Sexta-feira, Junho 13, 2025
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Banco de Moçambique prorroga medidas para incentivar pagamentos electrónicos

O Banco de Moçambique decidiu prolongar por mais três meses as medidas tomadas para incentivar o uso de sistemas de pagamentos eletrónicos face à pandemia da covid-19.

De acordo com o comunicado enviado pelo Banco de Moçambique, os bancos vão deixar de cobrar encargos e comissões para transacções efectuadas através de canais digitais até ao limite máximo diário de 5.000 meticais para clientes singulares, excepto no caso de levantamentos em caixas automáticas.

As carteiras móveis de moeda eletrónica usadas através de dispositivos móveis deixam de cobrar encargos e comissões nas transferências entre clientes até ao limite máximo diário de 1.000 meticais.

Os limites por transação nessas mesmas carteiras móveis foram aumentados e as comissões e os encargos a serem cobrados para os novos limites não devem ser superiores ao máximo do preçário em vigor.

Outras medidas decididas pelo regulador do sistema financeiro nacional, incluem a redução para metade das comissões e encargos nas transferências entre os bancos e instituições de moeda electrónica, para clientes singulares.

“A adopção das medidas não isenta o cumprimento das normas e procedimentos relativos à prevenção e ao combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”, nota o Banco de Moçambique.

PME capacitadas em gestão de negócios

As pequenas e médias empresas (PME) moçambicanas vão beneficiar, entre os dias 10 e 14 de Agosto, de um programa de imersão empresarial, denominado #Ideate Bootcamp, promovido pelo Standard Bank, através da sua Incubadora de Negócios, em parceria com a Eni Rovuma Basin (ERB), no âmbito da promoção de ligações comerciais e oportunidades para este segmento de empreendimentos.

Esta formação, que será orientada de forma virtual, tem como objectivo apoiar as PME na validação dos seus modelos de negócio, de forma a garantir a sua sustentabilidade e escalabilidade. Ela surge no âmbito da implementação do Plano de Conteúdo Local do Projecto Coral Sul.

Durante cinco dias, os participantes vão obter ferramentas e utilizar metodologias que irão permitir desenhar, avaliar, melhorar e comunicar os seus modelos de negócio.

Entretanto, são elegíveis a este programa empreendimentos formalmente registados em Moçambique, com pelo menos dois anos de actividade e com receita anual comprovada, devendo, para o efeito, apresentar um alvará válido, uma cópia do Boletim da República, o registo comercial, a prova do endereço comercial e o Número Único de Identificação Tributária (NUIT) da empresa.

Empresas baseadas na província de Cabo Delgado, criadas por mulheres ou por jovens empreendedores, bem como as que adoptam princípios de economia circular são estimuladas a candidatarem-se.

Moçambique anuncia para breve o nono relatório sobre a transparência na Indústria Extractiva

O País está a preparar o nono relatório sobre a transparência na indústria extractiva, referente às contas de 2019. Este documento, deverá ser divulgado no mês de Dezembro próximo.

A iniciativa de transparência na indústria extractiva, foi aderida pela primeira vez em 2009, e neste ínterim, o Executivo já publicou um total de oito relatórios, todos eles aprovados pelo secretariado técnico da ITIE.

O nono relatório que será divulgado em Dezembro, segundo a coordenadora nacional da ITIE, Isabel Chuvambe, vai incluir questões relacionadas com os custos recuperáveis, acordos de troca e despesas parafiscais.

Em Moçambique, Há cada vez mais empresas do sector mineiro e de hidrocarbonetos a aderirem à iniciativa de transparência na indústria extractiva. Refira-se que no último apurou-se uma discrepância mínima entre os valores declarados pelo Estado e pelas empresas do ramo extractivo. Em 2017, por exemplo, a diferença foi de 0,09% e 1,07% no ano seguinte.

Comércio entre China e países de língua portuguesa atinge US $ 51,8 bilhões

De acordo com o Macau Hub o comércio de mercadorias entre a China e os países de língua portuguesa atingiu US $ 51,775 bilhões no período de janeiro a maio de 2020.

Este valor representa um declínio de 12,0% em relação ao ano anterior, segundo dados revelados pelas das Alfândega da China.

Somadas todos os países de língua portuguesa venderam mercadorias no valor de US $ 37,1 bilhões para a China nos primeiros cinco meses de 2020 – uma queda de 12,93% em relação ao ano anterior.

Já o valor das exportações de mercadorias da China para esses países atingiu US $ 14,675 bilhões no mesmo período, uma queda de 9,56% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais chineses.

O valor total das mercadorias comercializadas em Maio entre as partes superou US $ 9,947 bilhões, um aumento de 0,88% em relação ao mês anterior.

O valor das importações de mercadorias da China dos países de língua portuguesa atingiu

US $ 6,997 bilhões, um aumento de 1,76% ao mês, de acordo com dados oficiais chineses.

A China vendeu produtos para esses países no valor de US $ 2,95 bilhões em Maio, uma queda de 1,15% em comparação com o mês anterior.

 

Fonte: Macauhub.com.mo

BNI oferece 1.6 bilião de meticais as empresas afectadas pela Covid-19

O Banco Nacional de Investimento (BNI) apresentou, duas linhas de financiamento para evitar a falência das empresas moçambicanas afectadas pela pandemia da COVID-19.

A primeira janela de financiamento, denominada Gov.COVID-19, tem um crédito de mil milhões de meticais financiados por fundos do Estado, que se acresce aos 600 milhões de meticais de um empréstimo obrigacionista do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

Os valores serão desembolsados pelo Banco Nacional de Investimento às micro, pequenas e médias empresas moçambicanas arrasadas pela COVID-19, sendo que o mesmo irá compreender duas fases de financiamento.

Segundo o Presidente da Comissão Executivo (PCE), Tomás Matola, as taxas de juro a serem aplicadas pelo BNI serão competitiva e em função da categoria de cada empresa elegível ao empréstimo. Ou seja, os juros variam entre 6 e 12%.

As linhas de financiamento do Banco Nacional de Investimento definiram como um dos critérios de elegibilidade, empresas sem dívida com a banca até 31 de Dezembro de 2019.

O Standard Bank prevê recuperação da economia nacional só em 2021

Standard Bank

A economia moçambicana só irá recuperar da recessão a partir do ano 2021, prevê o economista-chefe do Standard Bank, Fáusio Mussá. Os investimentos no gás natural da Bacia do Rovuma é que vão tirar o país da recessão prevista para este ano pelo banco.

O comentário do economista é feito uma semana após o Fundo Monetário Internacional (FMI) prever um crescimento de 1.4 por cento para a economia moçambicana este ano.

“No nosso cenário base actualizado, o crescimento do PIB abranda dos 1,7% registados durante o primeiro trimestre de 2020 para -3,3% durante o segundo trimestre de 2020, permanecendo em recessão durante o resto do ano, a -1,0% para o terceiro trimestre de 2020, e -0,9% para o quarto trimestre de 2020, surgindo a recuperação a partir de 2021, suportada pelo investimento nos projectos de gás natural em curso (Coral FLNG e Mozambique LNG), com valores de investimento superiores a 35 mil milhões de USD”, comentou Fáusio Mussá.

Mussá faz a observação no relatório PMI do Standard Bank, que revela que de 12 e 25 de Junho, o sector privado nacional registou um declínio considerável devido às medidas de isolamento impostas pelo Estado de Emergência, situação que contribuiu para a quebra da actividade de várias empresas, em termos globais, no mês passado.

Entretanto, de acordo com o documento, a taxa de declínio da actividade do sector privado foi a mais lenta desde Março último.

Segundo o relatório PMI “As condições de procura registaram igualmente um abrandamento, à medida que as novas encomendas caíram abruptamente no sector privado. Isto levou a que as empresas reduzissem a aquisição de meios de produção e limitassem os stocks”.

Eni e Exxon Mobil voltam a adiar decisão de investimento na Área 4

O Instituto Nacional de Petróleo revelou hoje, que dois dos três grandes projectos de Gás Natural Liquefeito da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, não vão sofrer “alterações significativas” no cronograma.

A grande alteração na calendarização verifica-se no projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL), liderado pela norte-americana Exxon Mobil e a italiana Eni. A Decisão Final de Investimento foi mais uma vez adiada. “Devido a uma conjugação de factores, entre os quais, a queda do preço do petróleo no mercado internacional e os efeitos da pandemia, a Decisão Final de Investimento foi adiada para 2021”, explicou Carlos Zacarias, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo (INP).

Entretanto, e apesar da paralisação das actividades no projecto Coral Sul, na Área 4, liderado pela Eni, por conta das restrições do novo Coronavírus, o INP refere que a construção da plataforma flutuante na Coreia do Sul está acima de 70%, prevendo-se que a mesma chegue a Moçambique já no próximo ano.

O volume de investimento neste projecto é de oito mil milhões de dólares norte-americanos. O início de produção do gás está previsto para 2022, ou seja, o calendário mantém-se. Já em relação ao campo Golfinho e Atum, liderado pela petrolífera francesa Total, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo disse que a reestruturação vai trazer mais ganhos ao Estado.

Recorda-se, que na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou o decreto (51/2019) que altera a estrutura de financiamento deste projecto, por forma a dar melhor enquadramento a realidade actual. Com essa alteração, o Governo entende que haverá condições para a flexibilidade no que diz respeito ao desenvolvimento de empreendimentos relacionados com o projecto.

Este exercício de optimização de financiamento permitiu, também, a redução dos custos de financiamento em termos de juros, na ordem de USD 1,1 mil milhão durante a fase de construção e USD 700 milhões, durante a fase de operação, que vai permitir que todas as partes interessadas, incluindo o Estado moçambicano tenham ganhos associados.

 

Fonte: O Pais Online 03.06.20

FNB pretende financiar participação de empresas moçambicanas nos projectos de Gás Natural

O FNB assinou recentemente um contrato de participação no financiamento da Total, num valor de 15.8 mil milhões de dólares. FNB mostra interesse em ser um parceiro forte no negócio do gás natural de Moçambique.

Entretanto, o FNB assegura que, como parte do FirstRand Group, o maior grupo financeiro africano por capitalização bolsista, pretende entrar noutros grandes projectos do Gás natural em Moçambique, da mesma forma que entrou no financiamento da Total, num consórcio de 20 instituições bancárias que concederam 15.8 mil milhões de dólares. Bem como ser um parceiro forte de toda a cadeia de valor destes projectos.

O FNB tem uma equipa dedicada especializada neste sector a fazer o acompanhamento e mapeamento das possíveis oportunidades disponibilizadas pelas empresas de exploração de gás, bem como pelo Governo e na construção de propostas de valor diferenciadas e de valor acrescentado para toda as empresas que operam neste ramo.