Quarta-feira, Maio 15, 2024
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Kenmare muda sua mina de dragagem

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A empresa irlandesa Kenmare Resources, que explora areias pesadas na província de Nampula, deslocou com sucesso a sua draga de Topuito, no distrito de Larde, para Pilivili, no distrito de Moma. 

O equipamento, com peso total de 8,700 toneladas, é composto pela Planta de Concentração Úmida (WCP), a própria draga e uma barcaça. Foi percorrido por uma estrada de 23 quilômetros de extensão e 66 metros de largura, construída especialmente para esse fim. É a primeira vez que uma  operação desta dimensão é realizada em África. 

A mudança começou no dia 14 de setembro e foi concluída no dia 25 do mesmo mes. O gerente geral das operações da Kenmare, Higino Jamisse, disse aos jornalistas que a transferência rodoviária, embora mais cara do que a alternativa de desmontar o equipamento e remontá-lo, foi escolhida por implicar uma interrupção mais curta da mineração. 

A opção de desmontar o equipamento e depois remontá-lo em Pilivili “teria sido mais barata”, disse, “mas a duração da paralisação teria sido muito longa. Estimamos uma paralisação de seis meses, mas a retirada dos equipamentos da rodovia, como acabamos de fazer, reduz a interrupção para cerca de dois meses ”. 

“Preferimos pagar mais pela opção, o que nos levaria a uma retomada mais rápida da produção”, disse Jamisse. “A mineração aqui em Pilivili começa em 1º de novembro. Tudo está alinhado e estamos satisfeitos ”. 

Mesmo assim, esperava-se uma redução de 20 por cento na produção este ano. Os custos da mudança foram inicialmente estimados em 106 milhões de dólares, mas Jamisse espera que o valor final suba um pouco. 

Jamisse disse que toda a operação, apesar de sua enorme escala e natureza delicada, ocorreu sem incidentes, e a segurança de todos os envolvidos foi garantida. “Foi muito trabalhoso garantir a segurança dos envolvidos e das comunidades”, continuou.

 “A operação foi inédita e, pelo tamanho do equipamento que estava sendo movido, chamou muita atenção. Colocamos um cordão de segurança muito forte no lugar ”. 

A mudança foi realizada usando veículos de plataforma chamados de transportadores modulares autopropelidos (“SPMTs”) por um empreiteiro especializado em elevação e transporte. A draga já foi colocada em pedestais de concreto em seu destino.

DFI da ExxonMobil pode ser prorrogada para 2022

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O Novo Boletim Económico do Moza Banco prevê prorrogação do anúncio da Decisão Final de Investimento da ExxonMobil para depois do próximo ano. As mexidas nas previsões anteriores têm a Covid-19 como principal motivo.

Devido à pandemia, a gigante americana registou, pela primeira vez na história, prejuízos consecutivos nos resultados trimestrais, traduzidos em perdas acumuadas de 1.7 bilião de dólares no primeiro semestre de 2020. Um cenário influenciado também pela queda das cotações internacionais de combustíveis. 

Outro motivo que poderá influenciar o adiamento do anúncio da Decisão Final de Investimento da ExxonMobil, de acordo com o Boletim Económico do Moza Banco (que cita analistas internacionais) é o aumento, para o dobro, do volume total da dívida da empresa ao longo do primeiro semestre de 2020. 

Nos primeiros seis meses do ano, a dívida da empresa americana aumentou em 23 biliões de dólares. O acréscimo da dívida justifica-se pela manutenção das despesas (Opex e Capex) e com pagamentos de dividendos aos seus investidores.

Inhambane tem plano para promover suas potencialidades turísticas

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O Parque Nacional de Zinave está em processo de recuperação. Naquela área de conservação foram realocados 317 animais de diversas espécies em 2016. Um ano depois, 783 animais chegaram àquele parque. Em 2018, a área do santuário do mesmo parque passou de seis mil para 18 mil hectares.

Com o repovoamento completo previsto para 2021, pretende-se atrair para Zinave investimento privado no sentido de potenciar o turismo de interior.

Segundo o administrador do Parque Nacional de Zinave, António Abacar, está previsto, para este ano, o desenvolvimento de um plano estratégico de turismo, o qual prevê a concessão, no próximo ano, de três áreas para instalar estâncias turísticas no Zinave.

O governador de Inhambane diz que além de turismo de sol e praia, a província também pretender se fazer conhecer pelo ecoturismo.

De acordo com Daniel Chapo, ao potenciar Zinave pretende-se despertar e lembrar aos moçambicanos e ao mundo que as áreas de conservação da província, em particular o Parque Nacional de Zinave, desempenham um papel importante para o turismo de contemplação. E também constituem uma escola onde os jovens podem observar ao vivo os animais e as plantas que normalmente vêm pela televisão.

Para Daniel Chapo, a visão é tornar Zinave um autêntico destino turístico, estabelecendo a ligação entre o turismo de sol e praia costeiro e o turismo interior. A ideia visa ainda tornar a zona na primeira área de conservação a ser visitada a caminho dos parques transfronteiriços do Grande Limpopo. 

O governador falou ainda da necessidade de tornar a cultura num activo económico para a província, de modo que ela contribua para a “melhoria das condições de vida dos fazedores da arte e cultura”.

Daniel Chapo acrescentou que com estes desafios mobiliza-se a coragem de incentivar a criação de condições para consolidar o destino Inhambane no mapa nacional e internacional como referência incontornável para os visitantes da SADC.

O Parque Nacional de Bazaruto, o Parque Nacional de Zinave, a Reserva de Pomene e o Santuário de Quewene são as áreas de conservação existentes em Inhambane e que no ano passado renderam ao Estado mais de 26 milhões de meticais pela prática de turismo.

Potencial de energias renováveis estimado em 23 mil Gigawatt em Moçambique

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Um estudo conclui que Moçambique possui um enorme potencial de energias renováveis estimado em 23 Terawatt (TW), ou seja, 23 mil Gigawatt que pode ser transformado em milhares de projectos de electrificação para responder à crescente procura.

Do potencial existente no país, o estudo aponta que podem ser criados 500 projectos de energias renováveis, com destaque para hidroeléctricos, assim como eólicos solares, de biomassa e geotérmicos, com capacidade para utilizar cerca de sete Gigawatt.

Com o título “Atlas das Energias Renováveis de Moçambique: Recursos e Projectos para Produção de Electricidade”, o livro foi produzido com base em um estudo realizado entre 2011 e 2013, tendo tido participação de muitas equipas técnicas nacionais e internacionais.

No tocante ao recurso hídrico (resultante de água), o estudo identificou 1.400 projectos com 18,6 Gigawatts (GW) de potencial hidroeléctrico. Deste número, 351 projectos que podem explorar 5,6 GW de energia e têm pré-viabilidade técnica e económica, refere o estudo.

Moody’s: Moçambique depende do gás para inverter subida da dívida

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A Moody’s estima que a dívida pública de Moçambique fique acima de 100% pelo menos até 2025 e antevê um crescimento de 3% este ano e acima de 5% em 2021.

A agência de notação financeira Moody’s considera que Moçambique vai ter dificuldades em inverter a tendência de dívida elevada, que este ano deverá ultrapassar os 100% do PIB, dependendo da evolução do sector do gás.

“Com o impacto do novo coronavírus no crescimento económico de Moçambique, e na sua posição externa e orçamental, fragilizando ainda mais o metical face ao dólar, esperamos que a dívida pública exceda os 100% do PIB a curto prazo, e a longo prazo é incerto que o país consiga reverter esta tendência face ao nível elevado”, lê-se na análise anual à economia moçambicana.

No relatório, a que a Lusa teve acesso, a Moody’s escreve que “a capacidade de inverter a trajectória da dívida vai depender essencialmente da recuperação económica e das melhorias da posição externa do país, mas em ambos os casos a evolução do sector do gás natural liquefeito vai ser essencial, o que é incerto devido ao ambiente actual de baixos preços”, acrescenta-se no relatório.

A dívida pública “vai provavelmente aumentar nos próximos anos, potenciada pelo endividamento crescente das empresas públicas, em particular a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos”, que precisa de financiar a participação nos projectos de exploração de gás no norte do país.

A Moody’s estima que a dívida pública fique acima de 100% pelo menos até 2025 e antevê um crescimento de 3% este ano e acima de 5% em 2021.

Desafios e Oportunidades do Sector Industrial

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Tópicos a serem abordados: Estatísticas industriais para o planeamento e investimento: produção, -gestão e interpretação estratégica de dados do sector produtivo – INE Conteúdo local e diversificação: benchmarking de empresas.

O evento sera transmitido nas seguintes plataformas: ZOOM, STV PLAY, STV NOTÍCIAS E LINKEDIN.

Clica AQUI para se registar.

O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO NA INDÚSTRIA

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Tópicos a serem abordados:

  • Viabilização da continuidade dos negócios das empresas.
  • Transformação da continuidade dos negócios das empresas – GAPI
  • KK Transformação produtiva e tecnológica das empresas – BCI
  • Coaching e capacitação das empresas para acesso a produtos e serviços financeiros – Standard Bank

Programa:

  1. Apresentação Dr. Oldemiro Belchior Director da banca investimento, do Millennium Bim (3 min)
  2. Apresentação Tomás Matola, PCA do Banco Nacional de Investimento, BNI (3 Min)
  3. Apresentação Sara Faquir , Representante da Idea Lab (3Min) ZOOM
  4. Apresentação Dr. Salimo Valá, Bolsa de Valores de Moçambique (3Min) ZOOM
  5. Moderador/ Oradores //Intervenções do painel (20 min)
  6. Perguntas
  7. Intervenção Rogério Samo Gudo – Presidente da AIMO ZOOM
  8. Debate geral (30 min)
  9. Comentários finais do painel (15 min)
  10. Encerramento (5 min)

LOCAL: ZOOM, STV PLAY, STV NOTÍCIAS E LINKEDIN

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92 centros de saúde vão beneficiar de Energia Solar

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A iniciativa Power África liderada pelo Governo dos Estados Unidos da América anunciou hoje 2,6 milhões de dólares em subsídios para nove empresas de energia solar africanas, onde se inclui uma de Moçambique.

A beneficiária é a Solar Works que vai eletrificar 92 centros de saúde rurais na província de Sofala, centro do país, e garantir a sua manutenção durante cinco anos. A falta de manutenção é uma das principais razões para que muitos sistemas fiquem inoperacionais pouco depois de ativados.

O comunicado não especifica quanto será atribuído à empresa moçambicana, mas refere que a totalidade dos subsídios a distribuir na África Subsariana vai beneficiar 288 unidades de saúde.

Um total de 60% dos espaços dedicados à saúde na África Subsariana não tem acesso a eletricidade e dos que têm, apenas 34% dos hospitais e 28% dos centros têm um acesso fiável e 24 horas por dia, refere a iniciativa em comunicado.

Conselho de Ministros aprova propostas de PES e Orçamento de Estado para 2021

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Filimão Swaze, porta-voz do Conselho de Ministros
Filimão Swaze, porta-voz do Conselho de Ministros

O Governo aprovou, em sessão do Conselho de Ministros, as propostas de Plano Económico e Social (PES) e Orçamento de Estado (OE) para 2021, que serão em breve submetidos ao Parlamento para aprovação.

As linhas do PES foram avançadas pelo porta-voz do Conselho de Ministros (CM), Filimão Swaze, no final da 35ª sessão ordinária do órgão, e apresentam uma projecção de crescimento económico tão modesto quanto deste ano.

“O Plano Económico e Social prevê um crescimento de 2,1%, manter a taxa de inflacção média anual em cerca de 5%” apontam os números divulgados pelo porta-voz do CM.

A proposta aponta ainda como objectivos do PES, “alcançar um valor de 3.768,8 milhões de dólares americanos, em exportação de bens e 3.273 milhões de dólares americanos de reservas Internacionais Líquidas (RIL)”, o equivalente a 6,8 meses de cobertura das importações de bens e serviços factoriais, que do resto, corresponde ao que tem sido a média dos últimos anos.

Orçamento de Estado:

A proposta orçamental apresenta um crescimento em quase todos os níveis, comparativamente à lei orçamental em vigor. Dos números já avançados consta que uma arrecadação fiscal de mais de 309 biliões de Meticais, cerca de 30 por cento acima do que foram as previsões deste ano, e um défice de 41 biliões de Meticais, perto da metade do que foi do orçamento inicial para 2020.

Depois de cinco anos sem contar com ajuda orçamental dos parceiros internacionais, nomeadamente, o FMI, para o próximo ano, o Governo está animado e conta com o regresso dos doadores.

“Temos estado a assistir ao retorno das entidades que têm estado a apoiar o nosso Orçamento de Estado e esperamos que essa tendência seja crescente à medida que vamos reganhando a confiança dos mercados internacionais, pelo que a entrada do FMI não será nenhuma surpresa nesta onda de retorno dos nossos parceiros” vaticinou.

Ainda na sessão tida recentemente, o executivo apreciou a proposta de revisão da Lei do SISTAFE, tendo como objectivo principal, trazer mais eficácia ao sistema, em função da realidade actual.

Mais de 900 empresas concorreram a linha de financiamento em Moçambique

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No total, 925 empresas concorreram a linha de financiamento disponibilizada pelo Governo face ao impacto da covid-19 e, segundo o presidente do Banco Nacional de Investimento (BNI), Tomás Matola, a procura por apoio foi maior do que a instituição esperava, havendo um défice de 8,4 mil milhões de meticais para responder à demanda.

“Estamos a trabalhar com os nossos parceiros para ver se conseguimos incrementar este valor e muito provavelmente vamos conseguir”, declarou Tomás Matola, durante uma conferência de imprensa que marcou o encerramento da submissão de candidaturas para a linha de financiamento.

Segundo a fonte, as empresas do ramo comercial foram as que mais pediram o apoio, com 37 %, seguido do setor da hotelaria e turismo, com 10 %, sendo que os restantes pedidos foram de empresas de áreas como a agricultura, transporte, construção, educação, entre outras. Do total de pedidos, 515 (55%) são de empresas do Sul do país, 230 do Centro e 180 do Norte de Moçambique, acrescentou Tomás Matola.

Das propostas que o BNI recebeu, pelo menos 225 já foram analisadas e, deste número, a entidade aprovou 100, 50% das quais de empresas da zona Sul, 35 do Centro e 15 do Norte. Dos 1,6 mil milhões de meticais disponíveis para as empresas, mil milhões foram disponibilizados pelo Governo e 600 milhões são do BNI.

O fundo foi anunciado em maio pelo Governo moçambicano, no âmbito das medidas económicas visando a mitigação dos efeitos do novo coronavírus. A taxa de juro do financiamento será de 8% a 12%, em função do perfil de risco do devedor, mas sempre abaixo da taxa de juro de referência (‘prime rate’) fixada pelo Banco de Moçambique e Associação Moçambicana de Bancos.

O fundo destina-se ao apoio à tesouraria e às necessidades de investimento e aquisição de equipamento das empresas, bem como a manutenção e geração de novos postos de trabalho face ao efeito do novo coronavírus.