Segunda-feira, Maio 20, 2024
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Reabertura de praias e fronteiras reanima turismo na Ponta d’Ouro

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Os operadores turísticos da Ponta d’Ouro, na província de Maputo, dizem-se animados com o regresso às praias e esperam que com a possível reabertura da fronteira com a África do Sul o seu negócio ganhe fôlego, depois de meses sob flagelo da COVID-19. Entretanto, na primeira semana de retoma às praias, a temperatura era desfavorável e quase que não houve banhistas na Ponta d’Ouro.

O Coronavírus ditou um novo estilo de vida marcado por restrições no mundo para controlar a propagação da doença. O encerramento das fronteiras e praias foi inevitável e só há pouco tempo alguns países iniciaram um alívio gradual às proibições.

O turismo ficou afectado pela COVID-19 e quase à beira do colapso precisa de praias e fronteiras abertas para se reanimar. No dia 15 de Setembro, as praias moçambicanas foram reabertas mas quase ninguém foi à Ponta d’Ouro. Aquele espaço de lazer estava deserto, facto que predominou por quase cinco meses, deixando seca a fonte de dinheiro das estâncias turísticas.

“Resumindo, nós estamos em crise porque as pessoas não eram permitidas ir à praia e nós dependemos disso para ter clientes”, disse Firmino Massinga, um operador turístico na Ponta d’Ouro. Os operadores turísticos dependem da praia para ter clientes e estes do clima para se fazerem às praias. Na primeira semana da permissão para se frequentar as praias a temperatura não estava favorável.

O trabalho das estâncias turísticas deverá ter em conta as medidas de prevenção do novo Coronavírus, sobretudo com a possível reabertura das fronteiras com a vizinha África do Sul, país com mais de 600 mil casos positivos do novo Coronavírus.

“Água, sabão e máscara não podem faltar. É o que estamos tentar fazer. Agora, do distanciamento [físico] é difícil falar. Mas estamos a tentar…”, apontou Maria Madalena. Para os restaurantes, a regra é a mesma: “temos desinfectantes, os trabalhadores com máscaras e medimos a temperatura. Nós seguimos todas as regras de prevenção do novo Coronavírus”, garantiu Firmino Massinga.

Com a reabertura das fronteiras, a África do Sul impôs a apresentação do teste negativo do novo Coronavírus a todos os visitantes que chegarem àquele país. Espera-se que medidas similares sejam tomadas do lado moçambicano, em caso de abertura, como forma de evitar o aumento do número de casos importados da terra do rand.

Financiamento de GNL em Moçambique

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Com oito projectos planeados de gás natural liquefeito (GNL) contendo uma capacidade total de liquefação de 44 milhões de toneladas, a África Subsariana deve se tornar um líder regional na produção e exportação de GNL, respondendo por 8% da capacidade global potencial em meados da década de 2020.

Moçambique emergiu como um hotspot de GNL no continente e prevê-se que se torne um dos dez maiores produtores de GNL a nível mundial nos próximos cinco anos, ancorado por dois desenvolvimentos de grande escala na Área 1 e Área 4.

Em Novembro, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou um empréstimo de 400 milhões de dólares para apoiar a construção de uma planta integrada de GNL, incluindo o desenvolvimento de campos de gás offshore na Área 1 e uma planta de liquefação de duas unidades com capacidade de 12,9 milhões de toneladas por ano.

Liderado pela Total, o projecto Mozambique LNG Área 1 representa o maior investimento directo estrangeiro no continente até ao momento. O BAD actua como uma das várias instituições, que vão desde bancos comerciais a instituições financeiras de desenvolvimento e agências de crédito à exportação, que fornecem financiamento de dívida sénior para o projecto.

Com a Decisão Final de Investimento (DFI) feita em Junho de 2019, a produção está prevista para 2024. A produção e exportação de GNL da Área 1 serão complementadas pelo projecto vizinho da ExxonMobil Rovuma LNG localizado na Área 4.

O desenvolvimento visa extrair gás natural de um bloco de águas profundas que contém mais de 85 trilhões de pés cúbicos de gás e produziria cerca de 15,2 milhões de toneladas por ano. Embora a ExxonMobil estivesse preparada para a DFI, no projecto em 2020, a decisão foi adiada indefinidamente devido à pandemia da COVID-19.

Académicos defendem que o défice tecnológico trava transição para “nova pedagogia”

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O acentuado défice tecnológico de Moçambique é um travão ao salto necessário para uma “nova pedagogia” que será dependente de meios digitais e terá uma “matriz híbrida”, defenderam recentemente académicos moçambicanos.

As dificuldades na transição do tradicional ensino presencial para o digital em Moçambique foram tema do debate “Celebrar a Universidade, perspectivar o Ensino Superior no séc. XXI”, promovido através da Internet pela Universidade Politécnica de Maputo.

Danilo Barbato, académico e especialista em gestão de recursos financeiros no ensino superior, assinalou que o baixo acesso dos alunos moçambicanos à Internet constitui um entrave ao impulso reformador imposto pela nova conjuntura no contexto da pandemia de covid-19.”Dos cerca de 30 milhões de habitantes de Moçambique, apenas 20% têm Internet, o que torna o ensino digital um desafio colossal”, afirmou.

Considerando inevitável o modelo híbrido de ensino, que vai assentar na combinação entre a presença na sala de aulas e o ensino virtual, Danilo Barbato defendeu um “consórcio para a inclusão digital”, através da mobilização de escolas, empresas e entidades públicas.”Temos de nos preparar para um cenário em que o professor vai deixar de ser o núcleo central do processo educativo, porque a capitalização dos meios digitais vai conferir um maior espírito autodidacta aos estudantes”, referiu.

Por seu turno, o reitor da Universidade de Moçambique (UDM) e filósofo Severino Ngoenha considerou incontornável “uma nova pedagogia” imposta por um maior recurso aos meios digitais no ensino. “Os meios digitais que os alunos viam como lazer passam a ser meios didácticos e as plataformas digitais serão a nova pedagogia”, frisou Ngoenha.

Lourenço do Rosário, fundador da Universidade Politécnica, a primeira privada em Moçambique, considerou necessário que as instituições de ensino superior no país voltem a ganhar autonomia para imporem o seu destino, criticando a burocratização pelo Estado na definição dos programas lectivos das universidades.

“O diálogo entre pares das universidades sobre a definição programática da formação universitária foi entregue a um debate de burocratas que retirou autonomia às universidades”, criticou Lourenço do Rosário. Nesse sentido, prosseguiu, é urgente que as instituições de ensino recuperem o direito de traçar o seu próprio caminho.

MOZAMBIQUE GAS & POWER 2021

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A primeira exposição de Gás e Energia em Moçambique organizada pela Africa Oil & Power será realizada a 8 e 9 de março do próximo ano.

“A Africa Oil & Power vai trazer investidores globais e decisores políticos no sector do petróleo e gás para a primeira Exposição e Conferência ‘Mozambique Gas & Power’, com o tema “Alavancando o Gás Natural Liquefeito: Construindo um Moçambique Próspero”.

O certame vai decorrer de 8 e 9 de março do próximo ano, sendo focado na diversificação da exploração, investimento, construção de capacidade local e dando primazia às mulheres através da Iniciativa Equalby30.

No dia 10 de março haverá espaço ainda para várias reuniões de trabalho que vão dedicar-se aos programas de formação e certificação para os empresários e empreendedores locais.

Para mais Informações clique aqui.

Mozambique Webinar

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A COVID-19 tem desestabilizado o mercado de óleo e gás em todo o continente, atrasando projectos e criando obstáculos para o desenvolvimento de novas indústrias.

Mas com as viagens limitadas devido ao COVID-19, Moçambique tem uma nova oportunidade para preencher uma lacuna de força de trabalho criada pelas restrições do COVID-19.

Que formação e educação devem ser priorizadas para os moçambicanos durante este tempo?

Como o país pode preparar melhor seu sector doméstico para actividades em 2021 e depois? Quais são os desafios que o sector local de Moçambique enfrenta para participar plenamente na indústria de petróleo e gás e como esses desafios podem ser mitigados?

O webinar de Moçambique está agendado para começar em 24 de Setembro de 2020 às 16:00 SAST.

Para mais informaçõesvisite: www.aopwebinars.com

Governo e Total satisfeitos com avanços no projecto de gás

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Actividades em Afungi

Filipe Nyusi, e o líder da petrolífera francesa Total, Patrick Pouyanné, congratularam-se hoje com os avanços no projecto de exploração de gás natural em construção no norte do país, anunciou a Presidência da República.

“As duas partes debruçaram-se sobre a evolução do projecto e congratularam-se com os progressos”, refere nota da presidência, após uma audiência concedida, recentemente, em Maputo, pelo chefe de Estado a uma delegação da Total.

“A liderança da Total reafirmou o seu pleno empenho em continuar a executar o projecto em conformidade com o programa e as metas previstas”, ou seja, início de exploração da Área 1 da bacia do Rovuma, ao largo da província de Cabo Delgado, em 2024.

A 24 de Agosto, a Total anunciou uma revisão do memorando de entendimento com o Governo moçambicano para operacionalização de uma força conjunta para a segurança do projecto, com apoio logístico do consórcio petrolífero da Área 1.

Em esclarecimentos à Lusa, a petrolífera francesa referiu que “a revisão do memorando de segurança reflecte o aumento das actividades na fase de construção e a mobilização de uma maior força de trabalho”.

Filipe Nyusi e o líder da Total manifestaram num encontro recente, o desejo de “criar um mecanismo de articulação regular de alto nível”, para “manter uma comunicação fluída, de modo a viabilizar a implementação bem-sucedida do projecto”.

Segunda Edição da MOZGROW

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A Fundação SOICO (FUNDASO) realiza, de 12 a 16 de Outubro, a Segunda Edição da MOZGROW. Trata-se de uma edição especial, alinhada com as celebrações do Dia Mundial de Alimentação.

Lançada em 2018, a MOZGROW é uma iniciativa voltada para o crescimento económico inclusivo e desenvolvimento sustentável, com particular enfoque no sector do agro-negócio, bem como na promoção da segurança alimentar e nutricional.

A actuação da MOZGROW é guiada em duas perspectivas:

1 – Promove o agronegócio como um sector estratégico para a promoção do trabalho digno, crescimento económico, produção, disponibilidade, acessibilidade, qualidade e segurança dos alimentos.

2 – Focada na educação alimentar e nutricional.

A 2ª Edição, que decorre sob o lema “Produzir, Valorizar, Nutrir e Preservar”, irá promover a partilha de experiências sobre os caminhos para transformação dos produtores do sector familiar, para o aumento da produção de alimentos e dos seus rendimentos. Pretende-se, ainda, promover a educação alimentar e nutricional.

Serão produzidos e disseminados conteúdos como debates, entrevistas e reportagens, cuja transmissão será feita no canal de televisão – STV Notícias e outras plataformas digitais.

Saiba mais através do site: http://www.fundaso.org.mz/

Como solucionar o problema de habitação para jovens

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Recentemente, saiu um relatório dramático. Imagina que 90% da população moçambicana não tem capacidade para comprar uma casa nova? Pelo menos é o que diz o mais novo Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Moçambique. Já que somos uma população de cerca de 30 milhões, significa que 27 milhões não podem adquirir um imóvel novo.

Assumindo que nossa população predominante é jovem, torna-se assustador saber que muitos deles correm o risco de continuar a viver sob o tecto dos pais por muito tempo.

Naturalmente, pessoas que já possuem residência própria não têm por que se preocupar. Mas a maioria tem motivos mais do que suficientes para perder o sono. A pergunta que é inevitável e simples é esta: Agora e nos próximos anos, onde viverá a maior parte da população que não pode comprar uma casa?

Esta pergunta, não tem uma resposta fácil, mas existem caminhos viáveis. Obviamente que, continuar na casa dos pais não é uma opção a considerarmos. Mesmo se assumirmos que nem todos jovens fazem planos de comprar uma casa e que um bom número vai preferir construir, a questão prevalece. De um ou de outro jeito, é uma questão de dinheiro.

Como adiantou o próprio relatório do BM, a população em causa não tem rendimento suficiente nem capacidade de endividamento, devido ao “rendimento disponível familiar baixo, o qual se agravou com a queda acentuada do PIB”.

Portanto, a falta de dinheiro é o primeiro e o mais importante motivo para 90% dos moçambicanos não serem capazes de garantir tecto para si e para os seus. Entretanto, têm surgido projectos de habitação tentando responder ao problema sem ferir gravemente o bolso da população. Constroem e vendem casas acessíveis, com relativa facilidade de pagamento.

Mas o maior problema que encontramos com casas acessíveis tem a ver com a robustez. Não dá para construir casas baratas e esperar que durem. É quase impossível. Enquanto não podemos afirmar se essas tentativas encontrarão um ponto de equilíbrio, podemos adiantar que a questão de habitação precisa ser pensada além da simples provisão de tecto para a maioria que precisa.

A escolha do material não deve ser baseada apenas no custo final para o consumidor. Espera-se que comprar uma casa seja um investimento para a vida. Sendo assim, qualquer corrida com vista a reduzir o problema de habitação deve respeitar este princípio básico: bom custo-benefício. Ademais, soluções de habitação devem merecer mais atenção por parte das instituições do estado que velam pelo assunto.

Moçambique regista inflação de 0,06% em agosto, segundo o INE

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Moçambique registou em Agosto uma inflação mensal de 0,06%, de acordo com dados hoje publicados pelo boletim do Índice de Preços no Consumidor (IPC) do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Desagregando a variação mensal por produto, “as divisões de bebidas alcoólicas, tabaco, bem como de restaurantes, hotéis, cafés e similares contribuíram cada com cerca de 0,02 pontos percentuais”, lê-se no boletim.

Do lado contrário, “destaca-se a queda de preços do tomate (9,6%), da gasolina (1,4%) e do açúcar castanho”.
A inflação média a 12 meses subiu em Agosto para 2,92%, seguindo uma tendência de aumento registada desde Abril, altura em que se se situava em 2,73%. A inflação homóloga foi de 2,75%, abaixo dos 2,80% de Julho.

Em termos acumulados, Moçambique registou nos primeiros oito meses do ano uma inflação de 0,45%, sendo que em maio, Junho e Julho houve deflação.

Os valores do IPC são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

Associação moçambicana lança programa para apoiar certificação de PME

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A Iniciativa visa apoiar “a edificação de um sector empresarial mais produtivo e competitivo que contribua para o desenvolvimento socioeconómico do país”, disse Luís Magaço, presidente do conselho de gerência da ACIS em Maputo.

Luís Magaço, Falava na cerimónia de lançamento do programa nacional de capacitação e preparação das empresas para a certificação, designado por Qualificar, fruto de parceria entre a ACIS e a empresa de consultoria Insite.

“Este é um programa ajustado às condições específicas das empresas nacionais. Com o apoio dos nossos parceiros, queremos numa primeira fase, antes do fim do ano, iniciar a capacitação de 300 empresas, em todo o território nacional”, acrescentou.

A acção está “ajustada às condições específicas das empresas nacionais” e vai seguir “padrões internacionais relevantes”, considerados como estratégia e requisito para o desenvolvimento de competitividade e melhoria de desempenho. “A certificação concedida por organismos acreditados e independentes é considerada uma ferramenta adequada para demonstrar a conformidade e capacidade de fornecimento das empresas locais mediante padrões internacionais”, acrescentou o dirigente.

A ACIS vai continuar a desenvolver outras acções de apoio às empresas, com destaque para advocacia na remoção de várias barreiras nocivas ao ambiente de negócios.

Por seu turno, Carlos Mesquita, ministro da Indústria e Comércio, referiu que a adopção da calibração e verificação de instrumentos de medição e certificação de produtos e serviços são “factor crucial” para a sobrevivência e competitividade das empresas.

“O processo pode assegurar a sua participação efectiva e sustentável na cadeia de fornecimento de bens e prestação de serviços no território nacional e em particular aos grandes projectos”, disse o governante.