Quarta-feira, Fevereiro 5, 2025
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Moçambique está no radar de Investidores Alemães

Investidores alemães irão visitar Moçambique durante a Conferência e Exposição do evento Gas & Power 2021 que vai decorrer de 8 a 9 de Março de 2021.

O evento organizado pela Africa Oil & Power (AOP) em parceria com o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), será uma oportunidade para Investidores Alemães, aprofundarem as relações germano-moçambicanas à luz da recente descoberta de Petróleo e Gás, considerados como a “Grande Transformação” do País.

O Presidente Executivo da  Germany Africa Business Forum (“GABF”), Sebastian Wagner, afirmou que, Moçambique esta prestes  prestes a se tornar um player internacional no mercado global de energia, e apelou aos Investidores Alemães a participarem nesta transformação.

Segundo Sebastian Wagner, o sector de energia alemão continua entre os sectores mais inovadores da economia europeia. As empresas alemãs entendem que precisam desempenhar um papel forte e competitivo na África para garantir uma Alemanha mais limpa e mais forte.

“Moçambique é uma grande oportunidade para as empresas alemãs investirem em projectos de monetização de gás, petroquímica, projectos de energia, industrialização e diversificação imediata da economia que conduzem a empregos para moçambicanos e alemães”, acrescentou Wagner.

A Alemanha tem relações fortes com Moçambique desde a independência. Muitos moçambicanos estudaram e viveram na Alemanha, e a Alemanha tem fornecido um amplo apoio para apoiar a paz e a reconciliação em Moçambique.

“O empoderamento económico tem de ser o nosso próximo objectivo, e agora é a hora, “concluiu Wagner.

250 milhões de dólares serão investidos para melhoria da rede eléctrica no País

O governo moçambicano aprovou recentemente um acordo de financiamento assinado em agosto com o banco indiano Exim Bank, que vai emprestar 250 milhões de dólares para a melhoria da rede elétrica no país.

O financiamento, cujo memorando foi assinado a 3 de agosto, visa melhorar a qualidade de energia elétrica nas cidades de Maputo e da Matola, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suazi, falando após uma sessão do órgão em Maputo.

O projecto pretende que 400 mil famílias entrem na rede elétrica pública anualmente, visando acelerar o objectivo de acesso universal à energia eléctrica até 2030. Segundo dados oficiais, o governo, precisa de 167 milhões de dólares para electrificar todas as sedes administrativas nas zonas rurais.

Das 135 sedes administrativas que ainda não têm energia no país, 94 vão ser ligadas à “rede elétrica nacional”, mas há outros 41 postos que serão alimentados por centrais solares autónomas por se localizarem longe da rede de energia do país.

Inflação deverá ficar nos 3% este ano

A consultora NKC African Economics afirmou que a taxa de inflação em Moçambique deverá chegar a 3% este ano, aumentando ligeiramente face aos 2,8% registados no ano passado, devido à depreciação do metical em 14%.

Prevemos que a taxa de inação média vá aumentar marginalmente face aos 2,8% registados em 2019, e vemos espaço para o Banco de Moçambique baixar a taxa de juro directora em mais 100 a 150 pontos base até final deste ano, no seguimento da crise económica e das taxas de juro relativamente altas”, escrevem os analistas num comentário à inação de Setembro.

No mês passado, face a setembro de 2019, os preços subiram 3% em Moçambique, a maior subida desde maio, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas, que dá conta de um aumento de 0,3% face ao nível de preços registado em agosto.

“O metical desvalorizou 14% desde o princípio de 2020, num contexto de queda dos preços das matérias primas exportadas e da aversão global ao risco”, comentam os analistas na nota enviada aos clientes, e que a Lusa teve acesso.

Moçambique é um importador líquido da maioria dos bens de consumo, “por isso uma moeda mais fraca é fortemente associada a preços mais altos para os consumidores”, notam os analistas, concluindo que “a seca regional no sul e o conflito em Cabo Delgado, que desalojou mais de 300 mil pessoas, também devem aumentar a insegurança alimentar e estimular os preços dos alimentos.

Fundo Soberano prevê 96 mil milhões de dólares de receitas de gás

Moçambique espera receber 96 mil milhões de dólares na vida útil do gás do Rovuma, quase sete vezes o Produto Interno Bruto (PIB) atual, anuncia o banco central na proposta de criação de um fundo soberano.

“Estima-se que o país venha a arrecadar cerca de 96 mil milhões de dólares durante a vida útil dos projectos de exploração do gás natural”, refere a proposta do Banco de Moçambique – que não especifica parcelas nem o prazo, mas o Governo tem apontado para, pelo menos, 25 anos de extração.

O documento foi colocado na recentemente em discussão pública. A auscultação visa “enriquecer a proposta técnica, antes da sua submissão às entidades competentes” e “conferir maior transparência, participação e inclusão ao processo”, refere nota do banco central.

Além de disponibilizar a proposta no seu portal na Internet, aquela entidade anuncia que vai promover seminários e outras iniciativas. O documento revela a ambição de Moçambique em “integrar o grupo dos dez maiores produtores mundiais de gás natural e tornar-se no segundo maior produtor em África”.

Em junho, o ministro dos recursos Minerais e Energia, Max Tonela, anunciou que a Área 1 (consórcio liderado pela Total) devera obter ganhos globais, ao longo de 25 anos, da ordem dos 61.000 milhões de dólares.

Deste valor, “o Estado moçambicano, por via de impostos, partilha de lucro e participação da ENH vai ficar com pouco mais de 50%, cerca de 31.000 milhões de dólares”, referiu.

Esta será apenas uma parte das receitas, porque, além da Área 1, outro projecto de desenvolvimento de dimensão ligeiramente superior está previsto para a Área 4 (consórcio liderado pela Exxon Mobil e Eni).

O fundo conta ainda com o potencial em reservas de carvão, areias pesadas, titânio e outros minérios de elevado valor de mercado. A proposta do banco central prevê uma maturação do fundo até ao vigésimo ano.

Até essa altura, deve receber metade das receitas brutas provenientes da exploração de recursos naturais não renováveis (a outra metade vai para o Orçamento do Estado, OE) e só libertá-las em caso de “choque extremo” na economia ou calamidades.

Depois de completar 20 anos, o fundo deverá contribuir para o OE com 4% do seu saldo.

“Fica vedado o uso dos recursos do fundo para garantias na contratação de empréstimos pelo Estado ou por outras entidades”, prevê ainda a proposta, considerando desde já “nulo” e “sem efeitos” qualquer contrato que ainda assim seja feito.

O fundo terá dois objectivos, “acumular poupança” e “contribuir para a estabilização fiscal do país”, com regras de transparência e prestação de contas.

Os projectos de gás liderados na Área 1 pela petrolífera francesa Total e na Área 4 pela norte-americana Exxon Mobil e pela italiana Eni representam em conjunto cerca de 50 mil milhões de dólares de investimento na bacia do Rovuma, ao largo da província nortenha de Cabo Delgado.

Access Bank Moçambique assina protocolo de cooperação com APIEX

O Access Bank Moçambique (ABM) assinou um protocolo de cooperação com a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX, IP).

A cerimónia decorreu no edifício sede do Access Bank, em Maputo, e contou com a presença de Marco Abalroado, Administrador Delegado do ABM, e de Lourenço Sambo, Director Geral da APIEX.

O objectivo deste protocolo passa por desenvolver acções para a promoção e divulgação das oportunidades de negócio no país, bem como a implementação de projectos de investimento.

Por outro lado, permite ao Access Bank trabalhar de forma estratégica com a APIEX,IP, facilitando contactos com potenciais investidores e exportadores em Moçambique, dando também maior visibilidade à marca Access, no mercado nacional e estrangeiro.

O protocolo de cooperação prevê ainda a possibilidade de ser cedido ao Access Bank um espaço físico nas instalações da APIEX,IP, para prestação de serviços.

Marco Abalroado, Administrador Delegado do Access Bank Moçambique, adianta que esta “é a primeira parceria que o Banco formaliza no país”, marcando “o início da contribuição do Banco e do Grupo Access Bank enquanto agente de desenvolvimento sustentável em Moçambique, promovendo em conjunto com a APIEX,IP a maximização do potencial económico do país nos vários mercados”.

Focado num serviço de excelência no apoio aos clientes dos diferentes segmentos, o Access Bank aposta em parcerias estratégicas que fortaleçam o papel do Banco em Moçambique e no mundo.

Governo quer expandir minas de produção de ouro em Manica e Cabo Delgado

O Governo quer expandir minas de produção de ouro nas províncias de Manica e Cabo Delgado, apostando no associativismo. Para o efeito, o ministro dos Recursos Minerais e Energia escalou há dias as indústrias mineiras activas na província de Tete.

As restrições da pandemia da COVID-19 resfriaram os níveis de produção do sector mineiro. Grande parte das indústrias reviu em baixa o seu plano de negócio para 2020.

O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, efectuou há dias uma visita às unidades de produção mineira activas em Tete, com destaque para a maior mina de produção de ouro, cuja contribuição para os cofres do Estado tende a crescer.

Segundo Max Tonela, o plano passa por criar mais unidades de produção de ouro, através da aposta no associativismo.

Com uma produção à volta de 20 a 30 quilogramas por mês, os gestores da mina de ouro de Tete esperam aumentar os níveis de produção a curto prazo.

Da visita a maior mina de ouro, o governante manteve encontro com alguns operadores mineiros que queixaram-se da morosidade na tramitação de alguns documentos.

Ainda em Tete, Max Tonela visitou a mina da Vale Moçambique, que viu parte das operações paralisadas devido à pandemia.

O Governo projecta uma recuperação gradual do sector mineiro a partir do próximo ano.

Electricidade de Moçambique quer investir 1,3 mil milhões de euros nos próximos cinco anos

A Electricidade de Moçambique (EDM) espera investir 1.6 mil milhões de dólares no plano de negócio para os próximos cinco anos, mas a situação da empresa “não é boa”, disse recentemente uma fonte oficial.

“O investimento que nós prevemos para os próximos cinco anos, de capital definido, é de cerca de 1,6 mil milhões de dólares”, declarou António Nhassengo, director do Gabinete Estratégico e Desempenho da EDM.

António Nhassengo falava à comunicação social em Maputo, momentos após a apresentação do plano de negócios da empresa para os próximos cinco anos.

Entre outros objectivos, no plano da EDM para os próximos cinco anos, o destaque vai para a expansão da rede eléctrica, tendo em conta que do total de 416 sedes de postos administrativos do país, 135 ainda não têm energia eléctrica.

Apesar das projeções, segundo António Nhassengo, a situação da empresa “não é boa” e é necessário aumentar a tarifa de energia para reverter o cenário.

“Nós vamos continuar com resultados negativos se não houver aumento tarifário que nós prevemos para o exercício 2020-2024, que é de 10 %”, declarou António Nhassengo.

Por outro lado, a EDM pede a redução da base de incidência do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) nas requisições de energia , argumentando que a empresa faz um desconto de 62% quando vende a energia a clientes, mas paga 100% quando a compra aos produtores.

Em junho, a empresa pública alertou que iria perder cerca de 9 milhões de dólares com a redução da tarifa para as famílias mais desfavorecidas e pequenas e médias empresas, no âmbito das medidas adotadas pelo Governo para fazer face ao impacto da pandemia da covid-19.

MOÇAMBIQUE REGISTA INFLAÇÃO DE 0,32% EM SETEMBRO


O país fechou assim o terceiro trimestre com uma inflação acumulada de 0,77% – abaixo do valor de 1,28% acumulado no mesmo período de 2019.

Desagregando a variação mensal por produto, o INE destaca em setembro o aumento de preços do peixe fresco, batata ‘reno’ e de motorizadas, enquanto a farinha de mandioca e cebola ficaram mais baratos.

A inflação média a 12 meses subiu em setembro para 3%, seguindo uma tendência de aumento registada desde abril, altura em que se se situava em 2,73%.

A inflação homóloga em setembro foi de 2,98%, acima dos 2,75% de agosto.

Os valores do IPC são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

Confira os principais eventos da semana: de 09 a 19 de Outubro

Veja os detalhes dos principais eventos que marcam a semana. Registe-se nas plataformas e faça parte destes grandes debates. 

Webinar Semana do Investidor

O Webinar Semana do Investidor vai decorrer no dia 09 de Outubro às 17 horas. Serão abordados temos relacionados as finanças, investimentos, impacto das taxas de comissões, diversificação financeira, etc. 

Para o fazer parte deste debate aceda ao Link: https://youtu.be/7TK5w7F24DM

Moz Grow

A segunda edição do Moz Grow decorre sob o lema “Produzir, Valorizar, Nutrir e Preservar”. Nestes debates pretende-se promover a partilha de experiências sobre os caminhos para transformação estrutural dos produtores do sector familiar, integrando-as em cadeias de valor estratégicas, contribuindo assim para o aumento da produção sustentável dos alimentos, do rendimento familiar, da segurança alimentar e nutricional.

Este evento vai decorrer entre os dias 12 a 16 de Outubro e pode ser acompanhado em directo da STV, STV Notícias, STV Play ou pelo Facebook e Instagram da STV.

Mozambique pension fund and investiment digital summit

Mozambique pension fund and investiment digital summit foi concebido com o objectivo de unir as pessoas, para discutir tópicos relevantes sobre fundos de pensões, poupança, investimentos, e estabelecer sinergias entre os intervenientes do mercado.

O evento principal será a 15 de Outubro e, desta vez, o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM) junta-se a nós para a partilha de insights sobre os fundos de pensões em Moçambique, perspectivas, desafios, e mais.

O Mozambique Pension Fund and Investment Digital Summit será patrocinado pela Emose e Sanlam como patrocinadores do evento.

Para inscrições acesse:  info@toshiaffiliates.com

Financial Inclusion Week

A Semana de Inclusão Financeira (FIW) é um encontro anual da comunidade global que trabalha para promover finanças inclusivas. Convocado pelo Centro de Inclusão Financeira (CFI), um think tank independente sediado na Accion, o FIW 2020 será organizado em torno das quatro prioridades estratégicas do CFI:

– Terça-feira, 13 de outubro: Serviços Financeiros para Mitigação e Adaptação ao Risco Climático;

– Quarta-feira, 14 de outubro: Inclusão Financeira de Mulheres 

Quinta-feira, 15 de outubro: Oportunidades de Dados e Riscos para Inclusão Financeira; 

– Sexta-feira, 16 de outubro: Proteção ao Consumidor Além disso, na sexta-feira, também iremos aproveite a oportunidade para explorar o futuro da inclusão financeira após o COVID-19.

Para se inscrever aceda: http://financialinclusionweek.org/

Mozambique Gas Virtual Summit

Nos dias 28-29 de outubro de 2020, os eventos ENH e dmg irão co-hospedar a Cimeira Virtual do Gás em Moçambique, realizada com o apoio e participação do MIREME e do INP. 

A cúpula virtual contará com discursos principais de H.E. Valige Tauabo, Governador de Cabo Delgado, Estêvão Pale, Presidente e CEO da ENH, Carlos Zacarias, Presidente do INP e Jos Evens, Lead Country Manager da  ExxonMobil Moçambique.

Para mais informações visite: http://www.mozambique-gas-summit.com

Continue ligado ao Profile e saiba das novidades sobre os principais eventos que debatem a economia do País.

África sai da recessão económica de 3,3% este ano e cresce 2,1% em 2021

O Banco Mundial estimou que a economia africana deverá sair da recessão económica de 3,3% este ano e registar um crescimento de 2,1% no próximo ano e de 3,2% em 2022.

De acordo com o relatório Pulsar de África que a Lusa teve acesso, divulgado recentemente em Washington, os analistas desta instituição financeira multilateral estimam que os países africanos registem um crescimento económico de 2,1% no próximo ano, ainda assim abaixo dos 2,9% registados no ano passado.

A recessão de 3,3% que o Banco Mundial projecta para esta região este ano, devido à pandemia de covid-19 e à descida do preço das matérias-primas, será a maior dos últimos 25 anos, de acordo com esta instituição.

O cenário base do Banco Mundial assume que o número de infeções por covid-19 continua a abrandar e que os novos surtos não vão chegar ao ponto de motivar um novo confinamento, porque caso a pandemia seja mais prolongada ou haja uma segunda vaga, a economia da África subsaariana pode crescer apenas 1,2% em 2021 e 2,1% em 2022.

Mais preocupante é o PIB per capita, ou seja, a criação de riqueza em função do número de habitantes, que o Banco Mundial diz poder retroceder para níveis de 2007, aniquilando mais de uma década de ganhos.

“A pandemia colocou em risco uma década de progresso económico conquistado arduamente”, lê-se no documento, que alerta que 40 milhões de pessoas podem ser empurradas para uma situação de pobreza extrema, anulando cinco anos de ganhos nesta área.

O primeiro caso de Covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.