Sábado, Abril 27, 2024
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SASOL descobre gás natural em inhassoro, inhambane

A Sasol Mozambique PT5-C, Limitada (SMPT5-C) efectuou uma descoberta de gás natural, em rochas areníticas de idade da Formação de Grudja Inferior, após execução do poço de pesquisa  Bonito-1, na Área PT5-C, localizada na parte Sul do distrito de Inhassoro, Província de Inhambane, Bacia de Moçambique, cujos limites cobrem uma área de cerca de 3142 km2, entre os campos de Pande e Temane.

O poço foi executado entre os dias 25 de Março e 5 de Abril de 2023 e atingiu a profundidade de 1934 m MD, em sedimentos do Cretácico Inferior (Horizonte  G-12), sendo que a descoberta foi confirmada através de leituras do registo de lama de perfuração, dados cromatográficos, diagrafias eléctricas e testes dinâmicos modulares (MDT).

O poço Bonito-1 é o segundo a ser perfurado na área PT5-C, uma vez que o primeiro foi negativo, e enquadra-se no âmbito da obrigações contratuais estabelecidas no primeiro subperíodo de pesquisa, do Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção para a Área PT5-C Onshore, assinado em Outubro de 2018, no âmbito do 5º Concurso de Concessão de Áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos. A SMPT5-C prosseguirá com trabalhos de avaliação do jazigo e respectiva viabilidade comercial.

São concessionários da Área PT5-C a Sasol Mozambique PT5-C LTD, que detém 70% de interesse participativo, e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P (ENH), com 30%.

 

A reserva está localizada na região de “khometela”, no limite entre os distritos de Inhassoro e Mabote. Entretanto, ainda são necessários estudos para determinar a quantidade e valor comercial.

Mateus Mosse, Director de Relações Corporativas na empresa, avançou que, se os resultados dos estudos demonstrarem capacidades para exploração, a SASOL vai estender o período de produção e oferta de recursos naturais.

“Vai levar cerca de três anos a se fazerem estudos para se determinar se o gás descoberto é comercializável ou não. Sendo comercializável, a SASOL vai submeter um plano de desenvolvimento para ser aprovado pelo Governo. Se a descoberta no campo PT-5C garantir produção, se calhar haverá mais anos de produção”, referiu, citado pela Rádio Moçambique.

Por outro lado, previu que até 2034 a empresa deixará de explorar o gás moçambicano para a África do Sul, decorrente do fim da licença concedida para o efeito, em 2024.

Actualmente, a SASOL produz por ano 197 Gigajoules de gás natural. A maior quantidade é exportada para a África do Sul.

“O que a SASOL tem de fazer é garantir que até 2034 esteja a produzir aquela quantidade. Por isso, tem de fazer alguns furos. De acordo com o estudos realizados, havendo declínio devem ser feitos furos adicionais para manter esta produção”, explicou, notando a necessidade assegurar o cumprimento dos compromissos.

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