Domingo, Maio 5, 2024
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Sector de castanha de cajú reergue-se no país

A indústria nacional de processamento da castanha do caju está a recuperar dos impactos negativos da queda do preço da amêndoa no mercado internacional e da Covid-19, nos últimos três anos.

Esta melhoria deriva de esforços empreendidos com vista a permitir o aumento da produção e produtividade, vistos como essenciais para a sustentabilidade e revitalização deste sector.

A informação foi partilhada, há dias, pelo vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, durante a primeira sessão do comité de amêndoas realizada em Maputo.

“A indústria nacional de processamento com uma capacidade de 110 mil toneladas tem vindo a se reerguer e a retomar os anteriores níveis de crescimento, depois dos abalos registados nos últimos três anos”, afirmou Banze.

Recentemente, os produtores e empresas da cadeia de valor da castanha de cajú aprovaram novos preços de compra da amêndoa ao produtor.

Num encontro havido em Maputo, os produtores defendiam o preço de 40 meticais o quilograma, contra os 30 meticais propostos pela Associação Industrial do Caju (AICAJU).

Entre debates e concertações, os intervenientes da indústria da castanha de caju estabeleceram os 37 meticais por quilo como o custo ideal para as partes, no âmbito do respeito ao esforço dos produtores e da sustentabilidade das empresas que compram o produto.

Como está a indústria no país?

A indústria de processamento da castanha de cajú é uma das que sofreram enormes constrangimentos com a decadência da industrialização no país. Além das fábricas que se dedicavam à transformação da borracha, produção de baterias, de calçados, algumas desta amêndoa também não escaparam.

Na cidade de Xai-Xai, por exemplo, até meados da década de 2000, operava naquela que é a capital de Gaza, a MOCITA, fábrica de processameto de castanha de caju. A unidade de fabril chegava a receber mais de 40 mil toneladas da amêndoa.

No entanto, a fábrica, já lá se vão mais de 15 anos que não funciona. O Governo, entretanto, está a tentar revitalizar a indústria nacional e já corre um estudo que visa mapear a situação industrial no país.

Nesse processo, perto de 8 mil empresas industriais de todo o país estão ser abrangidas pela iniciativa denominada “Mapeamento Geral da Indústria Transformadora”, desenvolvida pelo Ministério da Indústria e Comércio, desde o passado mês de Julho.

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