Segunda-feira, Maio 6, 2024
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Reservas Internacionais de Moçambique

As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) de Moçambique, cruciais para transações globais, tiveram um leve aumento em setembro, ultrapassando os 3.087 biliões de dólares, segundo dados oficiais.

O Banco de Moçambique revelou que as reservas em moeda estrangeira totalizavam quase 3.081 biliões de dólares no início do mês.

O crescimento foi impulsionado pela “constituição de provisões nos bancos”, acréscimo de 246.7 milhões de dólares em apenas um mês.

Esses valores representam um aumento de 6.3 milhões de dólares nas reservas em relação ao final de agosto.

Além disso, incluem um aporte adicional de 15.2 milhões de dólares para projetos no país e 24.1 milhões de dólares em compras diversas de moeda estrangeira.

Saídas de Reservas em Setembro

Dos 237.7 milhões de dólares retirados das reservas, mais de 100 milhões decorreram de transferências bancárias. Outros 96 milhões estiveram relacionados ao serviço da dívida moçambicana, entre outros.

Moçambique encerrou setembro com reservas suficientes para cobrir 3.2 meses das necessidades de importação previstas para este ano, um número que aumenta para 3.9 meses quando se excluem os principais projetos, de acordo com o Banco de Moçambique.

Políticas do Banco de Moçambique em 2023

Em janeiro, o Banco de Moçambique aumentou a taxa de reservas obrigatórias para depósitos em moeda estrangeira de 11.5% para 28%.

Em abril, reduziu o fornecimento de combustível aos importadores de 100% para 60%.

No orçamento de 2023, o governo moçambicano estabeleceu como objetivo acumular Reservas Internacionais Líquidas de 2.936 biliões de dólares, “correspondendo a três meses de cobertura de importações de bens e serviços não-fatoriais”.

Avaliação do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou em julho que as reservas internacionais de Moçambique têm vindo a diminuir desde 2021.

O relatório do FMI destaca que as reservas internacionais brutas cobrem quase 4.3 meses de importações no final de 2022, ultrapassando o mínimo recomendado de “pelo menos três meses”.

O FMI reconhece o impacto dos “altos custos” das importações de combustível nas reservas internacionais de Moçambique, devido à disponibilização de moeda estrangeira aos principais importadores de combustível.

O documento ressalta ainda que as importações não relacionadas com megaprojetos aumentaram significativamente nos últimos dois anos, reduzindo ainda mais a cobertura de importações pelas reservas.

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