Okou, John Spray e D. Filiz Unsal.

TotalEnergies exclui Rússia dos seus objectivos comerciais

A petrolífera francesa TotalEnergies disse ainda que irá aumentar os investimentos e a produção de gás natural liquefeito, uma vez que definiu a sua estratégia para um futuro possível sem a Rússia – sem deixar de cortar as ligações, lê-se no Club of Mozambique.

Ao contrário de rivais como a BP e a Shell, a TotalEnergies manteve várias das suas participações na Rússia, que incluem importantes empresas comuns de GNL.

“Não há futuro com a Rússia nesta apresentação, menos Rússia, mais Estados Unidos”,  disse o chefe executivo Patrick Pouyanne,

À medida que a Europa se esforça por encontrar alternativas ao gás russo, a TotalEnergies afirma que iria aumentar as vendas de GNL em 3% ao ano até 2027 e aumentar a produção de GNL em 40% de 2021 a 2030.

No fim-de-semana, o grupo anunciou um grande investimento numa instalação de GNL no Qatar, uma vez que procura diversificar a sua produção fora da Rússia – um dos principais exportadores de GNL.

As despesas de capital serão aumentadas para 14-18 mil milhões de dólares por ano até 2025, de 13-16 mil milhões de dólares anteriormente, com investimentos que visam a energia eólica e solar, a poupança de energia, bem como a capacidade de GNL.

A empresa também disse que iria manter o seu programa de recompra de acções no valor de 7 mil milhões de dólares para 2022 e pagar um dividendo especial provisório de 1 euro por acção em Dezembro deste ano.

Os novos objectivos e o dividendo especial são susceptíveis de agradar aos investidores, mas o futuro dos investimentos russos da empresa – incluindo as participações minoritárias no Novatek russo, Yamal LNG e Arctic LNG 2 – continua a ser o elefante na sala, disseram os analistas.

O seu preço das acções mal subiu este ano, em comparação com aumentos de cerca de 20% para a Shell e a BP.

Fraco contributo da mineração artesanal preocupa MIREME

A preocupação foi expressa na província de Maputo, pelo Secretário Permanente do MIREME, Teodoro Vales, durante a abertura do Workshop Regional sobre Exploração Mineira Artesanal e de Pequena Escala (EMAPE) para a Região Austral de África, evento que junta 45 participantes oriundos dos países da região, e representantes dos serviços geológicos nacionais.

“Estamos preocupados porque o contributo dessa produção para os cofres do Estado é insignificante em Moçambique. Persiste a ilegalidade e informalidade neste sector”, disse Teodoro Vales, citado pela AIM.

Para reverter a situação, o MIREME está a desenvolver acções que visam mitigar impactos negativos da mineração artesanal de pequena escala, nomeadamente, a realização do censo de mineradores artesanais com objectivo de recolher dados estatísticos sobre a actividade no país, bem como mapeamento de rotas de contrabando de minerais para acabar com o tráfico.

Gemfields arrecada 42 milhões de dólares em leilão de pedras preciosas

As gemas foram extraídas no distrito de Montepuez no norte do país, pela Montepuez Ruby Mining Limitada (MRM), que é detida em 75 por cento pela Gemfields e em 25 por cento pela Mwiriti Limitada. No total, foram vendidas 3,6 toneladas de material (18,1 milhões de quilates).

De acordo com Adrian Banks, Director de Produto e Vendas da Gemfields, “as condições flutuantes prevalecentes no mercado das pedras preciosas coloridas fizeram deste um excelente momento para vender vários anos de inventário acumulado de qualidade comercial da MRM”.

Acrescentou, “agradecemos e felicitamos o governo de Moçambique e os nossos parceiros em Mwiriti – ambos os quais participaram no leilão – pelo que são resultados muito saudáveis para material desta qualidade”.

Gemfields salientou que “as receitas deste leilão serão totalmente repatriadas para a MRM em Moçambique, sendo todos direitos pagos sobre os preços totais de venda alcançados no leilão”.

A Montepuez Ruby Mining (MRM) detém uma concessão de 25 anos numa área de 340 quilómetros quadrados em Montepuez, na província de Cabo Delgado. Desde 2014, foram angariados mais de 830 milhões de dólares do leilão de rubis e outras jóias da mina.

Banco Mundial quer apoiar Projecto Hidroeléctrico de Phanda Nkuwa

Segundo o “Notícias” o interesse nesse sentido foi manifestada ontem, em Maputo, por Zayra Romo, líder de Programa de Infra-Estruturas no Banco Mundial, no quadro da realização, na capital do país, de uma conferência com os potenciais investidores estratégicos pré-qualificados no concurso para a selecção do parceiro para o desenvolvimento do projecto.

Zayra Romo disse, entretanto, que a sua instituição aguarda ainda uma solicitação formal do Governo moçambicano para que, dentro da estrutura interna do banco, se possa analisar o projecto e se tome a decisão consoante os montantes envolvidos.

Entretanto, a conferência juntou também o MIREME, o Ministério da Economia e Finanças (MEF), o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX) dentre outros actores não menos importantes.