O Banco BiG Moçambique divulgou recentemente a 1ª edição do estudo de mercado sobre Investimento Institucional em Moçambique – 2024. Com a realização deste estudo, pretende-se proporcionar ao mercado moçambicano informação sobre as perspectivas macroeconómicas e opiniões por parte dos principais intervenientes do sector acerca do contexto actual e futuro de investimentos em Moçambique.
Foram inquiridos os serviços como, Sociedade Gestora de Fundos ou de Activos Financeiros, Fundo de Pensões, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões e Seguradoras, nos quais, os respondentes foram CEOs, CFOs, e Gestores de Investimentos, respectivamente.
As conclusões sobre os diversos indicadores que constam deste estudo são apresentadas de uma forma agregada, no sentido de transmitir a opinião do sector no seu todo.
O estudo teve a participação de um perfil misto de participantes, dentre eles gestores de investimentos ou responsáveis por cargos similares de empresas de seguros, sociedades gestoras de fundos de pensões, sociedades gestoras de fundos ou activos financeiros, institutos de previdência social e outros.About WorO benchmark mais comum usado entre os gestores para avaliação dos retornos das suas carteiras de investimento é a taxa dos bilhetes de tesouro (69% dos gestores). Por outro lado, 15% dos inquiridos mencionaram não usar nenhum benchmark.
Para a escolha de investimentos, os gestores consideram factores como a rentabilidade de investimentos, a consistência dos rendimentos e o nível de risco, como os factores mais relevantes.
Em contrapartida, a fiscalidade aplicável, a maturidade dos investimentos assim como os custos associados, mostraram-se ser de menor importância no momento da escolha dos investimentos.
Verifica-se ainda que os critérios ESG estão a tornar-se um critério relevante quando se trata da escolha de investimento.
Para 2024, os inquiridos prevêem aumentar a sua exposição a BTs (69%), Papel Comercial (38%) e imobiliário (38%). Por outro lado, 77% dos inquiridos pretende diminuir a exposição a acções não cotadas, 62% a OT’s e 46% a acções cotadas e caixa e Depósito à Ordem.
Para 2024, a maioria dos inquiridos (77%) responderam que prevêem uma manutenção ou redução das taxas de rentabilidade de BTs e OTs em 2024.
85% dos gestores demonstraram optimismo em termos do crescimento do negócio em 2024. Em contrapartida, os restantes estimavam um abrandamento do negócio ou uma estagnação.
69% dos gestores prevê um aumento no número de empresas concorrentes no sector. Por sua vez, daqueles que prevê em o aumento, 67% são empresas de seguros.
Sumário das Conclusões
Para o ano 2024, 54% estima um crescimento do PIB entre 5% e 7,5%, ao passo que, quase metade dos gestores estima que as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) irão manter-se nos níveis actuais em 2024.
Num outro prisma, verifica-se que, acima de 80% dos inquiridos consideram a instabilidade política e o elevado endividamento público como os principais riscos para a economia, e cerca de 50% dos participantes prevê o levantamento da “força maior” da TotalEnergies no 2º semestre de 2024.
O estudo descreve igualmente, que 38% dos investidores estimam uma redução da taxa MIMO em 150bps no 3º trimestre de 2024. A taxa média de Bilhetes do Tesouro (BTs) é usada como benchmark na avaliação da rentabilidade da sua carteira de investimentos por cerca de 69% dos participantes.
A rentabilidade dos investimentos e a fiscalidade foram seleccionados como os factores mais relevante e menos relevante, respectivamente, na seleção de investimentos. Para os próximos 12 meses, 69% dos inquiridos pretendem aumentar a sua exposição em BTs. Em contrapartida, 62% pretende reduzir a sua exposição em OTs.
E por fim, 85% dos gestores consideram 2024 um ano em que o volume de negócio da sua actividade deverá registar um crescimento e 69% prevê um aumento do número de empresas concorrentes no seu respectivo sector.
Leia o estudo completo, em: Estudo de Mercado do Investimento Institucional