A companhia petrolífera nigeriana, Aiteo Group, acaba de marcar uma expansão significativa no seu portefólio energético global ao adquirir uma participação importante no bloco de gás Mazenga, a maior reserva de gás onshore em África, situada na província de Inhambane, no sul de Moçambique.
De acordo com uma informação divulgada pelo site de notícias Business Insider, a aquisição foi possível através de acordos assinados com a petrolífera moçambicana, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
“A Aiteo já lançou um programa de desenvolvimento abrangente, que inclui estudos geológicos aeromagnéticos e gravitacionais, pesquisas de campo e o reprocessamento de dados existentes”, avançou o site.
Citado na notícia, o CEO da Aiteo, Benedict Peters, explicou que esta aquisição faz parte da estratégia da empresa de aumentar a presença no mercado global de gás, à medida que continua a sua trajectória para se tornar um líder na indústria energética internacional.
“Os activos em que estamos a investir estão situados numa das áreas de produção de gás mais promissoras de Moçambique. Esta iniciativa reflecte a nossa estratégia de estarmos activamente envolvidos em projectos energéticos únicos em toda a África, e a nossa meta não é só aumentar o portefólio global de recursos de gás, mas também estabelecermo-nos como líderes da indústria no continente”, descreveu.
A fonte disse ainda que a entrada da Aiteo no promissor sector do gás de Moçambique é um passo notável na estratégia mais ampla de expansão em África. “A empresa, que já é um importante contribuidor para a produção de petróleo a nível mundial, com uma produção de quase 100 mil barris por dia, estende a sua influência para além da bacia do Delta do Níger e do Benue Trough, fortalecendo a sua presença no panorama energético regional e internacional”.
Moçambique, um interveniente significativo no mercado energético global, é conhecido pelas suas extensas reservas de gás natural, particularmente na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
Com reservas que ultrapassam os 100 mil milhões de pés cúbicos, o País tornou-se um íman para gigantes petrolíferos globais como a TotalEnergies, a Eni e a ExxonMobil, todas envolvidas em grandes projectos de extracção e exportação de gás natural liquefeito.
O bloco de gás Mazenga, localizado na prolífica bacia sedimentar de Moçambique, cobre uma área de aproximadamente 23 mil quilómetros quadrados e estima-se que contenha 19 mil milhões de pés cúbicos de gás.