Domingo, Maio 5, 2024
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Presidente da República projecta ganhos de 75 Milhões de dólares com exportações de gás natural

Durante o informe anual sobre o Estado Geral da Nação, o Presidente Filipe Nyusi revelou que as receitas provenientes do gás natural extraído pela Plataforma Flutuante (FLNG) do projecto Coral Sul, na bacia do Rovuma, poderão atingir 75 milhões de dólares, representando um impulso significativo para os cofres do Estado.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou nesta Quarta-feira, 20 de Dezembro, que as receitas provenientes do gás natural extraído pela Plataforma Flutuante (FLNG) do projecto Coral Sul, na bacia do Rovuma, poderão alcançar a marca de 75 milhões de dólares. Esta notícia foi divulgada durante o informe anual sobre o Estado Geral da Nação.

Nyusi destacou que até o final do ano corrente, a plataforma Coral Sul completará 41 carregamentos. Ele ressaltou que o gás moçambicano já está sendo consumido na Europa e na Ásia, traduzindo-se em ganhos substanciais para o país. Até o momento, 39 carregamentos foram realizados, beneficiando não apenas a economia nacional, mas também as comunidades locais em Cabo Delgado, especialmente nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia.

O primeiro carregamento de GNL partiu da FLNG em Novembro de 2022, marcando o início de um contrato de compra e venda de 20 anos com a BP Poisedon. O projecto Coral Sul FLNG, com capacidade de liquefacção de gás de 3,4 milhões de toneladas por ano, visa produzir 4,7 três mil milhões de pés cúbicos de gás natural do vasto reservatório Coral.

Nyusi reiterou que o projeto LNG Mozambique, liderado pela TotalEnergies, poderá retomar no próximo ano, graças aos esforços do Governo na melhoria da segurança em Cabo Delgado. O projecto foi suspenso devido a ataques terroristas, que recentemente diminuíram devido à intervenção das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, apoiadas pelo Ruanda e pela Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM).

Apesar dos desafios, o país mostra optimismo em relação ao sector de gás natural, contribuindo não apenas para a economia, mas também para a estabilização de Cabo Delgado, que enfrentou ataques terroristas desde Outubro de 2017, resultando em uma crise humanitária com mais de três mil vidas perdidas e mais de 900 mil pessoas deslocadas.

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