Segunda-feira, Junho 16, 2025
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Vale atinge recorde de 1 milhão de toneladas de carvão em Outubro

A produção de carvão na Mina de Moatize ultrapassou 1 milhão de toneladas no último mês de Outubro, um resultado significativo que já não era alcançado há mais de 3 anos.

Assim, Outubro ficou marcado por um forte desempenho operacional da actividade mineira com a produção a ultrapassar, só num mês, mais de 1 milhão de toneladas processadas de carvão metalúrgico e carvão térmico.

Segundo Leonardo Xerinda, Gerente Executivo da Operação da Mina, “este é o resultado do empenho das equipas e do trabalho de revitalização das usinas”.

Leonardo Xerinda realça a segurança operacional como um elemento-chave sendo importante “garantir sempre que estamos a operar de forma segura e que cada um se supera no seu ramo de actuação, pois só assim teremos resultados que ultrapassam a nossa expectativa”, aponta ainda Leonardo Xerinda.

Todo o esforço e investimento empreendidos para atingir o marco de 1 milhão de toneladas reforça o compromisso em manter uma operação competitiva e garantir a continuidade operacional da indústria do carvão em Moçambique.

Em linha com o seu pilar estratégico do Novo Pacto com a Sociedade e enquanto procura conduzir um processo responsável de identificação de interessados no negócio de carvão, a Vale manterá todos os seus compromissos com a sociedade e os stakeholders, incluindo obrigações assumidas relativamente a colaboradores e comunidades.

Millennium bim distinguido como “Best Private Bank em Moçambique”

O Millennium bim conquistou pela terceira vez consecutiva, o prémio “Best Private Bank”, atribuído por um júri internacional que reconheceu a excelência da oferta de serviços do banco para os seus Clientes Private.

Por outro lado, o prémio vem valorizar a capacidade de resposta que o Millennium bim demonstrou durante a crise pandémica da COVID-19, tendo disponibilizado um atendimento exclusivo por videochamadas aos seus Clientes Private, bem como a possibilidade de realizarem todas as suas operações através de canais digitais.

O júri valorizou ainda a qualidade da oferta de produtos do Banco e a capacidade de gestão demonstrada pelas suas equipas.

O prémio “Best Private Bank” é atribuído anualmente pela “Global Finance”, uma revista de referência internacional na informação sobre mercados financeiros e análise do sector bancário. Esta eleição resultou da análise do desempenho do Banco, entre 1 de Julho de 2020 e 30 de Junho de 2021, pelo colégio de editores da revista, assim como de uma sondagem junto dos leitores da publicação e reputados analistas da área.

Segundo Joseph D. Giarraputo, Director Editorial da Global Finance, “os Clientes Private responderam à crise global de diversas maneiras, incluindo a procura por um conjunto mais diversificado de soluções de crédito e investimento sustentáveis, bem como por serviços digitais cada vez mais sofisticados. Nesse contexto, este prémio reconhece os Bancos privados que se destacaram através da concepção e disponibilização de soluções à medida das necessidades dos seus Clientes durante esta crise”, acrescentou Giarraputo.

Referindo-se à nova distinção internacional, José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, considerou que “este prémio representa a confiança dos nossos Clientes nos nossos produtos, serviços e canais digitais, bem como a competência dos nossos Gestores Private, sempre empenhados em proporcionar um atendimento de excelência. A todos, endereço uma palavra de apreço e manifesto a nossa profunda gratidão”.

A distinção de “Best Private Bank em Moçambique 2022” realça o dinamismo e a capacidade do Banco, em contexto da crise global da COVID-19, de responder de forma proactiva às necessidades dos seus Clientes Private.

Assim, o galardão junta-se ao acervo de mais de uma centena de prémios internacionais já averbados pelo Millennium bim.

Sobre o Millennium bim – Maior grupo financeiro moçambicano, tem marcado o ritmo de crescimento do sector bancário. No processo de bancarização da economia moçambicana, o Banco está presente em todas as províncias do país e conta hoje com uma vasta rede de balcões, e uma das maiores redes de ATM e POS. O Millennium bim é o Banco mais premiado do País e o primeiro Banco moçambicano presente no ranking dos 100 maiores Bancos de África.

Diamantes: Moçambique já é membro no mercado mundial

Moçambique já é membro do pleno direito do Processo Kimberley, um mecanismo internacional de controlo do negócio de diamantes. O anúncio foi feito em Moscovo, Rússia, num encontro que juntou países integrantes do órgão.

Falando após o anúncio, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, afirmou que a admissão ao Processo Kimberley faz com que Moçambique possa tirar proveito da riqueza diamantífera que possui um pouco pelas três regiões do país, nomeadamente nas províncias de Gaza (sul), Manica e Sofala, Tete (centro) e Niassa (norte).

Segundo Max Tonela, os frutos da admissão devem começar a ser construídos agora, através de viabilização de uma série de projectos que estavam parados.

Refira-se que o Processo Kimberley foi criado em 2003 com o objectivo de evitar o financiamento de guerras civis com base nos diamantes. É nesse contexto que, desde então, o organismo tem emitido para os países-membros certificados sobre a origem destes recursos para a sua colocação no mercado internacional.

O relatório apresentado na tarde de quarta-feira pela Comissão de Avaliação mostrou que Moçambique reúne todas as condições para passar a membro de pleno direito do Processo Kimberley. Dados avançados há dias pelo secretário-executivo da Unidade de Gestão do Processo Kimberley, Castro Elias, indicam que, neste momento, existem 44 licenças de prospecção e pesquisa, havendo 78 pedidos que estão em curso, mas que não podiam ser desenvolvidos porque Moçambique não era membro deste mecanismo.

Access Bank premiado melhor banco para actividades de tesouraria

O Access Bank foi distinguido pela revista internacional Global Brands Magazine
com o prémio Best Bank for Treasury Activities – Mozambique.

O galardão destaca a qualidade, gestão e desenvolvimento de soluções financeiras do banco que contribuem para a robustez do sistema bancário nacional.

A Global Brands Magazine é uma conceituada revista com sede no Reino Unido que, anualmente, distingue as melhores marcas mundiais tendo como base de análise uma visão única , um serviço excepcional, soluções inovadoras e produtos centrados no consumidor entre os seus líderes da indústria.

Segundo o Director de Mercados e Tesouraria do Access Bank, Dharmit Cumar, o prémio reconhece não só os colaboradores do banco, como também todos os parceiros que acreditam na excelência do Grupo e procuram nele o investimento que precisam para desenvolver os seus negócios.

Este prémio simboliza o empenho que o Access Bank Mozambique demonstra
através das suas equipas desenvolvimento de soluções financeiras que contribuem para a consolidação do mercado financeiro nacional, bem como para apoiar os clientes e parceiros nos seus investimentos e também nas transações com o mercado internacional, destacou
Dharmit Cumar.

Como parte de um Grupo que abrange 3 continentes, 17 países e mais de 49 milhões de clientes, o Access Bank incorpora uma experiência acumulada em todos os segmentos de mercado.

A expansão reforça a sua posição como o banco com maior base de clientes, mantendo a visão de querer ser o banco africano mais respeitado do mundo.

Coral-Sul FLNG pronta a navegar para a bacia do Rovuma

Eni como Operador Delegado e em nome dos seus Parceiros da Área 4 (ExxonMobil, CNPC, GALP, KOGAS e ENH) realizou hoje a cerimónia de baptismo e de largada da Coral-Sul FLNG, a primeira instalação flutuante de GNL a ser implantada nas águas profundas do continente africano. O evento teve lugar nos estaleiros Samsung Heavy Industries em Geoje, Coreia do Sul, na presença de S.E. Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique, e S.E. Moon Jae-in, Presidente da República da Coreia.

O FLNG, que faz parte do Projecto Coral South, será agora rebocado e atracado no seu local de operação na bacia do Rovuma, ao largo de Moçambique. O arranque da produção está previsto para a segunda metade de 2022, e contribuirá para aumentar a disponibilidade de gás num mercado apertado.

O Projecto Coral South alcançou a Decisão Final de Investimento em 2017, apenas 36 meses após a última avaliação ter sido bem sucedida. As actividades de fabrico e construção de FLNG começaram em 2018 e foram concluídas a tempo e a custo, apesar da pandemia. Enquanto se realizavam as actividades de construção na Coreia, várias actividades significativas foram empreendidas em Moçambique, com total apoio das autoridades moçambicanas, incluindo a campanha de perfuração e conclusão em águas ultra profundas (2000m wd) que envolveu as mais elevadas competências tecnológicas e operacionais e equipamento.

O Projecto Coral South irá gerar uma tomada significativa do Governo para o País, criando mais de 800 novos postos de trabalho durante o período de operação.

Stefano Maione, Director de Desenvolvimento, Operações e Eficiência Energética da Eni, afirmou: “O Coral Sul FLNG é um feito de classe mundial de engenharia, know-how de construção e tecnologia, adequado para iniciar o desenvolvimento dos recursos de classe mundial de Moçambique. O projecto enquadra-se integralmente e dentro da estratégia de transição energética da Eni, à medida que avançamos para um futuro energético descarbonizado, no qual o gás está a desempenhar um papel essencial e transitório”.

Coral-Sul FLNG implementou uma abordagem de optimização energética, integrada na concepção através de uma análise sistemática das melhorias de eficiência energética. Estas incluem, entre outras, a queima zero durante as operações normais, a utilização de turbinas a gás aeroderivadas de eficiência térmica para compressores de refrigeração e geração de energia, a utilização da tecnologia Dry Low NOx para reduzir as emissões de NOx e sistemas de recuperação de calor residual para o processamento de gás.

 

Sobre a Coral Sul FLNG

O Coral Sul FLNG tem 432 metros de comprimento e 66 metros de largura, pesa cerca de 220.000 toneladas e tem a capacidade de acomodar até 350 pessoas no seu módulo de oito andares Living Quarter. Uma vez que a instalação FLNG esteja em funcionamento, a campanha de instalação terá início, incluindo as operações de amarração e de engate a uma profundidade de água de cerca de 2.000 metros, através de 20 linhas de amarração que pesam totalmente 9.000 toneladas.

A instalação de tratamento e liquefacção de FLNG tem uma capacidade de liquefacção de gás de 3,4 milhões de toneladas por ano (MTPA) e irá colocar em produção 450 mil milhões de metros cúbicos de gás do reservatório gigante de Coral, localizado na Bacia do Rovuma offshore.

Sobre Eni

A Eni está presente em Moçambique desde 2006. Entre 2011 e 2014, a empresa descobriu recursos de gás natural supergiantes na bacia do Rovuma, no Coral, Complexo de Mamba e reservatórios da Agulha, mantendo no local cerca de 2.400 mil milhões de metros cúbicos de gás. Eni detém igualmente direitos de exploração dos blocos offshore A5-B, Z5-C e Z5-D, nas bacias de Angoche e Zambeze.

Sobre a Área 4

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint-venture incorporada propriedade da Eni, ExxonMobil e CNPC, que detém uma participação de 70% no contrato de concessão de exploração e produção da Área 4. Além da MRV, Galp, KOGAS e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. detêm cada uma uma uma participação de 10 por cento na Área 4. Eni é o Operador Delegado offshore e lidera a construção e operação da instalação flutuante de gás natural liquefeito em nome da MRV.

Société Générale foi parceiro do “Mozambique Agrobusiness, Industry and Logistic Forum”

O Banco Société Générale Moçambique fez parte deste evento marcante da agenda económica nacional que teve nesta edição como tema “Ambiente de Negócios, Acesso ao Financiamento e Oportunidades de Negócios”.

Nesse sentido, o Banco Société Générale Moçambique esteve representado no evento através do seu Gestor dos Sectores: Comércio e Distribuição, Agronegócio e Instituições Financeiras, Milton Langa, que fez a apresentação no painel Accesso ao Financiamento e Iniciativas de Apoio ao Sector Privado.

“A nossa abordagem face ao agronegócio, sendo uma área fundamental no desenvolvimento socioeconómico de Moçambique, passa por apoiar o sector através de linhas de financiamento específicas, a taxas muito competitivas.”

Já Guillaume Conil, Director de Banca Corporativa do Société Générale Moçambique, mostrou o alinhamento do Banco e falou de “uma abordagem integrada de todos os sectores de actividade e principais cadeias de valor, oferecendo diversas soluções de financiamento. Acreditamos poder agregar mais e maior valor aos nossos Clientes e aos seus Parceiros, porque é fundamental conhecer e estar por dentro da especificidade de cada área de negócio por forma a melhor entender as suas necessidades e poder prestar melhores serviços e criar as soluções adequadas”.

O Mozambique Agrobusiness, Industry and Logistic Forum realizou-se, este ano, na zona Centro de Moçambique, uma região com uma importância crucial pela sua localização, enquanto corredor preponderante e um potencial futuro hub logístico que ligará os países do hinterland à orla costeira e às principais vias marítimas, bem como os grandes projectos do Norte e do Sul do País.

Precisamente ao nível da logística, a abordagem do Société Générale Moçambique está focada “em trabalhar com todos os actores da cadeia de valor, facilitando a banca transaccional dos mesmos, que é muito dinâmica e característica do sector, bem como os financiamentos de curto e médio prazo.”

Ao associar-se enquanto Parceiro do Mozambique Agrobusiness, Industry and Logistic Forum o Banco Société Générale Moçambique ambiciona acrescentar o seu profundo know-how e vasta experiência, adquiridos por via de uma presença centenária no continente Africano, em áreas fundamentais do desenvolvimento económico de Moçambique, como os sectores do agronegócio e da logística, com os quais o Banco trabalha no âmbito do seu approach sectorial no desenvolvimento dos seus negócios.

O Banco Société Générale Moçambique apoiou esta iniciativa da ACIS esperando que se
consolide como um marco no calendário empresarial anual, com benefícios para o crescimento e desenvolvimento do Sector Empresarial de Moçambique.

BCI incentiva alunos a poupar

Alunos, professores e quadro directivo da Escola Lusófona de Nampula beneficiaram há dias de uma palestra de educação financeira, promovida pelo BCI, por ocasião do dia da Poupança, assinalado a 31 de Outubro.

Ministrada por Nazia Tarmamade, colaboradora do Banco, a sessão incidiu sobre o papel do sistema financeiro, as formas alternativas de poupança, o desafio de poupar em tempos de crise, e sobre as formas de disciplinar as finanças pessoais e familiares.

Com o objectivo, entre outros, de promover a inclusão financeira e a educação para a cidadania económica, incentivar à poupança, à abertura de contas menores e depósitos a prazo, foi enfatizado, na sessão, que a disciplina é fundamental para o alcance da meta
de poupança.

A este respeito a palestrante referiu que “se gastamos rapidamente o excedente do nosso dinheiro, vamos apenas poder obter um pequeno mimo. Se poupamos o que resta do nosso dinheiro hoje vamos poupando todos os dias, então podemos alcançar um objectivo
maior”.

E prosseguiu: “se temos uma meta clara da poupança que queremos é mais fácil alcançá-la, porque ter um plano de poupança nos motiva a poupar para alcançar a meta estabelecida”. E concluiu: “é possível consumir e poupar. Temos apenas de ser consumidores inteligentes”.

A Assessora Pedagógica da Escola, Maria José Gustavo, que presenciou e elogiou a actividade, encorajou o BCI a prosseguir com iniciativas desta natureza, de carácter didático, prometendo voltar a contar com o Banco para mais acções do género.
Sensibilizados, os alunos da “Lusófona de Nampula”, cujas classes dos participantes variam da 5a a 10a classes , mostraram-se entusiasmados e interessados em adoptar hábitos de poupança, para que o futuro seja cada vez mais próspero.

Diamantes: Moçambique quer entrar no mercado

Para o efeito, o país busca lugar de membro no Processo de Certificação de Kimberley, protocolo que contempla também gemas e metais preciosos. Além dos ganhos financeiros, a admissão de Moçambique ao mecanismo da ONU evita que os diamantes sejam usados para financiar terrorismo e guerras.

Em toda a extensão do Rio Save, em Manica, Sofala, Tete, Niassa e Gaza, há ocorrência de diamantes, de acordo com estudos feitos pelo Governo e que teriam iniciado nos anos noventa, sendo que a primeira publicação foi em 1998.

Uma riqueza abundante que não é aproveitada por um único motivo: receio de que estes se tornem “diamantes de sangue”, nome dado a estas pedras preciosas quando exploradas ilegalmente e usadas para financiar movimentos terroristas ou guerras de rebeldes contra Governos eleitos, ambos fenómenos comuns em África.

Mas, o receio não é só de Moçambique. É, principalmente, dos países signatários do Processo de Kimberley (PK), instituído pelas Nações Unidas, em 2003, com o objectivo de evitar a repetição dos dramas vividos em Angola e Serra Leoa, onde emergiram conflitos em volta dos recursos naturais.

Desde então, o Processo de Kimberley, participado até aqui por 82 países, passou a ser instrumento orientador das políticas de certificação, exploração e venda do diamante bruto, usando várias ferramentas e garantindo que este recurso não venha de zonas de conflito.

Tornar-se signatário desta plataforma é o único caminho que Moçambique tem para usufruir das riquezas de que dispõe no que às pedras e metais preciosos diz respeito. A reunião plenária decisiva tem lugar na Rússia, esta quinta-feira (11.09.2021).

Depois do chumbo, em 2016, por deficiências legislativas e estruturais, este ano, o país volta a candidatar-se a membro da unidade de gestão. Cinco anos depois, a candidatura tem mais força, melhor preparação administrativa e apoio de países membros, nomeadamente, Angola, Zimbabwe, República Democrática do Congo e Rússia.

Entre Janeiro e Outubro de 2021 os preços aumentaram 4,14%

Os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) entre Janeiro e Outubro do ano em curso indicam que os preços aumentaram na ordem de 4,14% no país.

De acordo com o INE, as divisões de alimentação e bebidas não-alcoólicas e de restaurantes, hotéis, cafés e similares foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 1,97 pontos percentuais (pp) e 0,59 pp positivos, respectivamente.

Quanto à variação acumulada por produto, o INE destaca o aumento dos preços do tomate, de refeições completas em restaurantes, do carapau, do carvão vegetal, do óleo alimentar, do peixe seco e da gasolina, que comparticiparam com cerca de 2,28pp positivos no total da variação acumulada.

“Comparativamente a igual período do ano anterior, o país registou, no mês em análise, um aumento de preços na ordem de 6,42%. As divisões de alimentação e bebidas não-alcoólicas e de restaurantes, hotéis, cafés e similares foram, em termos homólogos as que registaram maior variação de preços, com cerca de 12,23% e 6,27%, respectivamente”, descreve o INE.

Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do país, o INE notou que, em Outubro último, todas as cidades registaram aumento de preços, com a cidade de Nampula a destacar-se com cerca de 1,20%, seguida da Cidade de Maputo, com 0,87% e, por fim, a cidade da Beira com aproximadamente 0,47%.

Relativamente à variação acumulada, a fonte aponta que a cidade de Nampula teve a maior subida do nível geral de preços com cerca de 4,90%, seguida das cidades de Maputo com 4,28% e da Beira com 2,69%.

Comparativamente à variação homóloga, a cidade de Nampula liderou a tendência de aumento do nível geral de preços com aproximadamente 7,86%, seguida da cidade da Beira com cerca de 6,08% e, por último, a Cidade de Maputo com 5,82%.

Em termos mensais, o mês de Outubro findo registou uma inflação na ordem de 0,89%, nas cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com os do mês anterior.

“As divisões de alimentação e bebidas não-alcoólicas e de transportes foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,43 e 0,23 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente”, explica o INE.

Contudo, em relação à variação mensal por produto, é de destacar o aumento dos preços da gasolina (3,7%), do tomate (5,3%), do coco (15,5%), do peixe seco (3,6%), do carapau (1,5%), de refeições completas em restaurantes (0,5%) e do peixe fresco (1,2%).

Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,59pp positivos. Todavia, alguns produtos, com destaque para o amendoim (2,4%), a cebola (2,7%) e a farinha de mandioca (6,6%), contrariaram a tendência de aumento, ao contribuírem com cerca de 0,05pp negativos.

Comercialização de cervejas sem selo termina em Fevereiro de 2022

A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) procedeu à divulgação do calendário de implementação da 3ª fase da selagem, que abrange cervejas e bebidas pronto a consumir (RTD’s), na sequência da entrada em vigor do Diploma Ministerial nº64/2021, de 21 de Julho, que aprova o novo Regulamento de Selagem de Bebidas Alcoólicas e Tabaco Manufacturado num webinar que juntou os principais intervenientes no processo de selagem de bebidas alcoólicas e tabaco manufacturado.

Perante representantes de instituições públicas e privadas, interessadas no processo, com destaque para a Associação dos Produtores e Importadores de Bebidas Alcoólicas (APIBA), Confederação das Associações Económicas (CTA), Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), Ministério da Indústria e Comércio e Ministério da Saúde, a AT fez saber que no dia 19 de Novembro corrente, inicia a fase-piloto da selagem de cervejas e RTD’s, sendo que a partir do dia 7 de Fevereiro de 2022 fica interdita a introdução, no consumo destes produtos sem selo de controlo fiscal, sejam eles de produção nacional ou importados. Fica, também, interdita a circulação de Cervejas e RTD’s sem selo de controlo fiscal, com efeitos a partir de 06 de Agosto de 2022.

Entre outras inovações, o novo Regulamento de Selagem de Bebidas Alcoólicas e Tabaco Manufacturado introduz o selo digital e uma nova geração de selos, que oferecem maior qualidade e segurança. Com efeito, a AT deu, igualmente, a conhecer que no dia 19 de Novembro corrente termina o fornecimento de selos da actual geração e inicia o fornecimento de selos da nova geração, devendo, no dia 18 de Maio de 2022, findar o prazo de utilização de selos da actual geração.

Naquela que deveria ser mais uma sessão de esclarecimentos em torno da implementação de 3ª fase da selagem, não faltaram vozes que se opuseram ao arranque do processo, mormente os representantes da indústria cervejeira, ora abrangidos, que apesar de não contestarem a selagem em si, consideram não ser momento oportuno para o país avançar com a medida, alegando que a mesma põe em causa a sobrevivência da indústria, tendo apelado a uma maior articulação entre as partes envolvidas.

Em reacção, Miguel Nhane, Coordenador da Unidade de Implementação da Selagem de Bebidas Alcoólicas e Tabaco Manufacturado na AT, lembrou aos presentes que a socialização do programa de selagem de cervejas e RTD’s já vem longa, sendo que todos os intervenientes no processo deveriam convergir, tendo em conta que desde que iniciou a selagem em 2017, as receitas do Estado tem vindo a crescer.

“Só para se ter uma ideia, se a AT tivesse cedido à pressão que teve em 2017 para não avançar com a selagem de tabaco, só em 2020 o Estado teria sido privado de 260 milhões de meticais do Imposto sobre Consumo Específico que incide sobre este produto”, avançou Nhane, tendo referido que o Imposto sobre Consumo Específico (ICE) cobrado sobre os produtos sujeitos à selagem tem vindo a atingir níveis que mostram as vantagens do uso do selo de controle fiscal.

O uso do selo de controle fiscal é, também, apoiado pelos representantes da indústria do tabaco, para quem a selagem veio resolver o problema do contrabando deste produto, que vinha lesando o sector.