Quarta-feira, Fevereiro 5, 2025
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FMI e parceiros aprovam novo pacote de financiamento para Moçambique

Parceiros de cooperação anunciaram que vão disponibilizar 667 milhões de dólares, nos próximos três anos, para mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19 em Moçambique.

Segundo a DW citando a agência Lusa que cita o comunicado conjunto dos parceiros internacionais, trata-se de um valor total referente a “diversas iniciativas em curso e planeadas, visando apoiar o país a fazer face à Covid-19”.

Em finais de março, num encontro com parceiros internacionais, Moçambique anunciou que precisava de 700 milhões de dólares para cobrir o buraco orçamental face à Covi-19. Um montante que vai servir também para a construção de hospitais, tendo em conta que há distritos sem este tipo de estrutura no país.

Metade do valor total, 309 milhões de dólares, foi disponibilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e, segundo o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, vários outros parceiros manifestaram a intenção de apoiar o país, com destaque para o Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e a União Europeia.

O anúncio foi feito no final do 2.º Fórum de Cooperação e Desenvolvimento, que reuniu os parceiros e o Governo moçambicano para discutir questões relacionadas com a crise da pandemia da Covid-19. “Foram abordadas as questões macroeconómicas, a proteção social e as medidas de mitigação a adotar, assim como o apoio dos parceiros para fazer face à crise”, lê-se no documento.

O Governo reiterou a revisão em baixa da previsão de crescimento do PIB de 4% para 2.2%, antevendo que esta contração venha a ter um efeito “severo sobre as contas nacionais”, acrescenta.

Moçambique poderá registar um crescimento econômico de 1.4% este ano

Moçambique poderá ter um crescimento económico positivo este ano. Segundo o FMI, a estimativa é de 1.4 por cento. Porém, a instituição espera que os países da África Subsaariana no geral registem uma contração económica na ordem de 3.2 por cento.

Entre os Países Africanos da Língua Portuguesa, Moçambique é o único que vai registar um crescimento económico positivo este ano, apesar dos efeitos do novo coronavírus. Em 2021, o crescimento do país poderá atingir 4.2 por cento.

Angola poderá registar uma contracção económica de 4 por cento, Cabo Verde uma recessão de 5.5% e Guiné-Bissau uma queda da economia de 1.9 por cento. Estas estimativas constam no mais recente relatório do FMI sobre as “Previsões Económicas para a África Subsaariana”, divulgado recentemente.

De acordo com o FMI, este ano, os países africanos vão precisar de um financiamento de 102 mil milhões de dólares e a instituição financeira internacional, está com um défice de cerca de 44 mil milhões.

Depois que a pandemia da COVID-19 estar sob controle, o FMI diz que vai fazer uma análise sobre a sustentabilidade da dívida dos países africanos.

 

Sasol abandona pesquisas nos blocos 16/19

A petrolífera sul-africana Sasol renunciou a uma licença de pesquisas por hidrocarbonetos ao largo da costa Moçambicana depois de avaliar o potencial de exploração e o impacto ambiental, anunciou em comunicado.

Após uma avaliação do potencial de exploração e uma avaliação do relatório da fase de pré-viabilidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a Sasol decidiu renunciar à sua licença de pesquisa nos Blocos 16/19 da costa de Moçambique”, referiu a empresa.

Os blocos estão situados a este e nordeste do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, primeira área de conservação marinha de Moçambique, ao largo da província de Inhambane. A petrolífera recebeu a licença em 2005 e realizou pesquisas em águas profundas até 2013, focando-se depois nas águas rasas. Face à “sensibilidade ambiental da área”, a Sasol promoveu um estudo através da firma Golder & Associates de consultoria especializada em meio ambiente que contribuiu para a decisão.

“A Sasol devolverá o Bloco 16/19 na sua totalidade ao Governo de Moçambique”, sendo que “já foi enviada, às autoridades moçambicanas relevantes, uma notificação de retirada”, concluiu. A Sasol explora reservas de gás desde 2004 em Temane e Pande, em terra, na província de Inhambane, com gasodutos para a África do Sul e Maputo, alimentando ainda a central elétrica moçambicana de Ressano Garcia, na província de Maputo.

Na mesma área ‘onshore’ onde tem a produção, a petrolífera mantém atividades de pesquisa e desenvolvimento, além de ser parceira em pesquisas num outro bloco (A5-A) em alto-mar na bacia de Angoche, ao largo do centro do país.

FONTE: Lusa

Clipping original: https://www.sasol.com/media-centre/media-releases/sasol-relinquishes-blocks-16-19-license

Instituições se juntam para debater o impacto da Covid-19 no negócio das PMEs

O Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME), em parceria com o Absa Bank Moçambique e a Vodacom Business, realizaram recentemente, através da plataforma Zoom, uma sessão de Networking virtual denominado “PME Especial Webinar”.

O evento centrou-se na análise do impacto da Covid-19 no negócio das PME e apresentar as principais soluções digitais da Vodacom Business para este segmento, para além da partilha de outras informações de cariz empresarial. A iniciativa visa promover serviços digitais e medidas alternativas, como forma de mitigar as preocupações sobre a sobrevivência dos negócios, em particular para este segmento, numa altura em que muitas foram obrigadas a suspender as actividades para frear o avanço da Covid19.

Banco de Moçambique prorroga medidas para incentivar pagamentos electrónicos

O Banco de Moçambique decidiu prolongar por mais três meses as medidas tomadas para incentivar o uso de sistemas de pagamentos eletrónicos face à pandemia da covid-19.

De acordo com o comunicado enviado pelo Banco de Moçambique, os bancos vão deixar de cobrar encargos e comissões para transacções efectuadas através de canais digitais até ao limite máximo diário de 5.000 meticais para clientes singulares, excepto no caso de levantamentos em caixas automáticas.

As carteiras móveis de moeda eletrónica usadas através de dispositivos móveis deixam de cobrar encargos e comissões nas transferências entre clientes até ao limite máximo diário de 1.000 meticais.

Os limites por transação nessas mesmas carteiras móveis foram aumentados e as comissões e os encargos a serem cobrados para os novos limites não devem ser superiores ao máximo do preçário em vigor.

Outras medidas decididas pelo regulador do sistema financeiro nacional, incluem a redução para metade das comissões e encargos nas transferências entre os bancos e instituições de moeda electrónica, para clientes singulares.

“A adopção das medidas não isenta o cumprimento das normas e procedimentos relativos à prevenção e ao combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”, nota o Banco de Moçambique.

PME capacitadas em gestão de negócios

As pequenas e médias empresas (PME) moçambicanas vão beneficiar, entre os dias 10 e 14 de Agosto, de um programa de imersão empresarial, denominado #Ideate Bootcamp, promovido pelo Standard Bank, através da sua Incubadora de Negócios, em parceria com a Eni Rovuma Basin (ERB), no âmbito da promoção de ligações comerciais e oportunidades para este segmento de empreendimentos.

Esta formação, que será orientada de forma virtual, tem como objectivo apoiar as PME na validação dos seus modelos de negócio, de forma a garantir a sua sustentabilidade e escalabilidade. Ela surge no âmbito da implementação do Plano de Conteúdo Local do Projecto Coral Sul.

Durante cinco dias, os participantes vão obter ferramentas e utilizar metodologias que irão permitir desenhar, avaliar, melhorar e comunicar os seus modelos de negócio.

Entretanto, são elegíveis a este programa empreendimentos formalmente registados em Moçambique, com pelo menos dois anos de actividade e com receita anual comprovada, devendo, para o efeito, apresentar um alvará válido, uma cópia do Boletim da República, o registo comercial, a prova do endereço comercial e o Número Único de Identificação Tributária (NUIT) da empresa.

Empresas baseadas na província de Cabo Delgado, criadas por mulheres ou por jovens empreendedores, bem como as que adoptam princípios de economia circular são estimuladas a candidatarem-se.

Moçambique anuncia para breve o nono relatório sobre a transparência na Indústria Extractiva

O País está a preparar o nono relatório sobre a transparência na indústria extractiva, referente às contas de 2019. Este documento, deverá ser divulgado no mês de Dezembro próximo.

A iniciativa de transparência na indústria extractiva, foi aderida pela primeira vez em 2009, e neste ínterim, o Executivo já publicou um total de oito relatórios, todos eles aprovados pelo secretariado técnico da ITIE.

O nono relatório que será divulgado em Dezembro, segundo a coordenadora nacional da ITIE, Isabel Chuvambe, vai incluir questões relacionadas com os custos recuperáveis, acordos de troca e despesas parafiscais.

Em Moçambique, Há cada vez mais empresas do sector mineiro e de hidrocarbonetos a aderirem à iniciativa de transparência na indústria extractiva. Refira-se que no último apurou-se uma discrepância mínima entre os valores declarados pelo Estado e pelas empresas do ramo extractivo. Em 2017, por exemplo, a diferença foi de 0,09% e 1,07% no ano seguinte.

Comércio entre China e países de língua portuguesa atinge US $ 51,8 bilhões

De acordo com o Macau Hub o comércio de mercadorias entre a China e os países de língua portuguesa atingiu US $ 51,775 bilhões no período de janeiro a maio de 2020.

Este valor representa um declínio de 12,0% em relação ao ano anterior, segundo dados revelados pelas das Alfândega da China.

Somadas todos os países de língua portuguesa venderam mercadorias no valor de US $ 37,1 bilhões para a China nos primeiros cinco meses de 2020 – uma queda de 12,93% em relação ao ano anterior.

Já o valor das exportações de mercadorias da China para esses países atingiu US $ 14,675 bilhões no mesmo período, uma queda de 9,56% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais chineses.

O valor total das mercadorias comercializadas em Maio entre as partes superou US $ 9,947 bilhões, um aumento de 0,88% em relação ao mês anterior.

O valor das importações de mercadorias da China dos países de língua portuguesa atingiu

US $ 6,997 bilhões, um aumento de 1,76% ao mês, de acordo com dados oficiais chineses.

A China vendeu produtos para esses países no valor de US $ 2,95 bilhões em Maio, uma queda de 1,15% em comparação com o mês anterior.

 

Fonte: Macauhub.com.mo

BNI oferece 1.6 bilião de meticais as empresas afectadas pela Covid-19

O Banco Nacional de Investimento (BNI) apresentou, duas linhas de financiamento para evitar a falência das empresas moçambicanas afectadas pela pandemia da COVID-19.

A primeira janela de financiamento, denominada Gov.COVID-19, tem um crédito de mil milhões de meticais financiados por fundos do Estado, que se acresce aos 600 milhões de meticais de um empréstimo obrigacionista do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

Os valores serão desembolsados pelo Banco Nacional de Investimento às micro, pequenas e médias empresas moçambicanas arrasadas pela COVID-19, sendo que o mesmo irá compreender duas fases de financiamento.

Segundo o Presidente da Comissão Executivo (PCE), Tomás Matola, as taxas de juro a serem aplicadas pelo BNI serão competitiva e em função da categoria de cada empresa elegível ao empréstimo. Ou seja, os juros variam entre 6 e 12%.

As linhas de financiamento do Banco Nacional de Investimento definiram como um dos critérios de elegibilidade, empresas sem dívida com a banca até 31 de Dezembro de 2019.

O Standard Bank prevê recuperação da economia nacional só em 2021

Standard Bank

A economia moçambicana só irá recuperar da recessão a partir do ano 2021, prevê o economista-chefe do Standard Bank, Fáusio Mussá. Os investimentos no gás natural da Bacia do Rovuma é que vão tirar o país da recessão prevista para este ano pelo banco.

O comentário do economista é feito uma semana após o Fundo Monetário Internacional (FMI) prever um crescimento de 1.4 por cento para a economia moçambicana este ano.

“No nosso cenário base actualizado, o crescimento do PIB abranda dos 1,7% registados durante o primeiro trimestre de 2020 para -3,3% durante o segundo trimestre de 2020, permanecendo em recessão durante o resto do ano, a -1,0% para o terceiro trimestre de 2020, e -0,9% para o quarto trimestre de 2020, surgindo a recuperação a partir de 2021, suportada pelo investimento nos projectos de gás natural em curso (Coral FLNG e Mozambique LNG), com valores de investimento superiores a 35 mil milhões de USD”, comentou Fáusio Mussá.

Mussá faz a observação no relatório PMI do Standard Bank, que revela que de 12 e 25 de Junho, o sector privado nacional registou um declínio considerável devido às medidas de isolamento impostas pelo Estado de Emergência, situação que contribuiu para a quebra da actividade de várias empresas, em termos globais, no mês passado.

Entretanto, de acordo com o documento, a taxa de declínio da actividade do sector privado foi a mais lenta desde Março último.

Segundo o relatório PMI “As condições de procura registaram igualmente um abrandamento, à medida que as novas encomendas caíram abruptamente no sector privado. Isto levou a que as empresas reduzissem a aquisição de meios de produção e limitassem os stocks”.