Terça-feira, Abril 30, 2024
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ROMPCO apresenta GNL-R como alternativa para indústria energética

O Gás Natural Liquefeito Regaseificado (GNL-R) transportado através do Gasoduto Moçambique-Secunda (MSP) da ROMPCO (Republic of Mozambique Pipeline Investments Company) é uma alternativa viável para os clientes industriais sul-africanos, afirmou Motlokwe Sebake, responsável pelos assuntos empresariais e comerciais da empresa.

Segundo o portal de notícias Engineering News, o GNL é um gás natural arrefecido até ao estado líquido para facilitar o seu transporte e armazenamento. Pode ser regaseificado no ponto de utilização e queimado como combustível para a produção de electricidade, aquecimento ou processos industriais. O GNL-R apresenta várias vantagens sobre o gás de gasoduto, incluindo emissões reduzidas, maior flexibilidade e menores custos de infra-estrutura.

A ROMPCO, uma joint venture entre os governos da África do Sul e Moçambique e a Sasol, opera um gasoduto de 865 quilómetros que transporta gás natural dos campos de Pande e Temane, em Moçambique, para os mercados de ambos os países.

Motlokwe Sebake explicou que o gasoduto abastece cerca de 90% da demanda de gás da África do Sul, principalmente para uso industrial. No entanto, prevê-se que o fornecimento de gás de Pande e Temane diminua nos próximos anos devido ao esgotamento dos campos.

Para enfrentar este desafio, a ROMPCO está a considerar ligar o GNL do terminal da Matola, em Moçambique, ao gasoduto ROMPCO. O terminal da Matola, que está a ser desenvolvido pela Beluluane Gas Company (BGC) e pela TotalEnergies, terá uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) com capacidade para dois milhões de toneladas por ano (MTPA) de GNL.

“A ligação do abastecimento de GNL da Matola ao gasoduto ROMPCO aumentará a segurança do abastecimento energético sul-africano e garantirá que o MSP seja utilizado na sua capacidade máxima, tendo em conta o declínio dos campos de Pande e Temane,” comentou Motlokwe Sebake.

O GNL-R da ROMPCO é uma opção atraente para os clientes industriais sul-africanos, podendo complementar os esforços da África do Sul para fazer a transição para uma economia de baixo carbono e aumentar sua segurança energética.

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