Wednesday, September 17, 2025
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Inhambane tem plano para promover suas potencialidades turísticas

O Parque Nacional de Zinave está em processo de recuperação. Naquela área de conservação foram realocados 317 animais de diversas espécies em 2016. Um ano depois, 783 animais chegaram àquele parque. Em 2018, a área do santuário do mesmo parque passou de seis mil para 18 mil hectares.

Com o repovoamento completo previsto para 2021, pretende-se atrair para Zinave investimento privado no sentido de potenciar o turismo de interior.

Segundo o administrador do Parque Nacional de Zinave, António Abacar, está previsto, para este ano, o desenvolvimento de um plano estratégico de turismo, o qual prevê a concessão, no próximo ano, de três áreas para instalar estâncias turísticas no Zinave.

O governador de Inhambane diz que além de turismo de sol e praia, a província também pretender se fazer conhecer pelo ecoturismo.

De acordo com Daniel Chapo, ao potenciar Zinave pretende-se despertar e lembrar aos moçambicanos e ao mundo que as áreas de conservação da província, em particular o Parque Nacional de Zinave, desempenham um papel importante para o turismo de contemplação. E também constituem uma escola onde os jovens podem observar ao vivo os animais e as plantas que normalmente vêm pela televisão.

Para Daniel Chapo, a visão é tornar Zinave um autêntico destino turístico, estabelecendo a ligação entre o turismo de sol e praia costeiro e o turismo interior. A ideia visa ainda tornar a zona na primeira área de conservação a ser visitada a caminho dos parques transfronteiriços do Grande Limpopo. 

O governador falou ainda da necessidade de tornar a cultura num activo económico para a província, de modo que ela contribua para a “melhoria das condições de vida dos fazedores da arte e cultura”.

Daniel Chapo acrescentou que com estes desafios mobiliza-se a coragem de incentivar a criação de condições para consolidar o destino Inhambane no mapa nacional e internacional como referência incontornável para os visitantes da SADC.

O Parque Nacional de Bazaruto, o Parque Nacional de Zinave, a Reserva de Pomene e o Santuário de Quewene são as áreas de conservação existentes em Inhambane e que no ano passado renderam ao Estado mais de 26 milhões de meticais pela prática de turismo.

Potencial de energias renováveis estimado em 23 mil Gigawatt em Moçambique

Um estudo conclui que Moçambique possui um enorme potencial de energias renováveis estimado em 23 Terawatt (TW), ou seja, 23 mil Gigawatt que pode ser transformado em milhares de projectos de electrificação para responder à crescente procura.

Do potencial existente no país, o estudo aponta que podem ser criados 500 projectos de energias renováveis, com destaque para hidroeléctricos, assim como eólicos solares, de biomassa e geotérmicos, com capacidade para utilizar cerca de sete Gigawatt.

Com o título “Atlas das Energias Renováveis de Moçambique: Recursos e Projectos para Produção de Electricidade”, o livro foi produzido com base em um estudo realizado entre 2011 e 2013, tendo tido participação de muitas equipas técnicas nacionais e internacionais.

No tocante ao recurso hídrico (resultante de água), o estudo identificou 1.400 projectos com 18,6 Gigawatts (GW) de potencial hidroeléctrico. Deste número, 351 projectos que podem explorar 5,6 GW de energia e têm pré-viabilidade técnica e económica, refere o estudo.

Moody’s: Moçambique depende do gás para inverter subida da dívida

A Moody’s estima que a dívida pública de Moçambique fique acima de 100% pelo menos até 2025 e antevê um crescimento de 3% este ano e acima de 5% em 2021.

A agência de notação financeira Moody’s considera que Moçambique vai ter dificuldades em inverter a tendência de dívida elevada, que este ano deverá ultrapassar os 100% do PIB, dependendo da evolução do sector do gás.

“Com o impacto do novo coronavírus no crescimento económico de Moçambique, e na sua posição externa e orçamental, fragilizando ainda mais o metical face ao dólar, esperamos que a dívida pública exceda os 100% do PIB a curto prazo, e a longo prazo é incerto que o país consiga reverter esta tendência face ao nível elevado”, lê-se na análise anual à economia moçambicana.

No relatório, a que a Lusa teve acesso, a Moody’s escreve que “a capacidade de inverter a trajectória da dívida vai depender essencialmente da recuperação económica e das melhorias da posição externa do país, mas em ambos os casos a evolução do sector do gás natural liquefeito vai ser essencial, o que é incerto devido ao ambiente actual de baixos preços”, acrescenta-se no relatório.

A dívida pública “vai provavelmente aumentar nos próximos anos, potenciada pelo endividamento crescente das empresas públicas, em particular a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos”, que precisa de financiar a participação nos projectos de exploração de gás no norte do país.

A Moody’s estima que a dívida pública fique acima de 100% pelo menos até 2025 e antevê um crescimento de 3% este ano e acima de 5% em 2021.

Desafios e Oportunidades do Sector Industrial

Tópicos a serem abordados: Estatísticas industriais para o planeamento e investimento: produção, -gestão e interpretação estratégica de dados do sector produtivo – INE Conteúdo local e diversificação: benchmarking de empresas.

O evento sera transmitido nas seguintes plataformas: ZOOM, STV PLAY, STV NOTÍCIAS E LINKEDIN.

Clica AQUI para se registar.

O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO NA INDÚSTRIA

Tópicos a serem abordados:

  • Viabilização da continuidade dos negócios das empresas.
  • Transformação da continuidade dos negócios das empresas – GAPI
  • KK Transformação produtiva e tecnológica das empresas – BCI
  • Coaching e capacitação das empresas para acesso a produtos e serviços financeiros – Standard Bank

Programa:

  1. Apresentação Dr. Oldemiro Belchior Director da banca investimento, do Millennium Bim (3 min)
  2. Apresentação Tomás Matola, PCA do Banco Nacional de Investimento, BNI (3 Min)
  3. Apresentação Sara Faquir , Representante da Idea Lab (3Min) ZOOM
  4. Apresentação Dr. Salimo Valá, Bolsa de Valores de Moçambique (3Min) ZOOM
  5. Moderador/ Oradores //Intervenções do painel (20 min)
  6. Perguntas
  7. Intervenção Rogério Samo Gudo – Presidente da AIMO ZOOM
  8. Debate geral (30 min)
  9. Comentários finais do painel (15 min)
  10. Encerramento (5 min)

LOCAL: ZOOM, STV PLAY, STV NOTÍCIAS E LINKEDIN

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92 centros de saúde vão beneficiar de Energia Solar

A iniciativa Power África liderada pelo Governo dos Estados Unidos da América anunciou hoje 2,6 milhões de dólares em subsídios para nove empresas de energia solar africanas, onde se inclui uma de Moçambique.

A beneficiária é a Solar Works que vai eletrificar 92 centros de saúde rurais na província de Sofala, centro do país, e garantir a sua manutenção durante cinco anos. A falta de manutenção é uma das principais razões para que muitos sistemas fiquem inoperacionais pouco depois de ativados.

O comunicado não especifica quanto será atribuído à empresa moçambicana, mas refere que a totalidade dos subsídios a distribuir na África Subsariana vai beneficiar 288 unidades de saúde.

Um total de 60% dos espaços dedicados à saúde na África Subsariana não tem acesso a eletricidade e dos que têm, apenas 34% dos hospitais e 28% dos centros têm um acesso fiável e 24 horas por dia, refere a iniciativa em comunicado.

Conselho de Ministros aprova propostas de PES e Orçamento de Estado para 2021

Filimão Swaze, porta-voz do Conselho de Ministros
Filimão Swaze, porta-voz do Conselho de Ministros

O Governo aprovou, em sessão do Conselho de Ministros, as propostas de Plano Económico e Social (PES) e Orçamento de Estado (OE) para 2021, que serão em breve submetidos ao Parlamento para aprovação.

As linhas do PES foram avançadas pelo porta-voz do Conselho de Ministros (CM), Filimão Swaze, no final da 35ª sessão ordinária do órgão, e apresentam uma projecção de crescimento económico tão modesto quanto deste ano.

“O Plano Económico e Social prevê um crescimento de 2,1%, manter a taxa de inflacção média anual em cerca de 5%” apontam os números divulgados pelo porta-voz do CM.

A proposta aponta ainda como objectivos do PES, “alcançar um valor de 3.768,8 milhões de dólares americanos, em exportação de bens e 3.273 milhões de dólares americanos de reservas Internacionais Líquidas (RIL)”, o equivalente a 6,8 meses de cobertura das importações de bens e serviços factoriais, que do resto, corresponde ao que tem sido a média dos últimos anos.

Orçamento de Estado:

A proposta orçamental apresenta um crescimento em quase todos os níveis, comparativamente à lei orçamental em vigor. Dos números já avançados consta que uma arrecadação fiscal de mais de 309 biliões de Meticais, cerca de 30 por cento acima do que foram as previsões deste ano, e um défice de 41 biliões de Meticais, perto da metade do que foi do orçamento inicial para 2020.

Depois de cinco anos sem contar com ajuda orçamental dos parceiros internacionais, nomeadamente, o FMI, para o próximo ano, o Governo está animado e conta com o regresso dos doadores.

“Temos estado a assistir ao retorno das entidades que têm estado a apoiar o nosso Orçamento de Estado e esperamos que essa tendência seja crescente à medida que vamos reganhando a confiança dos mercados internacionais, pelo que a entrada do FMI não será nenhuma surpresa nesta onda de retorno dos nossos parceiros” vaticinou.

Ainda na sessão tida recentemente, o executivo apreciou a proposta de revisão da Lei do SISTAFE, tendo como objectivo principal, trazer mais eficácia ao sistema, em função da realidade actual.

Mais de 900 empresas concorreram a linha de financiamento em Moçambique

No total, 925 empresas concorreram a linha de financiamento disponibilizada pelo Governo face ao impacto da covid-19 e, segundo o presidente do Banco Nacional de Investimento (BNI), Tomás Matola, a procura por apoio foi maior do que a instituição esperava, havendo um défice de 8,4 mil milhões de meticais para responder à demanda.

“Estamos a trabalhar com os nossos parceiros para ver se conseguimos incrementar este valor e muito provavelmente vamos conseguir”, declarou Tomás Matola, durante uma conferência de imprensa que marcou o encerramento da submissão de candidaturas para a linha de financiamento.

Segundo a fonte, as empresas do ramo comercial foram as que mais pediram o apoio, com 37 %, seguido do setor da hotelaria e turismo, com 10 %, sendo que os restantes pedidos foram de empresas de áreas como a agricultura, transporte, construção, educação, entre outras. Do total de pedidos, 515 (55%) são de empresas do Sul do país, 230 do Centro e 180 do Norte de Moçambique, acrescentou Tomás Matola.

Das propostas que o BNI recebeu, pelo menos 225 já foram analisadas e, deste número, a entidade aprovou 100, 50% das quais de empresas da zona Sul, 35 do Centro e 15 do Norte. Dos 1,6 mil milhões de meticais disponíveis para as empresas, mil milhões foram disponibilizados pelo Governo e 600 milhões são do BNI.

O fundo foi anunciado em maio pelo Governo moçambicano, no âmbito das medidas económicas visando a mitigação dos efeitos do novo coronavírus. A taxa de juro do financiamento será de 8% a 12%, em função do perfil de risco do devedor, mas sempre abaixo da taxa de juro de referência (‘prime rate’) fixada pelo Banco de Moçambique e Associação Moçambicana de Bancos.

O fundo destina-se ao apoio à tesouraria e às necessidades de investimento e aquisição de equipamento das empresas, bem como a manutenção e geração de novos postos de trabalho face ao efeito do novo coronavírus.

Moçambique prepara-se para cair no ranking do Doing Business

Depois de fechar 2019 na 135ª posição do relatório que mede a facilidade de se fazer negócio em 190 nações, as coisas podem ter piorado para Moçambique nos últimos meses. Embora 2020 não esteja a ser fácil para nenhum país, Moçambique enfrenta mais do que a pandemia da Covid-19.

Os cada vez mais proeminentes conflitos em Cabo Delgado estão a deixar a situação económica mais difícil ainda. O vídeo que viralizou nas redes sociais mostrando uma mulher indefesa sendo cruelmente espancada e assassinada deixou o país em choque, levantando debates vigorosos sobre a eficiência das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Em paralelo, a Amnistia Internacional (AI) que já vinha denunciando a actuação das FDS em supostas atrocidades naquela zona, pediu uma investigação sobre o caso. A mesma solicitação foi feita pela Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e reforçada por outras organizações.

Mas a esta altura trata-se de uma investigação de pouca valia, pois o estrago está feito e é tarde demais para adiar seus efeitos. De forma isolada, a Covid-19 demonstrou força suficiente para abalar a economia nacional e não são poucos os sectores que sofreram gravemente. A isso soma-se a instabilidade que se vive em Cabo Delgado, dois problemas que já colocam Moçambique numa posição difícil.

Os ataques terroristas em Cabo Delgado vão e já estão a retrair investimentos no país. Entretanto, existe um outro conflito no centro do país que compete para tornar a já instável situação económica, pior. Os ataques armados nas províncias de Sofala e Manica também deixam investidores hesitantes e com dúvidas sérias sobre se vale a pena investir no país ou não. O Banco de Moçambique sabe e admitiu isso em declarações do próprio Governador.

Ora, as principais vias rodoviárias de Sofala constituem corredores comerciais importantes já que se comunicam com o Porto da Beira, ponto estratégico para a importação e exportação de mercadorias. Por conseguinte, a insegurança nas estradas daquela província abalam o Comércio Internacional.

No relatório de 2019, o Doing Business considerou que os portos moçambicanos analisados “tendem a superar os portos vizinhos da Tanzânia e da África do Sul”, em termos de preço e tempo de importação e exportação. Mas como é natural se trata de uma vantagem que não pode ser segurada por muito tempo enquanto os conflitos perdurarem.

Seria preciso um milagre para o país segurar sua posição de vantagem, melhorar e subir no ranking. De qualquer forma, mesmo sem colocar o Doing Business em perspectiva, a situação de Moçambique é claramente pouco convidativa para atrair novos investimentos.

Por um lado, os ataques em Cabo Delgado e no centro do país dão bases para se concluir que há medo de investir no país. Por outro, não vimos melhorias significativas em outras áreas de negócio, tais como: abertura de empresas, registo de propriedades e execução de contratos.

De forma geral, muitas das instituições que lidam com tais questões estiveram a funcionar a meio gás por causa das medidas impostas para a prevenção da Covid-19. Daí que de um jeito ou de outro é quase certo que a posição do país não está assegurada.

Agro-Jovem recompensa honestidade e determinação dos empreendedores

Mais de 300 mil meticais para reforço de negócios, entregues a empreendedores que desenvolveram os seus negócios e garantiram a criação de postos de trabalho, cumprindo com as suas obrigações.

Duas empresas lideradas por jovens, baseadas nas cidades de Nacala e Cuamba receberam da Gapi, um incentivo em forma de“investimento social”num montante que totaliza 320 mil MT por terem bom desempenho e cumprido o contrato de financiamento no âmbito do programa Agro-Jovem.

Estas duas empresas, que, conjuntamente, empregam 20 pessoas das comunidades onde estão inseridas, são pertença de Filomino Gonçalves e Isaías Emiliano e Abdul Buana e Juvêncio Burine, respectivamente. Ambas operam no ramo avícola.

A “Mualakhu”, termo que significa galinha em Macua, está no negócio de criação e comercialização de frango de corte; a “VetService” presta serviços de formação e apoio a criadores e venda de ração para cães e aves.

“Este valor vai fazer com que consigamos adquirir mais produtos, remédios e ração dos animais, e expandir ainda mais os nossos serviços na província de Nampula. Estamos gratos por este prémio que é um reconhecimento por termos conseguido honrar com o financiamento” – declarou o co-proprietário da Vet Service, Isaías Emiliano.

O instrumento de “investimento social” faz parte de um incentivo concebido pela Gapi-SI no âmbito do Agro-Jovem, que prevê a devolução aos beneficiários de uma parte do valor do capital financiado e reembolsado. São elegíveis os empreendedores que apresentem bom desempenho nos seus negócios e cumpram com o contrato de financiamento.

“Estes são dois exemplos claros da importância de implementar projectos com uma abordagem que combine financiamento com assistência técnica em mentoria e orientação na gestão de negócios. Quando se é jovem e se começa um negócio as dificuldades, barreiras e riscos são enormes. Precisam deste tipo de apoio e metodologia de assistência que a Gapi disponibiliza nos seus programas.” – afirmou Edwina Ferro, coordenadora do programa Agro-Jovem.

O Agro-Jovem é um programa financiado pela Danida e lançado pelo Chefe do Estado em 2015, com o objectivo de apoiar as instituições de ensino a estimular o empreendedorismo no seio dos jovens recém-formados em matérias relevantes para o desenvolvimento de negócios com impacto positivo na segurança alimentar.

Até finais de Agosto e além de actividades de formação abrangendo cerca de 2500 jovens técnicos envolvendo 20 instituições de ensino,o programa financiou 265 empreendedores em todo país num montante da ordem de um milhão de dólares. Cerca de 40 por cento dos beneficiários operam nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.