Segunda-feira, Junho 16, 2025
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Analista moçambicano fala dos resultados frutíferos da iniciativa Cinturão e Rota

A política de Xi Jinping é de estar comprometido com o povo chinês e de ter prometido nunca o decepcionar, que tem levado o país asiático a enveredar pelos caminhos diplomáticos e políticos com foco na cooperação em diversas áreas, afirmou o analista político moçambicano, Gil Aníbal.

Para ele, é devido a esta visão, na última década, que o mecanismo de cooperação internacional da iniciativa Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês) alcançou resultados muito frutíferos, no qual mais de 150 países e mais de 30 organizações internacionais assinaram com a China documentos relevantes dessa cooperação em diversos sectores vitais no contexto sócio-económico e político.

“Por exemplo, em 10 anos, a cooperação do Cinturão e Rota alcançou resultados e estabeleceu mais de 3 mil projectos de cooperação e galvanizou mais de US$ 1 trilhão em investimento, criando uma série de pontos de referência nacionais, projectos de subsistência e marcos de cooperação”, recordou.

Anotou que destes, um grande número de projectos de infraestruturas de transporte foi lançado, impulsionando muito o desenvolvimento dos parceiros da BRI.

Segundo o Gil Aníbal, os dados do Banco Mundial estimam que, até 2030, a infraestrutura de transporte da BRI, se totalmente implementada, deverá trazer um aumento na renda global de 0,7% a 2,9%, tirando mais de 7,6 milhões de pessoas da pobreza extrema e 32 milhões de pessoas da pobreza moderada.

A BRI se tornou a maior força motriz e de alavancamento para o desenvolvimento verde global, dando ênfase na mensagem do antigo subsecretário-geral da ONU Erik Solheim que igualmente sublinha a importância da realização das políticas do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional liderado pela China.

Moçambique e China cooperam há décadas em várias áreas

O terceiro Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional será realizado neste mês de outubro, para o qual Moçambique é parte convidada. Falando das relações China-Moçambique, Gil Aníbal afirmou que os dois são países parceiros estratégicos de cooperação com muita confiança política mútua, e cooperam há várias décadas em diversas áreas, desde infraestruturas, energia, agricultura e pesca, manufactura, transporte, comunicações, turismo, cultura, imobiliária e comércio.

Gil Anibal classifica a cooperação dos dois países como seguidores das regras de mercado, e o financiamento da China em Moçambique resulta de estudos de viabilidade e da avaliação sobre a solução económica e comercial, no sentido de garantir que cada projecto seja um sucesso no mercado com os seus devidos efeitos económicos e sociais.

Na área de infraestrutura, a China, em parceria com o governo moçambicano, construiu a Estrada Circular de Maputo, a ponte Maputo-Katembe, a Estrada Nacional N.º 6, o porto de pesca, na cidade da Beira, o aeroporto de Xai-Xai e o Centro Cultural Moçambique-China. E no contexto empresarial, as empresas chinesas estão a promover projectos rodoviários, ferroviários e instalações hídricas e participam na indústria petrolífera na pesquisa e produção de gás natural.

De lembrar que, a China igualmente promove acordos de cooperação que visam a proteção ambiental, melhoria do ambiente ecológico e preservação da diversidade biológica no qual, Moçambique é também parte interessada.

O analista acrescentou ainda que são importantes os projectos de energia verde limpa, eficiente e de qualidade com foco no desenvolvimento do futuro dos países parceiros.

Estes projectos estão intimamente ligados à vida quotidiana das pessoas e destinados a melhorar o bem-estar das mesmas em áreas de redução da pobreza, tecnologia agrícola e educação profissional aumentando efectivamente os padrões de vida das pessoas nos países parceiros da iniciativa Cinturão e Rota, disse.

 

Leia também em: https://portuguese.cri.cn/2023/10/12/ARTIL9aG3be0km2IM5L5MPjM231012.shtml

Fundação SPROWT e PIONEER promovem a 2ª edição de “Women on Boards Moçambique” em Maputo 

Decorre de 30 de Outubro a 3 de Novembro do ano em curso, a segunda edição do Women on Boards Moçambique (WoB), na cidade de Maputo, um programa de formação que visa preparar mulheres de empresas, instituições e organizações dos sectores privado e público.

Estas mulheres são consideradas como tendo potencial para integrarem órgãos de administração, gestão e de fiscalização ou que pertençam a estes órgãos, com o interesse de desenvolver competências.

A iniciativa é da PIONEER Leadership Network for Women in Africa, a ser executada pela Academia SPROWT em parceria com a VDA Academia.

Mais concretamente, o programa tem como objectivos, o desenvolvimento de conhecimentos e de competências em áreas fundamentais, para o exercicio de funções em órgãos de administração e fiscalização, incluindo em matérias de gestão, assuntos jurídicos e comportamentais.

Visa alargar a rede de contactos e partilha de experiências com oradores principais (keynote speakers), formadores e formandos, provenientes de diversas empresas, instituições e organizações de referência e, igualmente, visa traçar uma matriz de conhecimento para a resolução de situações do âmbito empresarial.

O WoB é composto por cinco categorias, nomeadamente a de gestão, digital, jurídica, soft skills e Sustentabilidade. Haverá um workshop que vai ser dirigido por um keynote speaker. O evento tem o potencial de abordar questões sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s).

Vai decorrer em formato presencial e contará com formadores nacionais e internacionais especializados em diversas áreas, para conferir à formação uma abordagem multidisciplinar.

Eni e parceiros decidem investimento da segunda plataforma até meados de 2024

A empresa italiana Eni SpA espera chegar a uma decisão final de investimento na sua segunda plataformacflutuante de Gás Natural Liquefeito (GNL) denominado Coral Norte, até ao final de Junho do próximo ano, disseram, na terça-feira, duas fontes directamente envolvidas no projecto.

O Presidente do Conselho de Administração da Eni, Claudio Descalzi, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, vão deslocar-se a Moçambique e à República do Congo no final desta semana para reforçar os laços entre a Itália e estes países, onde a Eni está a desenvolver projectos de GNL.

O primeiro projecto de GNL da Eni, denominado Coral Sul, tornou o país africano num produtor e exportador global de GNL a partir de Novembro de 2022 e o novo projecto reforçaria ainda mais a produção de Moçambique.

A segunda plataforma vai aumentar a produção de gás da Eni em África, que poderá ser transferida para a Europa, ajudando a diversificar o abastecimento de gás da Europa nos próximos anos, afirmou o seu CEO, Claudio Descalzi, em Janeiro passado.

“Trabalho feito? Ainda não. Está 90% concluído e o nosso objectivo é ter a DFI (Decisão Dinal de Investimento) durante o primeiro semestre de 2024”, disse uma das fontes, acrescentando que o navio flutuante de GNL começará a produzir e a exportar dentro de quatro anos.

Uma Decisão Final de Investimento é um ponto no desenvolvimento de um projecto em que é assumido um compromisso de investimento importante e é efectivamente visto como o avanço final.

A Eni é o operador do projecto Coral Sul, mais de dois terços do qual é propriedade conjunta da Eni, da Exxon Mobil e da CNPC da China. A empresa portuguesa de energia Galp, a Korean Gas Corp. e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) são os parceiros minoritários com 10 por cento cada.

O campo de gás localizado na Bacia do Rovuma, ao largo da costa moçambicana, denominado campo Coral, está estimado em 500 mil milhões de metros cúbicos de gás natural.

O Coral Sul produz actualmente 3,5 milhões de toneladas de GNL e o novo navio de GNL poderá duplicar a produção, disse a fonte.

 

Hidrocarbonetos: contratos de concessão com ENI e CNOOC rubricados ainda este ano

O Governo poderá, até Dezembro próximo, assinar contratos de concessão com as empresas vencedoras do Sexto Concurso de pesquisa e produção de hidrocarbonetos, anunciadas recentemente pelo Instituto Nacional de Petróleos (INP). Trata-se da ENI e CNOOC Hong Kong Limited, companhias italiana e chinesa, respectivamente.

De acordo com Nazário Bangalane, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INP, as sessões técnicas para esclarecimento dos termos contratuais estão a ter avanços e “constituem um progresso assinalável no processo de concessão dos 6 blocos adjudicados durante o Sexto Concurso”.

“Volvidos quase dois anos desde o lançamento do concurso, satisfaz-nos imensamente o facto de termos conseguido esclarecer a maior parte das inquietações que os investidores têm apresentado à nossa equipe técnica”, afirmou o PCA.

De acordo com o INP, o interesse demonstrado pelas empresas vencedoras do oncurso em investir na pesquisa e produção de hidrocarbonetos em Moçambique, é uma evidência da importância das bacias sedimentares do país e do potencial energético de que Moçambique dispõe no âmbito da transição enrgética.

A  expectativa, segundo o INP, é que ao ser rubricados os contratos, que poderão estar vigentes num período mínimo de 8 anos, “permitirão que as empresas operadoras consigam maturar o processo de pesquisa, de tal modo que se garanta que mais recursos sejam produzidos, com particular ênfase para o gás natural, assegurando a injecção de uma energia mais limpa e acessível ao mercado nacional e internacional.

O Sexto Concurso foi lançado em Novembro de 2021 em Maputo. As sessões técnicas decorrem no edifício sede do INP e deverão estender-se até o final de Outubro.

Central de energia solar da Syrah Resources já está operacional

A Syrah Resources, empresa de extração de grafite, conseguiu colocar em pleno funcionamento o seu sistema híbrido de energia solar e baterias nas suas operações de Balama, na província de Cabo Delgado, norte do país.

A empresa anunciou, na quarta-feira, que o sistema solar fotovoltaico (PV) de 11,25 MWp, que incorpora 20 832 módulos solares com uma área de superfície de 53 800 m2, foi totalmente integrado com um sistema de armazenamento de energia em bateria (BESS) de 8,5 MW/MWh.

Prevê-se que o sistema solar e de baterias contribua com, pelo menos, 35 por cento das necessidades médias de energia de Balama, reduzindo significativamente o consumo de gasóleo e as emissões de carbono equivalente do produto em Balama e produzindo poupanças de custos associadas.

Segundo o Mining Weekly, o sistema solar e de baterias pode suprir unicamente as necessidades de energia de Balama durante os períodos de pico de luz do dia com a central a funcionar, e continuamente se a central não estiver a funcionar.

A central de produção de energia a gasóleo de Balama (grupos geradores a gasóleo) fornecerá as necessidades de energia de base durante a noite e as necessidades de energia adicionais durante o dia, tendo em conta a irradiação solar, a disponibilidade de energia do sistema híbrido solar e de baterias e a procura global de energia no local.

A empresa informou os accionistas que nos testes operacionais realizados durante dez dias da recente campanha de produção de Balama, foi possível obter um fornecimento integrado de energia a partir do sistema híbrido de energia solar e baterias e dos grupos geradores a diesel.

Com 33 por cento do consumo total de energia fornecido  pelo sistema híbrido de energia solar e baterias, juntamente com uma poupança média de 34 por cento no consumo de diesel por KWh de energia gerada, equivale a uma poupança de cerca de 16 mil litros de diesel por dia.

TotalEnergies promove sessões de sensibilização sobre direitos humanos

A multinacional petrolífera TotalEnergies, com o apoio do Departamento de Direitos Humanos da sua sede, está a promover uma série de sessões de sensibilização sobre os direitos humanos em Moçambique, tendo como foco a província nortenha de Cabo Delgado, onde está desenvolver um projecto de exploração de gás natural.

Na semana finda, a companhia, através da TotalEnergies EP Mozambique Área 1 Limitada, operadora do projecto Mozambique LNG, organizou este tipo de sessões nas cidades de Maputo, Pemba e na vila de Palma, os últimos dois locais em Cabo Delgado.

Em comunicado de imprensa, a TotalEnergies explica que estas iniciativas surgem no prosseguimento de outras organizadas em 2022, que “contaram com a participação de trabalhadores da companhia, parceiros implementadores dos projectos socioeconómicos da empresa em Cabo Delgado, instituições públicas e privadas, organizações internacionais, organizações da sociedade civil e parceiros multilaterais de cooperação no país.”

“As sessões debruçaram-se sobre a abordagem da TotalEnergies em matéria de direitos humanos e sobre aspectos relacionados com direitos humanos e trabalho, direitos humanos e comunidades locais, e direitos humanos e segurança”, afirma a cmpanhia.

Segundo a nota, as sessões incluíram discussões sobre a identificação de potenciais sinergias entre diferentes actores para abordar os desafios actuais e aproveitar as oportunidades existentes para uma maior promoção dos direitos humanos em Cabo Delgado.

O projecto Mozambique LNG é o primeiro desenvolvimento em terra de uma fábrica de gás natural liquefeito (GNL) no país. O projecto inclui o desenvolvimento dos campos Golfinho e Atum, localizados na Área 1 Offshore, e a construção de uma fábrica com duas unidades de liquefacção com capacidade de 13,12 milhões de toneladas por ano (MTPA).

CEO da Exxon Mobil Moçambique diz que transição energética justa é crucial

Onde há falta de recursos energéticos, há pobreza humana e não é justo que cerca de 700 milhões de pessoas no mundo não tenham acesso à electricidade. A informação é de Arne Gibbs, Director Geral da Exxon Mobil Moçambique, Limitada, na sua intervenção durante a Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique, em Maputo.

O gestor da firma, ciente dos desafios energéticos do país, garantiu que a Exxon vai dar o seu contributo para tornar a matriz energética nacional sustentável.

“Nós pensamos que países como Moçambique merecem mais, muito mais. O acesso à energia é fundamental para o mercado doméstico como para alimentar outras regiões”, considerou Gibbs.

A fonte argumentou que a energia é fundamental para, em primeiro lugar, melhorar a qualidade da vida e depois alimentar as indústrias.

Gibbs afirmou que o mundo vai conhecer, nos próximos anos, uma procura em alta, por exemplo, do gás natural, e Moçambique tem a vantagem de ser um dos produtores deste recurso.

“50 por cento da procura de gás natural é para a produção de electricidade e 40 por cento para o uso industrial. Há oportunidades para Moçambique, porque o mundo vai precisar de novos recursos energéticos como de gás natural”, apontou Gibbs.

Falando a diversos participantes de cadeia de valor de petróleo e gás, o CEO da Exxon mencionou alguns mercados para onde o gás de Moçambique pode chegar e desempenhar um papel fundamental.

“Vemos um crescimento comercial de gás natural na América do Norte e a tendência vai aumentar no futuro. Também podemos ver o crescimento de produção em África e isso inclui um crescimento significativo na procura interna de gás, o que vai dar lugar ao aumento de exportações de GNL, implusionadas por Moçambique e Nigéria”, apontou o responsável.

Transição energética entre os temas das reuniões anuais de Banco Mundial e FMI

A transição energética para a redução de emissões de carbono na natureza é um dos assuntos de relevo que vão dominar as reuniões anuais de alto nível do Banco Mundial e Fundo Monetário Inetrnacional (FMI), que decorrem em Marrakesh, capital do Reino de Marrocos.

Moçambique está presente nestes encontros e a delegação moçambicana é chefiada por Rogério Lucas Zandamela, governador do Banco Central e Coadjuvado por Amílcar Paia Tivane, Vice-Ministro da Economia e Finanças.

Segundo uma nota do Ministério de Economia e Finanças (MEF), as reuniões anuais do GBM e do FMI juntam ministros das Finanças e do Desenvolvimento, governadores de Bancos Centrais, organizações internacionais, executivos do eector privado, representantes de organizações da sociedade civil e académicos.

As cúpulas visam discutir assuntos relacionados com financiamento concessional, bem como as opções para fazer face às vulnerabilidades crescentes da dívida e o seu processo de reestruturação.

Moçambique participará de diferentes encontros com destaque para as reuniões estatutárias incluindo a constituência Africana no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional, da plenária das reuniões anuais, a palestra de alto nível sobre desenvolvimento de capacidades para o empoderamento económico de África no meio de choques compostos.

Igualmente, participará da reunião dos Ministros das Finanças e dos governadores dos Bancos Centrais da Commonwealth, incluindo encontros bilaterais com destaque para Departamento Africano do FMI.

Rogério Zandamela, Governador do Banco de Moçambique, participará ainda como Orador na Mesa Redonda sobre Insustentabilidade da Dívida Soberana no Sul Global.

À margem das Reuniões Plenárias, o Vice-Ministro da Economia e Finanças estará presente do seminário sobre Minerais Críticos para Transição Energética com vista a partilhar a visão do país para a sua exploração e aproveitamento dos recursos minerais, para o benefício do povo moçambicano.

Para o presente ano, o tema central das Reuniões Anuais é “Acção Global, Impacto Global”, em tornos das incertezas quanto aos compromissos da comunidade doadora internacional para financiamento das actividades e iniciativas das agendas globais de desenvolvimento.

Empresa Linde avança na implantação de turbinas de hidrogénio

A Linde Clean Energy, empresa multinacional de gás e produtos químicos americano-alemã, avança que as turbinas a gás que foram recentemente instaladas, em Moçambique, já estão a 75 por cento preparadas para gerar o hidrogénio.

A firma está a concentrar-se na utilização do hidrogénio para descarbonizar a indústria, afirmou Timothy Carmichael, gestor sénior de desenvolvimento empresarial da empresa , numa intervenção na recente conferência Hydrogen Africa.

“Para nós, Siemens Energy, estamos concentrados em garantir que as nossas turbinas a gás estão prontas para utilizar o hidrogénio. Até 2030, todas as nossas turbinas estarão 100% preparadas para utilizar hidrogénio gasoso”.

A empresa também está a aumentar a sua produção de electrolisadores de hidrogénio, à medida que mais indústrias avançam para a descarbonização das operações, e uma fábrica de 1 GW deverá estar operacional em novembro, avança a Mining Weekly.

A Siemens Energy, empresa-mãe da Linde, pretendia aumentar a sua produção de electrolisadores em cerca de 1 GW por ano, acrescentou.

Entretanto, a Linde obtém actualmente 3 mil milhões de dólares das suas receitas anuais com as vendas de hidrogénio e um dos principais factores de diferenciação da empresa é o facto de possuir e operar 80 electrolisadores utilizados para a produção de hidrogénio.

“Estamos agora a tentar tirar partido da nossa experiência para aumentar a capacidade e aumentámos as nossas instalações de produção de electrolisadores, incluindo electrolisadores de membrana de permuta de protões, para 24 MW por ano”.

“Temos experiência em toda a cadeia de valor do hidrogénio, incluindo a reforma a vapor, as tecnologias de electrolisadores e a síntese de amoníaco/metanol. Estamos também a fazer investimentos em activos para apoiar a transição”, acrescentou.

A conferência Hydrogen Africa realizou-se em Joanesburgo, África do Sul, a 28 de Setembro passado.

 

 

 

Investimentos no Gás Natural Liquefeito vão fazer cerscer o PIB aos 5,1% em 2024

Standard Bank prevé um crescimento acelerado do Produto Interno Bruto (PIB) para 5,1 por cento em 2024, após os 4,6 por cento deste ano. Essa tendência crescente será apoiada pelo investimento em Gás Natural Liquefeito (GNL) no país.

Os dados constam do indicador económico utilizado para medir o desempenho e a actividade do sector de indústria ou serviços de um país (PMI) elaborado pelo Standard Bank e referente ao mês de Setembro passado.

O relatório, aponta, igualmente, para uma inflação de 5.9 por cento para o final de 2024, situação que se vai reflectir, devido a riscos decorrentes de eventos climáticos e da volatilidade dos preços dos combustíveis.

O PMI refere que a inflação manteve-se ligeira até Setembro, como resultado do aumento mais lento dos preços globais dos meios de produção desde Fevereiro, os encargos com a produção aumentaram em menor escala.

Até o final de 2023, o PMI prevé um novo abrandamento da inflação para 4,8 por cento, mas “com um crescimento mais lento do PIB fora do sector dos recursos naturais, que atingiu um nível de 2,5%, ano a ano, no segundo trimestre de 2023 e, provavelmente, atingirá uma média de 2,1% este ano, tendo descido de 3,9% no ano passado”, diz o economista-chefe do Standard Bank,  Fáusio Mussá.

No contexto macroeconómico, Mussá refere que observou-se uma redução no défice da conta corrente da balança de pagamentos, excluindo os grandes projectos, para 26,5 por cento do PIB no segundo trimestre de 2023, após 29,8 por cento do PIB em 2022. Verificou-se igualmente uma nova descida do rácio da massa salarial do Estado em relação à receita para 53,5% no segundo trimestre de 2023, em relação a 69,3% em 2022.

“Estes desenvolvimentos, em conjugação com o abrandamento da inflação, com o valor mais recente de 4,9% ano a ano em Agosto, após um pico de 13% em Agosto de 2022, sugerem que o Banco Central poderá começar a considerar um corte nas taxas de juro, na reunião de Novembro do Comité de Política Monetária (CPMO)”, afirmou Mussá.